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Coesão, influência e feedback: os trunfos da comunicação interna e da cultura organizacional

Evento discutiu a importância de uma comunicação estratégica e transparente para engajar os times e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo

de Redação em 30 de dezembro de 2024
Rawpixel.com, via Freepik


A 3ª edição do Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, realizada de forma gratuita e online no primeiro semestre de 2024, foi um evento que abordou a Comunicação Interna como um pilar essencial na construção de uma cultura empresarial sólida e no fortalecimento do engajamento dos colaboradores. Especialistas e líderes de grandes organizações discutiram o tema, centrando-se centraram, entre outros temas, na relevância do feedback contínuo e na importância de uma comunicação estratégica e transparente para engajar os times e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

O painel “A arte do feedback – como motivar de forma estratégica” trouxe à tona a importância do feedback como ferramenta essencial para o sucesso organizacional. Renato Acciarto, especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital; Regina Moura, Diretora de Comunicação Corporativa, Digital e Eventos da Roche; e Paola Klee, CEO da YC – Your Career Future, enfatizaram como o feedback deve ser um processo contínuo, não restrito a avaliações anuais, mas parte do dia a dia das equipes. Paola Klee destacou que, apesar de um grande avanço no alinhamento estratégico das empresas, ainda há uma lacuna significativa quando se trata de feedback contínuo para o desenvolvimento dos colaboradores.

“Percebemos empresas que antes tinham um completo desconhecimento da estratégia por parte das camadas organizacionais e dos colaboradores. Recentemente, vemos um percentual muito alto, próximo de 95%, de conhecimento não só da estratégia, mas também de como cada colaborador pode contribuir para a execução dessa estratégia. Acho que isso é um grande avanço e que precisamos considerar, pois passa pela liderança e pela comunicação face a face”, explicou Paola.

Regina Moura compartilhou a experiência da Roche com a adoção de uma cultura ágil, onde os encontros de feedback são substituídos por sessões de alinhamento de expectativas, criando um espaço mais colaborativo e dinâmico.

“Vou contar um pouco sobre como funciona esse contexto na Roche e como me encaixo nele. Já trabalhei em diversas empresas e passei por todas as fases do feedback. Comecei minha carreira em uma época em que não havia feedback; na verdade, sou da época do jornalismo, onde o mais comum era a bronca. Não existia uma cultura de feedback como ferramenta de desenvolvimento do colaborador. Hoje, sabemos que o feedback é uma ferramenta essencial para a gestão e desenvolvimento de pessoas, ajudando a companhia a atingir sua visão”, relatou a executiva.

“Hoje, as empresas estão utilizando metodologias de feedback, mas a questão central é como ajudar os líderes a dar o feedback no momento certo e de forma adequada. Também é importante ajudar o colaborador a entender que o feedback é essencial para o seu crescimento. O líder tem o papel de fornecer o feedback para o desenvolvimento do colaborador, e este, por sua vez, deve refletir sobre o que recebeu”, entende Regina.

“Em relação à Roche, passamos por uma grande transformação há quatro anos, no meio da pandemia, quando adotamos a metodologia ágil e a cultura ágil, que é baseada na liderança criativa, em contraste com a liderança reativa, mais antiga, que dá diretrizes claras sobre o que espera. Nesse novo contexto, aprendemos muito sobre a importância do feed forward, que se refere a como podemos ajudar no crescimento do colaborador, ao invés de focar apenas no que aconteceu no passado. Hoje, mais do que dar feedback, buscamos acompanhar o colaborador no dia a dia, esclarecendo expectativas e nos colocando à disposição para apoiar seu desenvolvimento.”

Renato Acciarto completou a reflexão, destacando a necessidade de um feedback mais multifuncional, dado que os colaboradores interagem com diferentes líderes e equipes, o que exige uma visão mais holística das questões abordadas e do contexto empresarial.

Olho no receptor

O painel “Você sabe com quem está falando? – Comunicação e influência no centro da estratégia” abordou a importância de entender e mapear o público interno de forma estratégica. Thiago Massari, Líder de Comunicação Integrada da Bayer Brasil; Flávia Caldeira, Diretora-Geral da LLYC; e Angélica Consiglio, CEO da Planin, discutiram como uma comunicação descentralizada e alinhada às metas da organização pode fortalecer o engajamento e a compreensão entre os colaboradores. Flávia Caldeira ressaltou a necessidade de uma comunicação transparente, que vá além do blá-blá-blá corporativo e realmente trate de temas relevantes para os colaboradores. Angélica Consiglio falou sobre a importância de descentralizar a comunicação de maneira planejada, garantindo que a mensagem chegue de forma clara e impactante em todos os níveis da empresa. Thiago Massari complementou, destacando que a comunicação interna deve estar alinhada à estratégia da empresa e ser uma ferramenta para envolver todos os colaboradores com o propósito da organização.

Esses painéis reforçam o papel crucial da Comunicação Interna não só como um canal de disseminação de informações, mas como uma estratégia integrada que envolve e alinha os colaboradores aos objetivos e valores organizacionais. A chave para o sucesso está na coerência entre discurso e prática, na implementação de feedbacks contínuos e na criação de uma comunicação que seja transparente, inclusiva e que ressoe com os colaboradores, criando uma cultura organizacional mais forte e engajada.

Assista aqui ao dia 1 do Fórum.

Para assistir ao segundo dia clique aqui.

Veja aqui a programação completa.

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