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Comunicação interna 4.0 é peça-chave para organizações que querem inovar em 2023

Funcionários felizes são influenciadores de valor inestimável de disseminação da cultura corporativa, pois mobilizam e alcançam um volume maior de pessoas

  
Por Amanda Bertolini, estrategista de marca da Oliver Latin America 

Temos visto cada vez mais um processo de transformação importante nas
organizações, onde estruturas rígidas de hierarquia passaram a dar espaço para culturas de colaboração que estimulam a inovação constante. Muito além da construção de um propósito (e as estratégias tomadas para cumpri-lo), as empresas se viram na necessidade de comunicar mais novidades, não só para o público externo como também para o próprio quadro de funcionários. 

Segundo dados da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), a área de comunicação interna (CI) vive uma contradição, onde o excesso de informações serem comunicadas acabam por levar ao “vício” de centralizar a divulgação, colocando todo tempo e esforço em iniciativas que não solucionam os principais desafios do setor. 

Tanto o time de CI quanto o empregado ficam saturados de informação e trabalho. O tempo e esforço que deveriam ser implementados em estratégias eficazes, como o engajamento dos gestores, otimização de experiências, comunicação de estratégias e outros desafios, acabam sendo redirecionadas para comunicados e campanhas de última hora para “apagar incêndios”. Além, claro, do esforço de gerenciar todos esses
temas nos diversos veículos e canais até o empregado. 

O resultado disso é uma caixa de email lotada, acúmulo de tarefas e insatisfação. É preciso simplificar.

E a solução é mais simples do que parece, embora exija coragem. É preciso evoluir a mentalidade para o chamado trabalho de comunicação 4.0, cujo apoio de influenciadores permite ter uma disseminação mais eficiente do que canais tradicionais, trazendo uma comunicação mais transversal e menos hierárquica. 

Transformar o papel do comunicador interno dentro das empresas é essencial para essa evolução acontecer. O relatório “disrupting the function of IC”, da IC Kollectif, aponta que apenas 3% dos funcionários de uma empresa se tornarão influenciadores internos. Cada um deles, porém, irá atingir 85% dos demais empregados. 

Funcionários felizes são influenciadores de valor inestimável de disseminação da cultura corporativa, pois mobilizam e alcançam um volume maior de pessoas se comparado aos demais canais, ampliando a escuta e capturando aquilo que vaza pela comunicação interna informal. Um feedback que, em cenários instáveis, pode contribuir de forma expressiva para ajustes ágeis de rota. 

Analisando o impacto que tal mudança de mentalidade causa na estrutura da rede de informações dentro de uma empresa, chego à conclusão de que esse caminho passa pelo desbloqueio de três tendências que viabilizam a comunicação interna 4.0. São elas: 
  

  • Criar pontes: oferecer ferramentas de conexão orgânica entre empregados, para que a colaboração transversal seja por interesses, cases, boas práticas e afins. Ir além da rede social interna, fomentando espaços temáticos com incentivo da organização para a troca livre de mensagens. 
      
  • Criar redes: mapear, treinar e relacionar com os empregados ativos e engajados para impulsionar suas interações. Começamos pelos influenciadores informais que já fazem isso naturalmente, mas é essencial buscar voluntários que querem se desenvolver neste caminho para resultados inovadores. 
      
  • Criar palco: dar oportunidades para os empregados falarem, divulgarem, comunicarem de forma “credenciada” pela organização. É importante ouvir o que se está falando “no paralelo” e trazer para o centro da conversa principal, dentro e fora de casa. São os funcionários quem detêm o conhecimento que precisa ser democratizado, pois eles garantem a credibilidade e autoridade de um assunto, ainda que institucional. E isso ajuda a construir a reputação da empresa. É de responsabilidade das organizações fazer com que seus funcionários se apropriem das mensagens, transformando-as em ações para o futuro. 

    Está na hora de olhar mais para os recursos internos das organizações e dar o holofote apropriado para uma melhor estratégia de comunicação.

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Amanda Bertolini

Estrategista de marca da Oliver Latin America