Bem-estar corporativo

Atenção primária à saúde 100% digital: estudo revela eficácia da iniciativa

Estímulo à prevenção e monitoramento de pacientes diminuem a chance de ocorrência de problemas mais graves e que exigem tratamentos dispendiosos. Levantamento será apresentado no Conarh 2024

de Redação em 6 de agosto de 2024
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Hahn, da Salvia: organização dos atendimentos foi crucial

Uma pesquisa recente demonstrou que a Atenção Primária à Saúde (APS) totalmente digital é uma alternativa viável e eficaz. A iniciativa, que se estendeu por 18 meses com a participação de 1.162 indivíduos, foi iniciada em dezembro de 2022. Os resultados serão apresentados no Conarh 2024, em um painel com o CEO da Salvia – Saúde Corporativa, Guilherme Hahn, no dia 29 de agosto.

O estudo enfatiza a importância da prevenção e do monitoramento constante de pacientes, apontando que essas ações podem reduzir significativamente o risco de problemas de saúde mais graves que demandam tratamentos caros. A metodologia adotada envolveu a segmentação do público com base em suas condições de saúde, proporcionando um acompanhamento personalizado através de consultas online.

Hahn destaca que a organização dos atendimentos virtuais e iniciativas para promover hábitos saudáveis foram cruciais para o sucesso deste modelo de APS. A análise inicial dos participantes revelou que 35% estavam com sobrepeso, 21% eram obesos, e 15% apresentavam hipertensão. Além disso, 4% eram fumantes e apenas 40% haviam recebido todas as vacinas recomendadas.

Durante o projeto, foram realizadas 1.864 consultas de enfermagem e 1.505 consultas médicas pela plataforma digital, além de 283 atendimentos de urgência. Cada consulta resultou, em média, na solicitação de 2,4 exames, com um impressionante índice de resolutividade de 96%. “A chave está em antecipar diagnósticos e promover a saúde, ao invés de somente tratar doenças”, afirma Hahn.

Para avaliar a efetividade do programa, a Salvia monitorou a realização de exames preventivos. Os resultados foram positivos: 90% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram mamografias, superando a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 70%. No entanto, o rastreamento para câncer de cólo do útero se destacou com 95% de cobertura, enquanto o de câncer colorretal ainda precisa de melhorias, com apenas 37% dos pacientes atendidos.

Além das consultas, o programa incluiu webinars, um desafio para incentivar atividades físicas, cursos voltados para gestantes e a disseminação de mais de 60 conteúdos informativos sobre saúde. Hahn conclui que essa experiência comprova que a APS 100% digital é comparável a modelos presenciais e híbridos em termos de qualidade. “A tecnologia se apresenta como uma aliada fundamental no acesso e na qualidade do atendimento primário”, ressalta.

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