Vânia DAngelo, coordenadora do English Village |
Falar inglês, nos dias de hoje, deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade para boa parte dos profissionais e organizações. Com a carência de pessoas que dominam o idioma, empresas e executivos buscam sair do prejuízo e estão adotando diversos programas específicos para a melhoria do cenário. Há tempo que o custeio do idioma está na pauta dos RHs e das principais empresas do país, porém, o uso de ferramentas eficientes de aprendizado como professores internos, intercâmbios e imersões, ainda são as melhores alternativas para quem tem pressa e necessita do idioma para reuniões, viagens, telefonemas e troca de e-mails.
Vários agravantes contribuem para esse gap, e o mais comum deles é a interrupção do aprendizado, como explica Lilian Simões, diretora da Essential Idiomas, consultoria especializada em idiomas para executivos. “O que mais encontramos é o gap estrutural causado principalmente por vários cursos iniciados, suspendidos, iniciados e suspendidos novamente. Por conta disso, o aluno fica apenas com “pedaços” das estruturas do idioma e não consegue manter uma comunicação madura em um encontro profissional. Nesses casos, é importante investir em um trabalho estruturado para resolver esses gaps, que leve ao desenvolvimento do aluno, por meio de atividades motivadoras com foco em seu ambiente de trabalho, social etc.”
Alessandra dos Anjos está assumindo um cargo de liderança na Adidas e a falta do inglês foi uma dificuldade enfrentada na comunicação interna e externa que a função exige. “O que me levou a fazer o curso de idiomas foi principalmente a necessidade de comunicação no trabalho. Por ser tratar de uma empresa multinacional, temos muitas reuniões, troca de e-mails e visitas de estrangeiros, tudo em inglês. Optei pelo programa de imersão porque preciso acelerar o meu desenvolvimento na língua inglesa e os cursos convencionais demoram muito tempo para dar resultado.”
A UP Language Consultants, foi a instituição escolhida por Alessandra para o processo de imersão. No programa, que é conhecido como English Village, os alunos passaram um final se semana em contato direto com o idioma, fazendo atividades e dinâmicas que se assemelham à rotina de trabalho como reuniões, resolução de problemas e crises etc. “Geralmente, os profissionais que nos procuram para imersões em inglês e espanhol estudaram durante muito tempo esses idiomas, mas não têm fluência, especialmente oral e, por isso, não conseguem se expressar diante dos desafios colocados no ambiente de trabalho. Por isso, oferecemos além do English Village, imersões customizadas como a 5 Days or More. São 40 horas de imersão com carga horária distribuída de acordo com a agenda do cliente e os profissionais que contratam o programa são avaliados previamente para que o curso seja elaborado de acordo com a necessidade de cada um”, explica Vânia DAngelo, coordenadora do English Village.
#L# Kleber Santos, da Software AG, também participou do English Village e conta que a experiência contribui para a melhoria da pronúncia e entendimento do idioma. “O que me levou a investir no programa foi a real necessidade de falar o idioma sem travar. Nunca fiz cursos de inglês, pois sempre estudei por conta própria, e o que eu sei hoje aprendi lendo, estudando e sendo curioso. Como eu estou em uma posição em que terei de falar inglês diariamente, preciso destravar e perder o medo de falar e escrever incorretamente. Com o curso de imersão pude perceber que outras pessoas compartilham do mesmo problema, e, com isso aprendi formas de minimizar os meus gaps.”
No caso de Kleber, a empresa custeia até 80% de cursos de idioma, limitando um valor mensal para o aprendizado. Isso porque a companhia está presente em mais de 100 países e a fluência é primordial para o andamento do negócio. Segundo Alessandra, a Adidas também contribui para a melhoria da pronúncia e escrita do inglês entre seus gestores e executivos. “A empresa custeia parte do investimento e os valores dependem do cargo e também da necessidade de cada profissional”, explica.
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Tratamento VIP
Luiza Ghisi, consultora e empresária que utilizou o serviço de concierge |
A assertividade é uma das principais exigências daqueles que necessitam do idioma num curto espaço de tempo, e a montagem de um curso focado nas reais necessidades dos profissionais é o novo filão do mercado. A novidade é o serviço de concierge, realizado por diversas instituições de ensino, entre elas a Essential Idiomas. Para Lilian, “as pessoas não querem mais obter apenas o produto ou serviço final. Querem algo que corresponda às suas necessidades. Saber identificar os seus públicos e quais são as suas aspirações pode tornar a experiência do cliente mais completa. É tudo uma questão de reconhecer as oportunidades.”
O serviço realizado pela empresa traça um diagnostico para entender, não só as estruturas do idioma em questão, mas principalmente quem é e quais são as necessidades desse aluno que passará ser atendido pela equipe de professores. “Nesse sentido, levantamos quais foram as experiências passadas com cursos de idioma, como é a relação dessa pessoa com o inglês, onde ela o utilizará, como a aula deveria ser conduzida de acordo com as necessidades gramaticais, orais, entre outros”, relata Lilian.
Quem passou por esse processo foi a consultora e empresária Luiza Ghisi, que notou que o aprendizado estava fluindo melhor após o trabalho do concierge: “Com o suporte dado nesse sentido, direcionando o conteúdo de acordo com as minhas necessidades, está sendo mais fácil sanar minhas dúvidas e melhorar o meu inglês. As atividades que desenvolvo nas aulas são focadas no aperfeiçoamento dos meus pontos fracos”.
Para Lilian, “as empresas tendem a valorizar cada vez mais os profissionais que souberem uma segunda língua. A questão é que eles não têm muito tempo, e cabe à escola possibilitar seus estudos a partir da flexibilização da agenda e do formato das aulas”. Já Vânia, do English Village, afirma que “o conhecimento de idiomas estrangeiros é uma exigência cada vez maior no cenário internacional e ajuda não apenas a aqueles que se defrontam com necessidades emergenciais, mas também os que pretende se desenvolver na carreira.”