#FMRHFC

Engajamento, propósito e autoconhecimento: ferramentas para ser feliz no trabalho

Psicologia positiva começa a se espalhar pelas organizações e traz meios de "treinar" a felicidade

de Redação em 15 de junho de 2022
Escapejaja/ Freepik.com

Painel do 2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa discutiu caminhos para aprender a ser feliz, num elo entre a psicologia e as neurociências, passando, sobretudo, pela abordagem da psicologia positiva, que começa a se espalhar pelas organizações. Participaram Naira Feldmann, Gerente de Comunicação Estratégica e Reputação / Líder de Talent Engagement da LLYC; Amelina Prates, Diretora de Operações da Gluck Consultoria Imobiliária Ltda / Adão Imóveis Ltda, e Suzie Clavery, Gerente Sênior de Employer Branding, People Experience e Comunicação Interna do UnitedHealth Group

“Psicologia positiva é a construção de trazer o modelo mental otimista, aquela visão conhecida de ver o copo meio cheio”, explicou Naiara Feldman. “É uma ferramenta para trazer a felicidade para nossas equipes. Existe agora o cargo de CHO, e estudos pragmáticos já mostram como a felicidade impacta no trabalho e nos resultados nos de negócios. Trata de faturamento e inovações”.

Suzi Clavery complementa que é um conceito relativamente novo, num
contexto contrário ao anterior, em que a psicologia focava muito problemas como depressão, síndrome de burnout, e tantos outros relacionados a saúde mental e pouco o desenvolvimento humano. “Entramos agora num foco proposto por Martin Seligman [ex-presidente da American Psychology Association, autor de Florescer, entre diversos outros livros], que nos ensina a mudar nossa mentalidade de uma maneira mais positiva”.

Seligman propõe a psicologia positiva como um movimento que engloba estudos científicos multidisciplinares acerca da felicidade, verificando, a partir de pesquisas, que ser feliz é algo associado ao exercício de pontos fortes individuais, que ele classifica como “forças pessoais” ou forças de caráter, ligadas a virtudes humanas universais. Também estaria relacionado ao exercício de um maior engajamento em nossas atividades (flow), o foco em um propósito, à presença de emoções positivas, levando à percepção de maior satisfação com o trabalho, com a vida, traduzindo a felicidade como um balanço positivo que fazemos no conjunto de momentos que vivenciamos. Segundo o autor, grosso modo, orientar o ponto de vista sob esses aspectos é aprender a ser feliz.

Amelina Prates, Diretora de Operações da Gluck Consultoria Imobiliária Ltda / Adão Imóveis Ltda; Suzie Clavery, Gerente Sênior de Employer Branding, People Experience e Comunicação Interna do UnitedHealth Group, e Naira Feldmann, Gerente de Comunicação Estratégica e Reputação / Líder de Talent Engagement da LLYC

Gestão por propósito

A grande questão, para Amelina Prates, é como pôr em prática esse conceito, ter uma gestão por propósito. Atuando numa empresa comercial, onde os resultados dos negócios são feitos 100% por pessoas, a diretora de operações chamou a atenção para o fato de como “a gestão das emoções e a percepção de acolhimento, treinamento e desenvolvimento estão ali o tempo todo para desafiar a equipe para chegar a um ambiente positivo”. E também para conseguir o que as empresas, no final, almejam: maior produtividade.

“Batemos recordes após recordes”, comemora. E essa visão de negócio deve partir da alta administração. Em sua empresa, Amelina lembrou que tiveram a sorte de ter um CEO antenado com essas tendências. “É um apaixonado pelo tema. Trouxe essa leitura de que felicidade dá lucro para toda a liderança.”

Suzi destacou que agora existe o CHO como profissão, ela mesma
qualificou-se na área, mas o que é importante, disse, é que não é bem uma cadeira, um job description, mas “uma forma de encorajar outras pessoas a fazer coisas bacanas e serem felizes, e entender que pessoas felizes geram mais resultados.”

Tal proposta começa a chamar a atenção das empresas e muitas começam a adotar os conceitos, “mas ainda de maneira muito superficial”, reflete a gerente sênior de uma empresa com 40 mil funcionários no Brasil. “Aqui, tanto o pessoal que atua diretamente com assistência direta à saúde quanto a equipe administrativa entendem que estão ali todos os dias para salvar vidas.” A felicidade, portanto, está alinhada com esse propósito.

Diversidade e inclusão

A pandemia ajudou muito nessa percepção de valorizar mais o interno, as
empresas “passaram a olhar mais para dentro e entendendo os colaboradores como verdadeiros embaixadores da corporação ”, relata, por sua vez, Naiara. “Se a pessoa não está feliz onde trabalha, como leva essa reputação para fora da empresa?”, questiona.

E isso remete a diversidade e inclusão. Suzi destacou que não é possível falar de felicidade sem abordar a diversidade e inclusão. As pessoas precisam se identificar com outras na empresa, saber que têm espaço e são respeitadas pelo que são: “Não posso me considerar feliz na minha vida, no meu trabalho, se eu tiver que vestir numa máscara e ser uma pessoa que não sou ou não te rrepresentatividade daquilo que gostaria de ser”

Amelina interrompeu para falar que resultado é sempre nosso objetivo final, nomeio corporativo. “Mas resultado a qualquer custo não é mais sustentável”, lembrou. Discursos cheios de práticas vazias não colam mais. Ela propõe: “Comece fazendo o que e preciso, depois o que é possível. E, de repente, tudo acontece”.

Fonte: João Marcos Rainho/ Portal da Comunicação


Quer saber mais sobre as discussões do
2º Fórum Melhor RH de Felicidade Corporativa?

Para assistir às gravações do primeiro dia do evento clique aqui . Para o segundo dia, acesse este link.


 Oferecimento:

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail