Seja para quem está entrando no mercado de trabalho, seja para aqueles que querem se aprofundar em alguma área ou até mesmo mudar de segmento, investir no networking é fundamental. É sempre bom contar com a ajuda de alguém em momentos não tão fáceis ou de decisão sobre a carreira, por exemplo, e é nessas situações que nos lembramos de nossa rede de relacionamentos. Mas afinal o que é isso? É uma cadeia de contatos profissionais e pessoais. Por meio dela, é possível conhecer pessoas que interessam ou que possam interessar no futuro e ainda ter acesso a oportunidades de trabalho, trocar experiências e avançar sobre uma visão de mercado.
Contudo, há uma dúvida comum nesse quesito: quando iniciar um networking? O especialista e consultor da SBA Associados, Ozinil Martins de Souza, explica que o momento certo é ao entrar no ensino superior. “Geralmente, é quando a pessoa começa a faculdade que surgem as preocupações com o trabalho e a profissão. Com isso, é imprescindível se mostrar para o mercado”, afirma.
Erros comuns
Porém, o especialista chama a atenção para alguns cuidados sobre essa rede de contatos profissionais. Para ele, há dois erros muito comuns que devem ser evitados para não sair prejudicado: fazer o networking apenas na área em que atua ou estuda e procurar essas pessoas apenas quando se precisa de ajuda. “Um bom networking é feito antes de haver qualquer necessidade. Se o interessado deixar para construir esses relacionamentos apenas quando houver algum problema, provavelmente ele vai ficar na mão e ainda será mal visto pelos colegas, pois essa é uma relação de trocas”, conta Ozinil.
Outro equívoco é achar que apenas profissionais da área estudada ou em que se atua é que interessam. “É preciso expandir a rede e pensar em pelo menos três segmentos diferentes, pois, hoje, os trabalhos estão cada vez mais integrados”, explica. Um exemplo é um médico que, além de saúde, precisa entender de informática e até mesmo robótica, visto que hoje muitas cirurgias acontecem por meio dessa tecnologia.
#L# Sobre as famosas redes sociais, a palavra de ordem é cautela. “Elas são importantes como fonte de prospecção, mas exigem cuidado”, alerta Ozinil, referindo-se ao fator exposição. Elas podem, sim, fazer parte do networking e agregar bons valores, desde que bem usadas. Postar fotos dizendo que bebeu todas ou abusou da velocidade, por exemplo, é ruim para a imagem pessoal.
Vença a timidez
Muitas pessoas têm dificuldade em formar um networking por causa da vergonha, mas vencer a timidez é um passo importante e fundamental. “É preciso se expor, senão o mercado o empurra para fora”, aponta Ozinil. Ele ainda sugere visitar feiras e exposições e participar de palestras e debates.
O especialista lembra também que é essencial frequentar ambientes além daqueles da área de estudo ou trabalho, como cinema e teatro. Ambientes heterogêneos e descontraídos podem auxiliar em dois aspectos, principalmente: vencer a timidez e ampliar a rede de contatos em diversos segmentos.
Networking na prática
Comece seu networking hoje mesmo. Não espere momentos ruins para criar uma rede de contatos. Há uma grande diferença entre uma relação interesseira e uma relação resultante de interesses. “Invista tempo para elaborar uma lista de quem pode fazer parte do seu networking, analise-a e inicie os contatos”, destaca o especialista.
Saiba se expressar. Seja claro ao falar
Esteja sempre bem informado. Leia jornais, revistas, blogs e participe de palestras e eventos diversos. “Frequente novos lugares e aumente sua lista. Lembre-se: networking é também conhecer outras pessoas. Esteja presente nas redes sociais. Use o bom-senso e atualize todas as informações profissionais. Nem sempre quantidade é tudo. Invista em qualidade!”, diz, acrescentando: “Não fale mal dos outros, nem use o networking para roubar ideias. Tenha um cartão pessoal sempre em mãos. Seja versátil e esteja aberto a novos contatos e oportunidades”.