Os jovens da geração Z estão desembarcando no mundo do trabalho e fazendo a área de RH das companhias repensarem uma vez mais as políticas de retenção de talentos. De acordo com levantamento do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, encomendado à Toledo e Associados, ao menos 44% dos jovens analisaram aspectos, como identificação com a empresa, plano de carreira e crescimento antes de aceitar proposta de efetivação na empresa em que estagiam.
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A pesquisa realizada com estudantes de um grupo de universidades de São Paulo, entre os meses de julho e agosto desse ano, apontou que para 64% dos estagiários atuar na área relacionada com o curso e não ocupar uma função operacional é principal motivação por uma vaga. Já 47% levam em consideração as oportunidades de crescimento dentro da companhia.
Entretanto, o levantamento mostrou que 56% dos estudantes permaneceram nas empresas onde iniciaram o estágio. Pelo menos 73% querem seguir esse caminho e esperam ser efetivados após o encerramento do contrato.
A amostragem também identificou que 38% dos estagiários que responderam a pesquisa não foram efetivados por falta de vagas na empresa, enquanto que em 25% dos casos não existia essa possibilidade, a exemplo dos órgãos público em que é necessário ser concursado.
Para Luiz Marcelo Gallo, Superintendente Nacional de Operações do CIEE, a responsabilidade do agente integrador ficou ainda mais clara após a pesquisa. “Um processo seletivo assertivo resulta em novas vagas, mas um processo que não dê muito certo pode frustrar as expectativas das empresas e dos estudantes”.
Ainda de acordo com Maria Toledo, diretora de Planejamento da Toledo e Associados, o levantamento possibilitou traçar o perfil do estudante que está entrando no mercado de trabalho. “Nós pudemos identificar que esse jovem é altamente conectado, tem desejo de conhecer outras culturas e fazer intercâmbio, está otimista em relação ao mercado de trabalho e espera ter mais experiências na prática dentro das universidades”, afirma.