Consultor de carreiras fala dos desafios de transformar nossas metas de ano novo em realidade
O fim de um ciclo e o início de um novo ano sempre são acompanhados por promessas de mudanças. De acordo com o coach e consultor de carreira Emerson Weslei Dias, a troca de ano é uma ótima oportunidade para fazer um “balanço” e pensar sobre novas possibilidades na vida pessoal e profissional.
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“Coloque numa folha de papel tudo que deu certo e o que não deu certo neste ano. Para cada item identifique a razão: aquilo que não foi possível realizar elenque como prioridade para o próximo ano e aquilo que já conquistou continue comemorando e coloque em destaque numa outra folha. Lembre-se de sempre ver essa folha ao longo do ano, ela te dará forças para enfrentar as dificuldades enquanto estiver executando o que se comprometeu para o próximo período”, afirma.
Uma boa maneira de se organizar para que os sonhos se tornem realidade é colocar em prática o ciclo PDCA, um método de gestão utilizado para controle e melhoria de processos, que teve origem em 1620, com Francis Bacon. A metodologia é muito usada no planejamento estratégico de empresas, mas também pode ser adaptada à nossa realidade particular. Dividido em quatro fases, cada uma delas é representada por uma das letras: Plan-Do-Check-Act, ou seja, Planejar-Fazer-Verificar-Agir.
P = Planejar
“Esse é o momento mais importante, pois é onde se define a meta desejada e como alcançá-la”, explica Dias. O ciclo começa com o planejamento; estabeleça os seus objetivos e um plano de ação, os caminhos que você deve trilhar e o que você vai precisar para chegar lá como por exemplo: ferramentas, conhecimento, contatos, etc.
D = Fazer
De acordo com o especialista, é nessa fase em que tudo o que foi planejado deve se tornar real. “É a hora de colocar o plano em prática, ou seja, executar as ações necessárias que você estabeleceu para alcançar suas metas”, diz. Acima de tudo, é necessário ter muita disciplina, pois o sucesso dessa etapa depende muito de suas atitudes.
C = Verificar
Na terceira etapa é hora de avaliar o alcance da meta e a execução das ações propostas. Esse processo é essencial para o acompanhamento e a avaliação do ciclo. “É preciso ser crítico e analisar se o que você planejou está sendo executado e se o que está sendo executado está trazendo os resultados que você esperava. Em outras palavras, você vai ter que avaliar se o seu caminho está correto e se suas metas estão mais próximas”, ressalta.
A = Agir (Corrigir)
Aqui é preciso se basear no resultado que foi verificado na etapa anterior. Se você encontrou falhas é agora a hora de agir criando ações corretivas, cobrindo as eventuais falhas que o seu processo de execução possui. Tome uma ação e pense que tipo deve ser aplicada: corretiva (se houve problema), preventiva (se poderia ter havido algum problema) ou padrão (se ocorreu tudo bem). Feito isso, inicie novamente o ciclo. “É assim que se consegue a melhoria continua que vai ajudar na implantação do seu ano novo, vida nova”, enfatiza Dias.
Para ilustrar a aplicação do ciclo PDCA, o coach dá como exemplo alguém que deseja emagrecer. Após a definição do objetivo, parte-se para o planejamento: qual será a meta de peso, qual o tipo de regime adotado, a carga de atividades físicas e sua frequência, academia escolhida, personal trainer, horários, dias… Segundo Dias, devemos sempre lembrar que “as metas são estabelecidas para estreitar a distância entre o real e o ideal”.
Quando temos o plano definido, então, partimos para a fase de execução. Já na terceira fase é quando temos que analisar se os indicadores que definimos estão acontecendo. Nesse momento algumas perguntas podem ser feitas: A meta de emagrecer determinada quantidade de quilos por mês está sendo alcançada? O cronograma de atividades físicas está sendo cumprido? A dieta está sendo seguida?
O coach explica que os resultados colhidos da avaliação da fase “C” são os que levamos para a fase “A”. “É nesse momento que muitos falham, porque, na fase “A” temos que enfrentar a verdade dos fatos. Se estamos seguindo bem a ação de “A”, devemos seguir adiante como estamos ou replanejar tudo para uma meta mais agressiva. Caso contrário, se não estamos indo bem, precisamos voltar à fase “P” e rever os planos. Ou, se os planos estão corretos, devemos identificar o motivo pelo qual os indicadores apontam problemas – muito provavelmente porque a execução da ação “D” não está acontecendo da forma planejada”, diz.
Além disso, ele ressalta a importância de colocar os planos em prática. “Não adianta conhecer todos os tipos de regimes, dietas e atividades físicas se você não os põe em prática. Se quer emagrecer, não adianta querer que outros façam exercícios ou dietas, é você mesmo quem tem que fazê-los. Afinal, ninguém pode fazer a sua parte por você˜, enfatiza.