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Dados que orientam: tecnologia otimiza desempenho, custos, jornadas, recrutamento e sucessão

Relatório do Gartner mostra que 63% dos líderes de RH consideram a análise de dados essencial para tomar decisões estratégicas sobre talentos e alinhar a força de trabalho às metas empresariais

de Jussara Goyano em 19 de março de 2025
Our Team, via Freepik.com

A capacidade de tomar decisões baseadas em dados tem sido um diferencial competitivo para empresas que desejam otimizar processos e obter melhores resultados – a inovação que impacta sensivelmente os resultados das companhias. Principalmente na gestão o capital humano, o uso de People e Data Analytics, sempre combinado a tecnonologia, é reforçado por diversas pesquisas.

Um relatório da McKinsey & Company (2023) aponta que empresas que utilizam análises avançadas de dados na gestão de pessoas têm até 30% mais eficiência operacional e reduzem custos de recrutamento em até 20%. Além disso, um estudo da Deloitte (2022) destaca que organizações que adotam inteligência artificial para avaliação de desempenho registram melhoria de 25% na produtividade e redução de turnover em 17%. Já um relatório do Gartner (2023) mostra que 63% dos líderes de RH consideram a análise de dados essencial para tomar decisões estratégicas sobre talentos e alinhar a força de trabalho às metas empresariais.

Marinho, da Teramind: jornada e custos na medida

Na questão da jornada flexível, essa combinação tem sido uma aliada. “Voltar ao trabalho presencial aumenta os custos de infraestrutura e transporte; no entanto, ter dados objetivos permite comparar a produtividade em cada modalidade e tomar decisões mais acertadas”, explica João Marinho, porta-voz da Teramind no Brasil, especializada em monitoramento. Segundo ele, a tecnologia funciona como uma ponte entre a necessidade de reduzir custos e a manutenção do bom desempenho, pois permite medir os benefícios reais do teletrabalho e avaliar se o modelo presencial justifica o investimento. “Em alguns casos, o formato híbrido se mostra mais eficiente, desde que haja um acompanhamento estruturado”, conclui.

A inteligência artificial, integrada a um banco de dados sólido, tem, ainda, um impacto direto na forma como o RH conduz decisões cruciais sobre sucessão e bem-estar dos colaboradores, entende Renan Conde, CEO Brasil da Factorial, startup unicórnio cvom tecnologias voltadas à gestão de RH e Departamento Pessoal (DP).

“Quando falamos em sucessão, a IA permite que o RH identifique, de forma ágil e precisa, quais talentos estão prontos para assumir novas responsabilidades e onde há necessidades de desenvolvimento. A partir da análise de dados de desempenho, engajamento e habilidades, conseguimos construir planos de sucessão mais estratégicos e alinhados aos objetivos do negócio”, enfatiza Conde. “O RH deixa de atuar de forma reativa e passa a ser protagonista no planejamento de lideranças futuras.”

Conde, da Factorial: papel estratégico do RH potencializado

No cuidado com o bem-estar, a IA funciona como um grande aliado na escuta ativa dos colaboradores, lembra o executivo. “Por meio da análise de dados de clima, feedbacks contínuos e outros indicadores, o RH consegue detectar sinais de desengajamento ou sobrecarga antes que virem problemas maiores. Isso permite ações proativas que reforçam a cultura de cuidado e criam um ambiente de trabalho mais saudável. Na Factorial, acreditamos que a tecnologia potencializa o papel estratégico do RH, ajudando as áreas de Pessoas a tomar decisões mais humanas, baseadas em dados e focadas no desenvolvimento sustentável das equipes.”

Desempenho e progresso

A análise de dados também está transformando o recrutamento e a gestão de desempenho. “A seleção de candidatos pode ser mais eficiente com a ajuda de algoritmos que analisam grandes volumes de dados para identificar os perfis mais compatíveis com as vagas”, afirma Albert Soriano, CEO da Sesame, empresa global de tecnologia para gestão de RH. Segundo ele, algumas plataformas já utilizam IA para avaliar habilidades, experiências e até traços comportamentais dos candidatos, garantindo processos seletivos mais rápidos e precisos. Outra tendência é o uso da análise de vídeos de entrevistas para medir a comunicação e a adequação cultural dos profissionais.

Além da seleção, “sistemas inteligentes podem monitorar o progresso dos colaboradores, ajudando os gestores a identificar pontos de melhoria e a sugerir ações para o desenvolvimento profissional”, pontua Soriano. Com a IA, é possível obter uma análise mais precisa do desempenho individual e coletivo, promovendo um ambiente de trabalho mais produtivo e alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.

O futuro do RH no Brasil passa pela adoção de metodologias baseadas em dados e pelo uso responsável da IA para impulsionar não apenas a rentabilidade das empresas, mas também o engajamento das equipes. “Medir o desempenho de forma abrangente permite embasar decisões e cultivar uma cultura de alto rendimento sem perder de vista o fator humano”, reforça, por sua vez, Marinho. Assim, a tendência é que o futuro do trabalho seja mais flexível, dinâmico e inovador, unindo os interesses empresariais à satisfação dos profissionais e consolidando o RH como um protagonista na geração de valor.


Tema no Fórum Melhor RH Innovation

O tema da reportagem será conteúdo do painel “Pisando fundo – Análise de dados para insights e decisões assertivas”, do Fórum Melhor RH Innovation. O evento acontece on-line nos dias 14 e 15 de abril, promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação. A programação trará lideranças de RH e especialistas do setor para discutir como a inovação está redesenhando o futuro do RH e das empresas.

Inscrições gratuitas: https://bit.ly/FMRHINN.

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