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Liderança comando e controle ou influenciadora?

de Vanderlei Abreu em 5 de agosto de 2025

O 5º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa prosseguiu com o painel “Controle versus influência – A liderança como agente do propósito”, com Cris Castro, diretora de RH na Syngenta; Edna Rocha, diretora de RH na Sonepar; e Renato Luzzi, diretor de Pessoas, Mobilidade e Logística na SulAmérica.

Liderar, para Luzzi, é engajar, empoderar, ou seja, preparar as equipes para tomar decisões com autonomia. E o líder consegue fazer isso mantendo-se próximo, adaptável e precisa de uma escuta ativa. Segundo o executivo, dois pilares são fundamentais: um, é dar clareza, e outro performance — conectar com o propósito da organização. “Na SulAmérica, os colaboradores geram mais resultados quando entendem seu propósito. Nosso ecossistema é entregar saúde para as pessoas”.

Edna,falando de controle e influência, disse que “percebemos que liderança ainda é muito baseada em controle. Antes, não conhecíamos as pessoas e sim o crachá”. Segundo ela, as novas gerações não aceitam o controle, elas precisam ser influenciadas, ter um propósito claro, ou elas não ficam mais na empresa. “Lideranças que percebem que ter autoridade não é tão eficiente como ter influência, resolvem metade dos seus problemas. Pessoas se demitem do chefe e não da empresa. Uma grande mudança em nossa cultura de trabalho é saber influenciar as pessoas, com bons exemplos, comunicação clara, ações éticas.  Nós precisamos entender que nosso trabalho é importante para uma causa maior. Influenciar as pessoas é a chave do engajamento. Não é fácil porque depende de nossos valores, de nossa comunicação, de nosso comportamento”.

Cris acrescentou que influência, na hora de exercitá-la, não é tão simples, pois exige relacionamentos bem construídos e estar baseados em confiança e empatia, aumentando a capacidade de influenciar sem precisar de grandes controles e entender as necessidades do outro, pensando em propostas de ganha-ganha. “Dentro das organizações encontramos barreiras para isso, questões internas de medo, falta de confiança, de relacionamento, dificultam a liderança por influência. Mas é possível ser exercida mesmo não tendo equipe. Comunicação assertiva, clareza de propósito e trabalhar muito com reciprocidade. Muita gente confunde influência com manipulação. Esta última envolve mentira e exploração de vulnerabilidade. Influência sem autoridade é um aspecto importante, pois ninguém consegue o que quer se não consegue influenciar. Pessoas, hoje, se movem por propósitos. E precisamos entender qual o propósito das pessoas. E o líder tem que se conectar com isso e ajudar a equipe a encontrar seus propósitos e conectar com o propósito da organização”.

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