Uma crise na empresa ou até mesmo uma transformação dentro da organização, seja de processos, sistemas ou pessoas, gera uma série de desafios para os líderes e seus colaboradores. E em tempos de grave crise econômica, na qual as corporações estão tendo que se adaptar a novos cenários, essa realidade é ainda mais contundente. No entanto, a mudança só acontecerá de fato e de forma permanente se os funcionários acreditarem no seu CEO, ou seja, a credibilidade no líder.
Estamos hoje vendo isso claramente na atual situação em que se encontra a presidente da república. Sua credibilidade foi arrasada por decisões equivocadas, escândalos financeiros, promessas não cumpridas. Então, hoje não consegue liderar nem criar alianças, perdeu o apoio da base.
Em qualquer organização a credibilidade é feita de coerência, não há mais espaço para o “faça o que eu mando e não o que eu faço”. Rompe a confiança, por exemplo, exigir corte de custos e o CEO gastar uma fortuna em viagens desnecessárias.
A credibilidade do CEO é “casada” com a confiança que acionistas e mercado tem depositado nele. No entanto, algumas vezes o conselheiro por ter sido executivo tem a tentação de falar direto com o staff ou mesmo dar um bypass no CEO porque precisa de uma informação urgente. Quando ele faz isso não nota que não está só pegando uma informação. Mais sim minando a credibilidade do CEO e quando este passa por um momento de crise, como o que vivemos, não poderá fazer os ajustes necessários sem a credibilidade da equipe.
Para isso, é necessário que o conselheiro conheça o próprio papel e adote a postura de um coach, ouvindo contextualmente e estimulando a reflexão do CEO. Lembrando sempre que o conselheiro coloca o nariz e não as mãos.
Eliana Dutra, CEO da Pro-Fit Coach e primeira master coach certified pela ICF da América do Sul