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Tecnologia

Anywhere office: 82% dos profissionais de TI preferem a modalidade

Consultoria em hunting revela a tendência de atuar a partir de um ambiente de preferência, com adequações conforme a necessidade

Muitos profissionais de tecnologia hoje já entendem que a escolha de um ambiente adequado é importante para que a prática de sua função seja exercida com mais qualidade de vida. Poder escolher o lugar de onde irá trabalhar é atualmente considerado uma vertente de preferência aos melhores do mercado.

Na Kstack, especializada na oferta de soluções digitais e Hunting de profissionais de TI, entre janeiro e setembro de 2022, 82% dos candidatos para o cargo de desenvolvedores declinaram às vagas híbridas e presenciais. Muitos só aceitam ouvir a proposta e participar do processo no caso de 100% remoto. “São necessidades dos candidatos que ficam em alta no mercado da tecnologia quando o assunto é competitividade, por isso que rentabilizar o modelo de trabalho, dando preferência ao anywhere office, apresenta-se como uma ótima estratégia de campo para recrutar profissionais”, explica Priscila. A executiva reitera que os clientes que optam pela vaga híbrida ou presencial, demoram até 4 meses para preenche-la. Enquanto que para o trabalho remoto, consegue indicar ótimos profissionais em até 7 dias.

O universo tech, hoje, já se apresenta intrinsecamente ligado à flexibilidade do modelo de trabalho. Priscila Oliveira, Head de Cultura e Pessoas da Kstack, acredita que os candidatos às vagas de TI têm intenções generalizadas quanto ao sonho do melhor emprego “Nós temos muitas vagas de tecnologia abertas e pouquíssimos profissionais com hard e soft skills aderentes, e no pós-pandemia, de dois anos pra cá, depois desse primeiro teste do 100% anywhere office, a primeira pergunta que os candidatos fazem para os recrutadores aqui na Kstack é “qual o modelo de trabalho?”; meu recrutador responde que é 100% remoto e somente em seguida vem a pergunta sobre qual a remuneração oferecida ou os benefícios”, comenta Priscila.

De acordo com o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, o estilo de trabalho nômade digital já conta com mais de 35 mi de adeptos no mundo e até 2035, é estimado que esse número pule para cerca de 1 bi de pessoas assumindo sua funcionalidade digitalmente e de onde preferir.

A Head da Kstack considera também que as propostas de trabalho precisam permanecer interligadas à preferência do modelo de trabalho anywhere office ou escritório em qualquer lugar. “Quando informamos que o modelo de trabalho é híbrido ou presencial, o candidato nem ouve mais a nossa proposta, independentemente da empresa e do valor da posição que ele ocupará; então, hoje o modelo de trabalho home office para o profissional de tecnologia é essencial”, reitera a executiva. 

A necessidade do modelo de trabalho em qualquer lugar ficou perceptível após a pandemia, quando as empresas entenderam que é possível manter o profissional de tecnologia atuante mesmo à distância.

De acordo com dados do IPEA, 20,4 milhões de brasileiros podem migrar para o trabalho remoto em 2023. Esta modalidade de trabalho já foi publicada pelo governo enquanto medida provisória, no mês de março deste ano de 2022. O foco está em formalizar um conjunto de normas para possibilitar a adoção do trabalho remoto por parte das empresas.

A medida provisória foi aprovada pelo Senado no dia 3 de agosto e tem como regulamentação a referência ao teletrabalho. Ainda de acordo com o IPEA, a região sudeste é a que mais possui pessoas trabalhando remotamente, com 29,2% na zona urbana e 7% na zona rural, com São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Paraná como as regiões que mais possuem trabalhadores no modelo remoto. 

A Kstack, apresenta vagas abertas nas modalidades presencial, híbrida e 100% remoto para a área de tecnologia. Priscila comenta que depois da pandemia, as empresas voltaram a trabalhar na modalidade híbrida e os profissionais que estavam na modalidade remota pediram demissão, por não aceitarem qualquer ideia que se relacione à migração do modelo de trabalho.  “Os profissionais de tecnologia que já estão atuando há mais de dois anos de forma remota, não se interessam em retornar ao trabalho presencial, por conta da rotina que engloba essa mudança e graças a fatores, como horas presos no trânsito, liberdade em poder almoçar em casa e o maior convívio com a família”, considera a executiva.  Na Kstack, as vagas de TI mais procuradas são as vagas que contemplam a modalidade anywhere office. 

A Head da Kstack reconhece que o convívio pessoal é muito importante para a criação de relações e interações pessoais. “Estamos percebendo um movimento importante de algumas empresas em criar rituais para encontros bimestrais ou trimestrais para a troca de conhecimentos, interações e integração dos times.”, comenta.

Oportunidade de trabalhar em anywhere office internacionalmente

A Kstack já possui clientes no exterior. Para os EUA, por exemplo, a empresa conquistou clientes brasileiros com a oportunidade de receber em dólar. “São brasileiros que recebem em dólar. Então, vamos dar um exemplo: imagine uma grande empresa que apresente a sugestão de deixar todos os profissionais trabalhando no presencial; um deles recebe a proposta de uma empresa norte-americana para ganhar em dólar e trabalhar remotamente. Qual das duas empresas esse profissional irá escolher, a grande empresa, que oferece benefícios para ele, contanto que se responsabilize em trabalhar no modelo presencial, ou a empresa norte americana, que pagará para ele em dólar e ainda o manterá no home office? Ele vai escolher trabalhar no home office e ganhar em dólar. Qual modelo você escolheria?”, afirma Priscila, retificando suas ideias com um questionamento. 

Ainda de acordo com a executiva, o brasileiro é reconhecido mundialmente pelo desenvolvimento tecnológico de código que utiliza e por isso é bem visto e muito requisitado em outros países.

A percepção que a executiva tem é de que a qualidade de vida desses profissionais melhora consideravelmente quando conseguem aproveitar a chance de trabalhar no modelo 100% remoto. “Acredito que se as empresas continuarem em posições no modelo híbrido ou presencial, irão aumentar muito o tempo da posição em aberto. Não vejo um movimento expressivo dos candidatos começarem a aceitar o modelo de trabalho que não seja o remoto. Quanto vale a posição em aberto sem a atuação do profissional? Será hora de flexibilizar?”, interpela, fazendo alusão à ideia do modelo anywhere office como nova possibilidade funcional às empresas.

(Com informações da assessoria de imprensa)

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