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Futuro do trabalho: diversidade e inclusão

As empresas operam em um ambiente muito mais complexo e competitivo do que em qualquer outro momento da história

de Redação em 3 de setembro de 2018

Por: Danilca Galdini

As empresas operam em um ambiente muito mais complexo e competitivo do que em qualquer outro momento da história. Os mercados estão cada vez mais interligados, as fronteiras das companhias cada vez mais porosas e a tecnologia convidando constantemente as organizações a reverem seus modelos de negócios. Esses fatores imprimem novas cores no mundo do trabalho e estão nos obrigando a olhar para ele a partir de uma perspectiva até então pouco explorada e repensar as regras para quase todas as práticas organizacionais.

Não há mais espaço para continuar a operar de acordo com velhos paradigmas. Não se trata mais de um convite para abraçar novas formas de pensar nas empresas, mas sim uma condição essencial para aqueles que querem continuar atuando no mercado.

E pensar o futuro do trabalho é muito mais amplo em escopo do que apenas olhar para o core da empresa vs a quantidade de talentos disponíveis. É preciso entender sobre demografia, globalização, comportamentos das pessoas, estilo de gestão, comunicação, colaboração, entre outros. Ainda existem muitas mudanças pela frente e a única certeza que temos é que estar preparado para passar por elas requer adaptabilidade, velocidade de reação, colaboração e pensamento diverso – mas REALMENTE diverso.

Portanto, não tem como falar de futuro do trabalho sem passar pela questão da diversidade e da inclusão, seja pelo aspecto ético ou pelos resultados positivos que proporcionam ao negócio. Empresas com cultura inclusiva e que fomentam equidade entre gêneros, etnias, faixa etária, classes sociais e necessidade especiais são mais inovadoras e geram maior rentabilidade.

  • Pesquisa Mckinsey mostra que as empresas com diversidade de gênero são 15% mais propensas a superar seus pares e as etnicamente diversas são 35% mais propensas a fazer o mesmo.
  • Pesquisa Deloitte Austrália mostra que as equipes inclusivas superaram seus pares em 80% nas avaliações baseadas em equipe.

E para fortalecer a importância do tema na atualidade, temos mais um dado: as buscas sobre diversidade no Brasil cresceram nada menos que 30% no último ano, mostrando que o assunto se transformou em uma pauta política e global. (Think with Google).

Temos então uma primeira conquista para celebrar: conseguimos trazer o tema à tona! Este é o primeiro passo para qualquer movimento de transformação. Agora, precisamos mapear e multiplicar as práticas que impactam positivamente a diversidade e inclusão no mercado de trabalho e aqui temos um grande desafio pela frente.

De acordo com os resultados da 17ª edição da pesquisa Carreira dos Sonhos, os profissionais brasileiros acreditam que as empresas nas quais trabalham não se preocupam com estes temas ou então tem um discurso, mas não praticam.

Nos últimos anos, muitas empresas se envolveram em iniciativas relacionadas à diversidade, representatividade e inclusão. Considerando os temas abaixo, como você percebe a sua empresa?

(Apenas respostas de quem escolheu a alternativa “não se preocupam com o tema” ou: tem discurso, mas não pratica”.)

Embora o cenário geral seja desanimador, um dado chama atenção de maneira positiva. Uma pequena parcela de profissionais diz que suas empresas não se preocupam ou tem discurso diferente da prática quando o foco são as iniciativas para estimular mulheres na liderança, o que significa que toda a discussão que tem sido realizada há tempos está gerando frutos! Ações de conscientização funcionam e precisamos promover mais conversas sobre inclusão de negros, LGBTQ+ e pessoas com deficiência no mercado de trabalho, além de continuar com os diálogos sobre mulheres.

E sejamos realistas, não podemos apenas “dar um tapa” na forma como as empresas encaram este tema, precisamos dar um reset na cultura organizacional!

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