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Liderança é fundamental na disseminação de uma cultura sustentável e afirmativa

Cargo C-level para a pasta ESG pode indicar maior relevância dada ao tema pela companhia

de Redação em 31 de agosto de 2022
Javy Indy/ Freepik.com

Discutir o papel das lideranças na disseminação de uma cultura conectada à agenda ESG da empresa foi um dos objetivos do Fórum Melhor RH ESG e Comunicação, promovido pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da ComunicaçãoSheila Ceglio, People Experience Director da Pfizer;  Luiza Lima Eugenio, gerente de Cultura, Liderança e Desenvolvimento da Suzano; e Sandra Cristina Domingos, coordenadora do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo, debateram o tema durante o painel “Liderar para transformar”, no primeiro dia de evento, no início de agosto.

Sheila define o papel do líder como o do executivo responsável por tirar do papel todas as políticas sobre o tema na companhia. “Líder deve ser o exemplo dessas práticas, trazer isso para a vida real da equipe”, entende a profissional da Pfizer.  “Ele tem o papel fantástico de engajar e mostrar como fazer, traduzir para a cultura, ir além das políticas e dos processos”, ressalta.

Luiza reforça o papel da liderança na comunicação dos valores da empresa para os colaboradores:  “É muito importante se a liderança consegue comunicar de forma fluida, conectar o que a pessoa faz no dia a dia com a proposta da organização”, pondera a gerente de Cultura, Liderança e Desenvolvimento da Suzano.

Sandra lembra que a pandemia, à medida em que agravou a desigualdade social, obrigou as empresas a rever seus valores. “Líderes são aqueles que dão bom exemplo, conduzem ações para essa mudança de mentalidade”, lembra a coordenadora do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo.

Entre as atribuições da liderança, segundo a executiva, estão: disseminar ações autênticas efetivamente alinhadas com o propósito da empresa, visão holística que englobe o negócio, equipe, comunidade, meio ambiente, com uma  atuação empática, para que as pessoas sejam vistas para além de seus números. “A liderança deve ser flexível às mudanças”, destaca Sandra, sobre o que considera o mais importante para o momento vivenciado, de profundas transformações nas pautas ambientais, sociais e na governança das organizações.

Liderar para o ESG exige conhecer a empresa

Para concretizar as metas é preciso ter um diretor de ESG? 29% das empresas no País possuem estrutura formal de governança e sustentabilidade, segundo dados da Beon. Especialistas falaram sobre criação de posições direcionadas para a área durante o painel “Diretoria de Futuro”, já no segundo dia do evento.

Luis Fernando Guggenberger, executivo de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Vedacit; Odete Duarte, diretora de Reputação, Comunicação Corporativa e de Novos Negócios; e Anatrícia Borges, diretora ESG da LLYC discutiram o tema, destacando, independente de especificidade do cargo, o perfil do profissional necessário para o avanço do cumprimento da agenda ESG nas empresas.

Odete iniciou o debate lembrando que os gestores de ESG têm sido associados a departamentos de RH, de Inovação e de comunicação, e perguntou aos demais, pela experiência que apresentam, qual seria a melhor decisão nas companhias nesse sentido.

Guggenberger explica que isso depende da empresa, que esse organograma deve fazer sentido à estratégia de negócios. O mais importante, ele destaca, é que esse profissional saiba “traduzir para o business a linguagem de Sustentabilidade e do Social”, enfatiza.  E vice-versa, além de ter uma visão holística da companhia, como ele mesmo fez questão de criar, em sua trajetória profissional, observando a organização para além de uma auditoria de seus indicadores sociais e de sustentabilidade.

Um cargo C-Level para a pasta lhe parece adequado, lembrando o exemplo de algumas empresas que insistem em contratar apenas “Analistas de ESG”. Isso poderia passar a imagem de “falta de seriedade da empresa”, entende o executivo.

Já Anatrícia, da LLYC,  preconiza um olhar mais qualitativo para esse profissional, no que diz respeito às externalidades da companhia ou às causas que a circundam e que recebem atenção das estratégias da agenda ESG. “Profissional de ESG tem que ter sensibilidade, circular a empresa”, destaca, também, a executiva. E lembra que o tema é algo definitivo nas organizações,  conhecimento em evolução, cultura em transformação, com uma pandemia acelerando tudo, com shareholders e stakeholders ativistas.

“ESG não é moda — acrônimo está em destaque desde 2004”, ressalta.  Ainda que uma extensa agenda de ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU pareça estar longe de ser cumprida no prazo — o ano de 2030.

Saiba mais:

Acompanhe o evento no primeiro dia e no segundo dia. 

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