Assim como Prometeu deu aos humanos o fogo dos deuses, temos em mãos a IA: pronta para revolucionar (e facilitar) a vida ao passo de um simples comando – um prompt. Mas como dominar a Era Digital quando a maioria ainda não compreende o básico das principais ferramentas? Um estudo do Instituto Reuters e da Universidade de Oxford, feito em seis países, mostra que entre 20 e 30% da população mundial sequer conhece o ChatGPT ou qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial. E muitos dos que sabem de seu potencial não tem o letramento adequado para utilizá-los da melhor maneira possível – não à toa, há centenas de vídeos e matérias ensinando como criar o comando ideal para uma tarefa.

Apesar da flagrante necessidade de capacitação, o mercado tem pressa e pede passagem para novas funções que começam a despontar, que exigem tanto habilidade tecnológica quanto soft skills. É o que aponta o relatório do LinkedIn sobre o futuro do trabalho com IA: 47% de executivos norte-americanos acreditam que a IA generativa irá aumentar a produtividade, ao passo que 92% deles concordam que people skills são mais importantes do que nunca.

A evolução do RH está profundamente ligada ao equilíbrio entre adotar a tecnologia e manter o foco na parte humana. À medida que novas ferramentas surgem, a capacitação se torna essencial, não apenas para acompanhar mudanças, mas para liderá-las. Nesse cenário, o desenvolvimento de gen AI literacy — a fluência em inteligência artificial generativa — é cada vez mais valorizado. Além das possibilidades práticas, é necessário também refletir sobre as consequências do seu uso no comportamento humano e seus relacionamentos – o que impacta diretamente o futuro da gestão de pessoas.

Nesta edição do Fórum Melhor RH Tech – Prompt para o Futuro as principais lideranças de Recursos Humanos debatem não apenas sobre as tendências em tecnologia mas, principalmente, sobre os novos desafios que já se desenham: a intersecção entre o digital e o humano, a importância do letramento em tecnologia, as problemáticas do uso excessivo de redes sociais e telas, como a IA afeta funções novas e atuais, de que forma usar ferramentas para o crescimento interno e externo, a nova relação dos colaboradores com o trabalho, os impactos na saúde mental e, principalmente, o papel ativo do RH para ganhar produtividade sem perder humanidade.