Um currículo bem escrito, objetivo e, sobretudo, sem informações falsas ou supervalorizadas é um passo importante para quem busca por uma nova oportunidade de trabalho. Mas, por incrível que pareça, recrutadores e diretores ainda encontram problemas ao analisar currículos e, por isso, são obrigados a eliminar o candidato – principalmente quando estes currículos contêm informações que não são verdadeiras sobre as qualidades profissionais do candidato, por exemplo.
Uma pesquisa da Robert Half revelou que 75% dos 303 diretores brasileiros entrevistados já excluíram candidatos de um processo seletivo após detectarem dados supervalorizados ou omitidos nos currículos deles. Os dados, coletados em julho de 2017, são alertas para os profissionais que usam essa alternativa para atrair a atenção dos recrutadores.
O estudo da Robert Half também levantou quais informações eram as mais “maquiadas” pelos candidatos. No Brasil, os campos de experiência de trabalho (56%), qualificações (ensino/educação 46%) e habilidades técnicas (44%) são os que mais apresentam informações inconsistentes.
Outros países
O Chile, por exemplo, é o país onde um maior número de diretores relatou ter tido problemas com informações desonestas ou exageradas em currículos (80% dos entrevistados), seguido do Emirados Árabes (79%). Os especialistas da Robert Half alertam que, no processo de recrutamento e durante a carreira, toda mentira descoberta, independente do grau de importância, pode colocar em xeque todas as verdades relatadas pelo candidato.
Na França, mais da metade dos entrevistados (53%) nunca precisou desconsiderar um candidato por encontrarem informações desonestas no currículo. No total, a pesquisa da Robert Half mapeou a percepção de 2.710 diretores de 10 países ao redor do mundo.