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Fórum Melhor RH Confiança discorre sobre legado e tendências do RH

Evento antecipou reflexões sobre os próximos episódios da gestão de pessoas e exibiu premiação dos melhores líderes de RH e CEOs do Sul e Centro-oeste brasileiros

A edição 2023 do Fórum Melhor RH Confiança com o tema “Qual é o seu legado?” iniciou o ano antecipando, na segunda-feira (assista aqui), as reflexões que irão permear os próximos episódios da gestão de pessoas: o papel da cultura em criar pontes, o orgulho em pertencer e a geração de confiança. Especialistas do mercado e líderes de RH debateram os desafios na criação de uma marca empregadora de valor, da transformação para uma cultura positiva, a integração dos times a temas como ESG e Saúde Mental e o impacto de um workplace que se preocupa com o futuro e não apenas com o lucro imediato.

Na mesma trilha do 3º Fórum Melhor RH Confiança – Qual o seu legado?,  ocorreu a entrega dos troféu  às mais relevantes lideranças de RH das regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil contempladas no Prêmio Melhor RH Centro-Oeste e Prêmio Melhor RH Sul.

O evento prosseguiu nesta terça-feira (clique para assistir), ao vivo, entre speakers e premiados, e o conteúdo dos dois dias de debates e premiações permanece gravado no canal do You Tube da Melhor RH.

Exclusão não é mimimi

Na segunda, o primeiro painel do evento, com o tema Diversidade traz conhecimento, trouxe o diferencial das equipes diversas, com a presença de pessoas com deficiência (PcDs).

O olhar é de que, cada vez mais reconhecidos por estudos e pesquisas, os benefícios da diversidade e da inclusão nas empresas são inúmeros: mais abertura para dialogar, compartilhar experiências e, principalmente, aprender. Neste painel, especialistas e gestores de RH compartilharam case e insights inspiradores sobre o tema.

Participaram do painel Carolina Ignarra, CEO do Grupo Talento Incluir, Carlos Alberto Maioli Jorge, Diretor da Hippocampus Psicologia e Alessandra Micillo, Gerente de T&D/BP LATAM da Martin Brower

“Exclusão não é mimimi”, destacou Carolina. Para incluir – ela entende – além da conscientização sobre essa necessidade, é preciso reconhecer o valor da pessoa em exclusão, com empatia e olhar atento às semelhanças, habilidades e perfis para além de marcadores sociais.

Alessandra mencionou trabalho feito nesse sentido na Martin Brower,  com programa de capacitação sob olhar de desenvolvimento, para conscientizar e eliminar vieses inconscientes, mas também quebrar resistências das lideranças e treinar para tornar pleno em seu desempenho e integração  o colaborador de grupos minorizados, acolhendo-o corretamente..

Já Jorge pregou a naturalização da inclusão, com as ações corporativas superando qualquer Lei de Cotas – seria o ideal, na visão do executivo.

Soft skills: a chave da colaboração

A colaboração é um dos fatores que fizeram com que a humanidade conseguisse sobreviver ao longo dos séculos. No painel Skill do futuro: colaboração, também no primeiro dia do evento, a discussão girou em torno dos pilares da colaboração eficaz, os caminhos para reconhecer, recompensar e pedir a contribuição de todos e, acima de tudo, como capacitar para desenvolver skills necessárias a uma equipe colaborativa e engajar pessoas nessa causa nas equipes.

Participaram desse momento Sandra Cristina Domingos, Coordenadora do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo; Claudia Regina Araujo Santos, Diretora de Recursos Humanos, e Renato Acciarto, Relações Institucionais e Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.

Sandra lembrou que as soft skills são essenciais a um ambiente colaborativo e que, apesar de inerentes à personalidade do colaborador, podem ser treinadas. Capacitações devem levar em conta situações em que a colaboração se evidencia, reconhecendo o desempenho de cada um no resultado final da equipe.

Para Cláudia, o ambiente mais colaborativo foi favorecido pela pandemia e pelo período que se sucedeu, exigindo readaptação em todos os sentidos. Seria parte de um processo que, na equipe,  “vai desde a integração, na construção da flexibilização e do futuro do trabalho”, ressaltou.

Acciarto destacou, por sua vez, a importância das relações interpessoais no desenvolvimento da colaboração nos times, e questionou se o distanciamento social não teria atrapalhado o desenvolvimento de profissionais mais colaborativos. O momento do café tem sua importância

Motivar a geração Z

Aquilo que inspirou ou gerou compromisso no passado passa por novas  referências e valores para engajar jovens colaboradores.Tema fez parte do painel O que é sucesso para você? na segunda-feira, com a contribuição de Elizabeth Rodrigues, Diretora de RH da Vedacit; Jonas Rogerio Carvalho, Coordenador de Vendas do Senac São Paulo, e Renato Acciarto, Relações Institucionais e Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.

Acciarto lembrou o quanto valores e propósito das empresas influenciam a atuação dos jovens no trabalho, sendo motivador de suas metas profissionais (até mesmo na área de vendas, onde o executivo pensava ser impossível o engajamento das novas gerações, devido ao foco financeiro da atividade) .

Elisabeth observa que, de um lado, as novas gerações trazem o olhar voltado a esse propósito e à sustentabilidade nas empresas, de outro, ao melhor uso do tempo. Reconhecer as características das diferentes gerações nos locais de trabalho seria um passo importante rumo à inclusão etária e a um ambiente que favorece o engajamento de todos.

Carvalho entende que o que marca o momento –  e não somente as novas gerações  –  é uma inversão de valores, de usufruto e não acumulação de bens. Ele se inclui nessa nova mentalidade e observa que ambientes criativos motivam os mais jovens.

Para o executivo, é preciso que os mais experientes tenham um olhar aberto a esses ambientes e novas formas de vivenciar o trabalho e a vida. E quando os gestores perceberem isso –  e favorecerem esse contexto, mantendo o equilíbrio entre os públicos na contratação –, acaba o etarismo, prevê o Coordenador de Vendas.

A escuta – todos concordaram – seria o caminho para criar um ambiente inspirador e capaz de engajar a todos.

A chave é o cuidado

Outro painel do primeiro dia do evento – A influência da mente –  trouxe à discussão o papel da saúde e do bem-estar nas metas das lideranças, com a participação de Mariângela Fragão, Gerente de Arquitetura e Pré-Vendas da Techware; Fátima Macedo, CEO e Diretora Geral da Mental Clean, e Rodrigo André Fernandes, Diretor de RH da Claro.

Fátima destacou a importância da segurança psicológica na empresa, que torna o ambiente seguro e confortável para colaborações, exposição de identidades e opiniões, e o respeito aos limites: começo, meio e fim de um dia de trabalho, principalmente das mulheres. “Esses temas foram muito discutidos, mas é interessante como eles ainda geram dúvidas”, comentou a executiva.

Mariângela lembra o desafio de promover bem-estar a equipes extensas, citando o trabalho da Claro junto aos seus mais de 40 mil colaboradores.

Responsável pelo RH da empresa, Fernandes entende, por sua vez, que, em se tratando de saúde mental, o olhar deve se estender também às famílias dos empregados. Postura que favorece o bem-estar corporativo e  humaniza a atuação da companhia.

Tendências e desafios

No penúltimo painel do primeiro dia de evento –  O passado vs. o futuro do trabalho –, Rochelli Kaminski, Diretora de Recursos Humanos da Gomes da Costa; Renato Rovina, Diretor de RH do BNP Paribas, e Sandra Barquilha, Diretora Global de RH para Divisão de Soluções Médicas da 3M destacaram  as principais tendências e desafios do RH em 2023.

Rochelli destacou a importância dos programas de diversidade, equidade e inclusão e de mantê-los dinâmicos na cultura da empresa. Também citou o desafio do trabalho com a geração Z – com seus gaps e necessidade de propósitos claros.

Já Sandra provocou os participantes com uma visão compartilhada em outro evento: se o RH não conseguir adaptar as estratégias de RH às estratégias da gestão na mesma velocidade com que vem se adaptando às necessidades das pessoas, o futuro será difícil, comentou a executiva.

Além da adaptação, Rovina cita a digitalização constante como desafio, com requisitos  crescentes de lidar com os dados gerados pela tecnologia, pedindo políticas cada vez mais complexas de compliance, ampliando as demandas sobre planejamento e resultados em gestão de pessoas.

Já no final, durante o painel Qual o seu legado?, os participantes compartilharam insights e cases sobre como tem sido esse processo de transformação interna em busca de uma cultura positiva e os principais desafios no desenvolvimento de metas e estratégias que estejam alinhadas com o futuro que todos desejam na companhia e na sociedade.

Integraram o painel Charmoniks da Graça Heuer, Gestora de Capital Humano do Grupo Condor e Vice Presidente da ABRH; Mauricio Chiesa Carvalho, Gerente de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da Tamarana Tecnologia Ambiental, e Luana Meira, Head de Talent Acquisition & Employer da Danone Brasil. 

Luana falou sobre o desafio de criar vínculos emocionais entre o colaborador e a marca/ empresa, o que ajudaria a atrair e reter talentos que possam, assim, contribuir para o propósito da companhia e para o seu impacto na sociedade.

Carvalho concordou e destacou a importância de oferecer um bom ambiente para se trabalhar, de uma cultura de bem-estar nas empresas e de evidenciar o valor intangível por detrás dessa oferta.

Sobre isso, Charmoniks levanta o questionamento: será que as empresas estão sabendo mostrar os seus dotes nesse sentido?

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