É possível medir felicidade?

de Vanderlei Abreu em 5 de agosto de 2025

Para finalizar o primeiro dia do 5º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, veio o painel  “Felicidade em números – Os principais indicadores de bem-estar para balizar decisões”, com Marisa dos Santos, gerente de Gente e Gestão na ESPM; Maurício Chiesa Carvalho, gerente de RH e Responsabilidade Social na Tamarana Tecnologia Ambiental; Rafael Jaworski, diretor de Gente & Gestão no Grupo Romitex.

Comentando a importância das pesquisas e números de Felicidade Corporativa, Marisa acredita que as empresas estão entendendo o tema como benefício para as pessoas e para a organização e não como um modismo. “De qualquer forma é preciso mensurar, conseguir comprovar via indicadores a estratégia de ter uma proposta de felicidade na empresa. Na ESPM fazemos um questionário chamado de mapeamento de saúde, onde conseguimos trabalhar diversos indicadores, e é analisado por uma equipe de médicos, porque envolve questões de saúde, mas se fala também de carreira e endividamento. A saúde mental tem foco por necessidade da NR-1. Trabalhamos com escuta ativa para saber se os programas atendem as expectativas dos funcionários. Um indicador que trabalho muito é a sinistralidade do plano de saúde, que é um importante termômetro”.

Jaworski declarou que felicidade e resultados econômicos tem que andar de mãos dadas. Não adianta ter felicidade sem resultados, não se sustenta. E ter resultados sem felicidade para as pessoas também não se sustenta. “Estamos saindo do discurso para práticas de fato. Existe um movimento para fazer com que a felicidade seja possível no ambiente de trabalho. E aqui utilizamos a pesquisa de clima como um importante indicador. Uma grande mudança que fizemos foi segmentar a pesquisa por área e setor. Assim, podemos ter um plano de ação por área. Existem vários projetos de felicidade nas empresas, todos são válidos, mas há questões mais básicas que outras, necessidades básicas que devem ser atendidas. Não adianta, por exemplo, ter um programa de felicidade se o banheiro dos funcionários tem mau cheiro”, pontuou.

Maurício, lembrou da responsabilidade do RH, que cuida de todos na empresa, mas o desafio é como conseguir engajamento da alta direção, dos stakeholders, fazer o letramento da felicidade para o público interno. Mas, lembrando o que disse Jaworski, é preciso fazer o básico antes, como o cumprimento da legislação. “Especialistas de Harvard dizem que felicidade tem a ver com alinhamento de valores. E quando fazemos um recrutamento e seleção alinhado ao fit cultural, a percepção da felicidade vai ser muito mais latente, por ter compatibilidade de valores. Eu ouvi de um CEO certa vez: quer conhecer uma empresa? Comece pelo banheiro. E temos que cuidar do funcionário como cuidamos do cliente externo, pois este até pode ser demitido, por mais que me ofereça lucro, porque não quero minha marca vinculada a uma empresa agressora ao meio ambiente ou que pratica assédio moral. Felicidade é uma jornada, não o destino”, conceituou.

Clique aqui para retornar à matéria principal.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail