Um estudo realizado pelo Vita Check-Up Center com 12 mil executivos apontou que o nível de tabagismo ativo está presente somente para 10% desse público, representando 1.251 profissionais. Esses números vêm mudando conforme o passar dos anos, sobretudo, pelo aumento da consciência de que o tabagismo é fator determinante para doenças graves e crônicas.

“Nossa pesquisa mostrou que 8,5% das mulheres e 10,6% dos homens são fumantes ativos. Isso só reforça que hoje há uma maior preocupação com a saúde, que existe uma maior conscientização da necessidade de estar em dia com os exercícios físicos, de buscar a alimentação saudável e de optar por melhores hábitos de vida, abandonando o tabagismo, em queda significativa nos últimos anos. Prova concreta dessa maior consciência coletiva da saúde são, por exemplo, a criação e a ampliação de ciclovias”, explica o diretor do Vita Check-Up Center dr. Antonio Carlos Till.

Outro fator que ajudou nessa redução foi o aumento das medidas de restrição do cigarro, incluindo “proibição de publicidade, lei antifumo em locais fechados e realização de campanhas antitabagistas”, reforça o médico. Entretanto, a maior conscientização dos malefícios para a saúde como um todo é vista como fator crucial para essa diminuição.

“O cigarro pode aumentar em 300% as chances de ataques cardíacos e, além de impulsionar outras doenças graves, está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer, segundo dados do INCA. O cigarro afeta agressivamente o coração do fumante ativo – levando ao infarto do miocárdio – e tem consequências também importantes para o coração do fumante passivo, além de ser um dos principais fatores causais da hipertensão arterial, de diversos tipos de câncer, da doença pulmonar obstrutiva crônica e do acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta o cardiologista. O levantamento avaliou mais de 12.000 exames de executivos, sendo 72,7% do sexo masculino e 27,3% do feminino. Ambos os sexos apresentaram idade média de 44 anos.