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ABC da Economia

Evento discutiu a educação financeira nas organizações como ferramenta para alinhar valores sustentáveis e promover a saúde mental e financeira dos colaboradores

de Jussara Goyano em 6 de dezembro de 2024
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O 3º Fórum Melhor RH ESG e Comunicação – No Limite da Mudança, promovido pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, e pelo CECOM – Centro de Estudos de Comunicação, em setembro, discutiu estratégias que impactam o social nas empresas, além dos temas relacionados às outras letras do acrônimo. Até o planejamento financeiro pessoal dos colaboradores pode e deve estar no radar da gestão, impactado pela cultura e pelos valores empresariais. Estudo da Creditas Benefícios revela que 71% dos trabalhadores brasileiros trabalham melhor sem dívidas (64% não conseguem cumprir demandas básicas de trabalho, como chegar no horário, por exemplo, estando endividados). Cerca de 92% deles acreditam que a empresa pode ajudá-los.

Esse assunto, em específico, foi discutido no painel “ABC da economia – Educação financeira e gestão de recursos pelo bem-estar das equipes”, do qual participaram Angela Schuchovski, Fundadora da Pense Valor Consultoria; Danilo Igliori, Economista-chefe da Nomad, e Renato Acciarto, Relações Institucionais e Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.

Angela destacou que os departamentos de RH devem atentar para a educação financeira dos funcionários, enfatizando que essa prática melhora o bem-estar das equipes e influencia diretamente aspectos como estilo de vida e valores pessoais. Segundo ela, a questão financeira é complexa e envolve mais do que conhecimento técnico, uma vez que mesmo pessoas bem instruídas podem cair em armadilhas, como jogos de azar. Ela defendeu que as empresas explorem formas de abordar o tema, considerando a cultura interna e adotando estratégias como workshops e consultorias especializadas para atender individualmente os colaboradores.

“A importância de o RH se preocupar com isso é porque uma pessoa que está com algum desconforto ou alguma insegurança financeira não pensa direito, ela não trabalha direito, a produtividade cai e ela tem problemas de saúde mentais e físicos”, ressalta a executiva, lembrando que todas essas questões são respondabilidade do setor em uma boa estratégia de pessoas.

Igliori ressaltou que a importância do planejamento financeiro não está restrita a uma classe social ou geração específica. Ele observou que o tema tem ganhado espaço por sua relação direta com a qualidade de vida e cidadania, destacando que a vida financeira ocupa um papel central na vida das pessoas. Ele argumentou que a inclusão desse assunto nas empresas é impulsionada pela agenda ESG, e que organizações que negligenciam essa questão estão ficando para trás no mercado. Igliori também reforçou a importância de as empresas oferecerem conhecimento e ferramentas para que os funcionários possam se planejar financeiramente, evitando problemas e economizando tempo ao longo da vida.

“Quando acontece algo muito diferente como foi a pandemia, isso causa muito stress na vida financeira de várias pessoas. Quem tinha já um planejamento financeiro mais organizado teve mais condições de reagir a esse cenário”, destaca o executivo. “A Geração Z está nesse nesse bolo, ainda estamos aprendendo a entender como é que eles pensam”, lembrou, também, Igliori, sobre novas perspectivas a serem trabalhadas para apoiar os colaboradores com a questão financeira (idade e estilos de vida influenciam sobremaneira a abordagem).

Acciarto, por sua vez, também observou que o tema ainda é pouco debatido nas empresas, apontando que há um grande tabu em torno das finanças, até maior do que ao falar sobre sexo. Ele mencionou que, embora o acesso à informação tenha aumentado, principalmente com a disseminação de conteúdo por influenciadores digitais, é necessário que as pessoas se preparem para cuidar de um aspecto tão importante da vida.

“É inacreditável, mas os tabus para se falar de planejamento financeiro são até maiores do que quando a gente fala de coisas relacionadas a sexo. As pessoas têm algum temor de falar disso, de intromissão…eu sei é que as empresas, hoje, falam pouco sobre isso e eu acho que a gente está em um momento muito quente para falar a respeito, principalmente pelos jogos on-line, que hoje são considerados aí o novo crack, o crack virtual que está levando muitas famílias, muitas pessoas, a dívidas”, lembrou.

Passo a passo

No painel, um caminho claro para que empresas e colaboradores trabalhem juntos por uma melhor qualidade de vida financeira do time é um comprometimento de todos. A companhia, que quebra tabus de conversa e coloca à disposição soluções especializadas, e profissionais, que se comprometem com seu planejamento financeiro.

“Não adianta alguém fazer um plano para você ou delegar a tua situação financeira para alguém, isso não vai resolver. A gente precisa se envolver, precisa se comprometer e participar daquele processo”, explica a especialista Ângela. Isso enquanto a empresa oferece as melhores opções relacionadas a uma assessoria em planejamento de carreira e salários, previdência, para o fim do endividamento e a aquisição de bens e serviços e, sobretudo, educação financeira.

No campo individual, Igliori associou uma vida financeira organizada a um elevado nível de bem-estar, mas sem exageros. “Da mesma forma que você cuida da saúde física e mental é importante você cuidar da sua da sua saúde financeira, que vai por sinal melhorar a sua vida – a sua saúde física e mental.” E adverte: “Não é preciso sermos tão rígidos – somos humanos -, o importante é ter um Norte”.


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