Gestão de pessoas

Cinco desafios para a área de pessoas nos próximos meses

Consultora destaca principais aspectos a serem considerados neste momento. Bem-estar e pertencimento dos colaboradores estão entre eles

Cada vez mais a via de mão dupla entre empresas e pessoas se consolida em busca de encontrar o melhor equilíbrio para ambas as partes neste mundo atual tão acelerado. Neste  contexto dinâmico, é necessário saber que as mudanças de rota irão se impor quando menos esperado, mas algumas tendências dão indícios de que irão perdurar por mais tempo e podem ajudar as áreas de recursos humanos a priorizarem suas estratégias para obterem êxito frente a este desafio complexo.

“O mercado de trabalho ganhou novas dinâmicas e perspectivas nos últimos anos, impondo uma alteração nas estruturas organizacionais como um todo. Com o avanço da tecnologia, o choque de gerações e, mais recentemente, a pandemia, o mundo precisou se reinventar rapidamente e, como consequência, as transformações no mercado de trabalho impactam empresas e o estilo de vida de trabalho de todos os profissionais”, afirma Maria Eduarda Silveira, CEO da consultoria de recrutamento especializado e desenvolvimento organizacional BOLD HRO.

Ciente dos desafios dos RHs na gestão de pessoas neste cenário, Maria Eduarda destaca cinco pontos que devem estar no radar para os próximos meses:

– Flexibilidade

Esse aspecto já é considerado um dos mais importantes para os colaboradores e deve permanecer na estratégia das empresas. Uma vez que a vida pessoal e profissional está cada vez mais integrada, ter flexibilidade para trabalhar de diferentes lugares e horários se torna um aspecto ainda mais forte. Os profissionais consideram a flexibilidade na tomada de decisão para aceitar novas propostas de trabalho, onde possam ter mais controle da sua agenda e dos seus horários.

– Gestão do desempenho baseada em analytics

Com a consolidação dos modelos de trabalho remoto e híbrido se torna necessário ter direcionadores de performance estruturados e baseados em dados para medir a evolução e capacidade de entrega dos times. Desenhar objetivos claros e compartilhar a responsabilidade com cada membro faz parte de uma estratégia de gestão por contexto, onde cada pessoa sabe o que precisa fazer, independentemente do local onde estiver trabalhando.

-Foco em fortalecer a cultura

Uma pesquisa recente do MIT (Massachusetts Institute of Technology) apontou que uma cultura tóxica é o principal motivo para as pessoas deixarem uma empresa. O tema cultura tem deixado de ser algo “apenas institucional” para ser trazido para o cotidiano e praticado no dia a dia. Cultura são os valores e comportamentos de uma empresa e trabalhar para que esses valores sejam positivos e inclusivos fará toda a diferença no clima organizacional e consequentemente no engajamento e retenção dos talentos.

– Bem-estar e pertencimento

O investimento em programas de bem-estar deve se fortalecer em 2023. As empresas entendem cada vez mais que cuidar do colaborador faz parte de uma cultura de alto desempenho. Não há como as pessoas produzirem se não estiverem bem e seguras dentro do ambiente de trabalho. Práticas como possíveis day-offs combinados, apoio psicológico e até mesmo auxílio para questões financeiras entram nas ações das empresas.

– Mobilidade interna de talentos

O contexto econômico mundial faz com que as empresas precisem direcionar melhor os seus esforços para que os objetivos do ano sejam atingidos. Acentuada pela disputa pelos melhores talentos, uma estratégia dos RHs é trabalhar na mobilidade interna para garantir que os colaboradores abordem as prioridades que mais importam para o negócio. Essa é uma forma de ampliar e aprimorar as oportunidades de qualificação para os funcionários existentes que podem se interessar por novas áreas dentro da companhia e, ao mesmo tempo, atender às necessidades organizacionais. Por que não dar novas oportunidades para quem está dentro de casa?

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