Segundo o mais recente Índice de Confiança Robert Half (ICRH), permanece o desejo dos colaboradores em trabalhar de forma mais flexível. Segundo o levantamento, consolidado em fevereiro e divulgado recentemente, 57% dos colaboradores ouvidos estão dispostos a buscar um novo emprego, caso a empresa opte pelo retorno 100% presencial (24% desses avaliam questão como ponto determinante e não trabalharia exclusivamente no escritório de jeito nenhum).

De maneira geral, dentre os profissionais empregados consultados para o estudo, 74% desejam trabalhar em um modelo híbrido ao longo do ano. Entre eles, 41% gostariam de ter flexibilidade na decisão sobre os dias de permanência no escritório, enquanto 33% preferem contar com a distribuição predefinida de dias remotos e presenciais.

Dentre os profissionais em recolocação, preferência pelo híbrido chega a 78%, mas apenas 16% deixaria de aceitar uma vaga por conta do regime de trabalho. Desemprego segue a 3,8% para a categoria ouvida (profissionais qualificados – com 25 anos ou mais e formação superior), segundo dados do PNAD para o mês da pesquisa.

Percepção contrária

Do outro lado do balcão, regime híbrido também é maioria: o modelo será adotado por 59% das empresas entrevistadas. Já 30% optaram pelo modelo 100% presencial e apenas 6% pelo home office integral. Os 5% restantes ainda não têm uma política definida.

Entre as organizações que optaram pelo modelo híbrido, 63% planejam de 2 a 3 idas por semana do colaborador ao escritório. Já para 24%, o planejamento ficará a cargo do gestor e dos próprios colaboradores. Opção por algo diferente disso, no entanto, não afeta contratações e retenções, acredita a maioria dos recrutadores participantes da pesquisa.

Na percepção de 56% dos recrutadores entrevistados, a opção pelo retorno 100% presencial não dificulta a atração e retenção de talentos. Por outro lado, 36% acreditam que a medida influencia negativamente, tanto pelo ponto de vista da atração quanto de retenção – 8% não souberam opinar;

 A sondagem conduzida pela Robert Half ouviu 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas, ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).