O painel “Meta como estilo de vida – O impacto do esporte na rotina corporativa”, teve a presença de Ricardo Burgos, VP de Pessoas e Segurança Corporativa no Grupo Amil; Danielle Arraes, diretora de Recursos Humanos na JDE Peet’s; e Daniel Forastieri, vice presidente de RH – América do Sul da Novelis.
Burgos, que já foi jogador de futebol pela Portuguesa de Desportos, enxerga o esporte como uma escola da vida, que pode ser aplicada no controle emocional, soft skills, resiliência. “A NR-1 trabalha os riscos psicossociais e é um tema que precisa estar na agenda executiva com prioridade. A pandemia trouxe muitos problemas de ordem emocional, sobrecarga principalmente dos profissionais de saúde e o volume de óbitos causados pela covid-19 foi difícil, por se perder pessoas próximas. Fomos cerceados do convívio social. Aprendemos muito com tudo isso. Sempre estamos reinventando e apoiando nossos colaboradores em termos de saúde, principalmente a psicológica”.
Daniele, praticante de corridas há 20 anos, já fez 11 maratonas, confessa que a rotina é desafiadora, com tudo muito acelerado, “nossas famílias, trabalhos e dedicar tempo à saúde parece ser um desafio constante, mas é um facilitador para alcançar outras coisas. E como promover ambientes saudáveis? Deve-se preparar as lideranças, ter diagnóstico individualizado, e ter soluções amplas e completas disponíveis, com programas de pacientes crônicos, de psicologia, e debates com a liderança sobre saúde mental, bem como a física”.
Daniel, que atuou no futebol pelo Taubaté, usa a metáfora do esporte o tempo todo, para aplicar o aprendizado do esporte no ambiente corporativo. “O esporte me ensinou disciplina. O esporte de alto rendimento tem cobrança alta, mas também disciplina. Mas, no ambiente corporativo, não se pode ter a mesma intensidade do esporte. No futebol, os times jogam toda quarta e domingo. Se perder um jogo, não tem muito tempo para recuperar. Tem que aprender onde errou rapidamente e fazer melhor depois, sem sofrimento na autoestima. Erra, aprende e corrige. A corrida, por exemplo, é uma vitória a cada dia e se cresce gradualmente. Na minha visão, o esporte traz um mindset de ir progredindo a cada dia, nada de curto prazo. Pratico também jiu jitsu, que me trouxe aprendizado para a vida corporativa. Essa arte marcial ensina que não importa sua força, depende da técnica e trata da resiliência. Na vida corporativa, quantos testes internos não dão certo? Cair na primeira tentativa pode não ser uma coisa boa. Esportes agregam muito à vida corporativa. A disciplina e o treino fazem a diferença no esporte e nas empresas”.
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