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Liderança Inclusiva: competências essenciais e relevância no atual ambiente de negócios

A liderança inclusiva emerge como um agente transformador e promotor de um ambiente confiável, questionador, criativo, inovador e produtivo

de Ana Paula Zambrotti em 24 de dezembro de 2024
Banco de Imagens Canva Pró - Fotógrafa Brenda Sangi Arruda

Pesquisas têm revelado que equipes diversas, que atuam em um ambiente inclusivo, são fonte de vantagem competitiva para as organizações. 

Mas, para uma atuação efetiva, as pessoas precisam experienciar sentimentos tanto de singularidade quanto de pertencimento. É, nesse contexto, que a liderança inclusiva emerge, como um agente transformador e promotor de um ambiente confiável, questionador, criativo, inovador e produtivo. 

Que competências, então, são requeridas de um líder inclusivo?

1. Coragem 

Líderes inclusivos sabem que vivenciam desafios gigantes. Apesar de o Brasil ser um país diverso, a cultura brasileira ainda reforça o preconceito e a discriminação contra grupos minorizados. Como a cultura nacional tem reflexos acentuados nas organizações, o ambiente de trabalho acaba contaminado.

Líderes inclusivos precisam, então, demonstrar intencionalidade nas suas ações. Precisam dar vez e voz a todos os indivíduos. Precisam enfrentar as resistências e as críticas inerentes a qualquer processo de mudança.

2. Curiosidade

Líderes inclusivos têm a mente aberta e vontade genuína de conhecer o outro. Transitam em ambientes diferentes daqueles em que estão habituados. Saem da zona de conforto e estimulam que as equipes busquem zonas de aprendizagem.

Líderes inclusivos buscam aprender em todos os lugares e com todas as pessoas. Questionam o status quo e promovem um ambiente seguro para que todos façam o mesmo.

3. Vulnerabilidade

Líderes inclusivos devem criar ambientes de trabalho psicologicamente seguros, em que a confiança entre os membros da equipe e entre eles e o próprio líder seja algo natural. A confiança, contudo, só prospera quando as pessoas sabem que não precisam ficar na defensiva e nem esconder seus erros e fragilidades. 

Para assegurar que todos estão à vontade, líderes inclusivos devem dar o exemplo. Devem ser os primeiros a “se despir”, assumindo suas vulnerabilidades como um sinal de humanidade e de confiança em todos.

4. Empatia 

Líderes inclusivos não são aqueles que aceitam a diversidade. São aqueles que abraçam a diversidade de forma genuína, pois entendem que a pluralidade é não só o caminho certo, em termos éticos, mas a via para resultados sustentáveis. 

Abraçar a diversidade exige, portanto, empatia, pois líderes inclusivos estarão envolvidos com conversas difíceis e resistências. Precisam escutar ativamente, criar conexão com as pessoas e acolher cada um, com suas dores e emoções.

5. Foco em Resultados

Líderes inclusivos não são paternalistas. São éticos e comprometidos com os objetivos organizacionais. Lutam em prol do respeito, da justiça social, do aprendizado e da colaboração, sem deixar de lado o foco em resultados.

Líderes inclusivos buscam resultados com as pessoas e fomentam um ambiente em que todos estão comprometidos com o coletivo. As pessoas sabem o que se espera delas e se sentem responsáveis pelas próprias ações.


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Ana Paula Zambrotti

Mestre em Administração Pública pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, da Fundação Getulio Vargas (Ebape/FGV). É Professora dos Cursos de Pós-Graduação lato sensu da Fundação Getulio Vargas. Foi Professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Experiência internacional na área de ensino e consultoria, com trabalhos realizados em Angola. Ex-consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). É coautora dos livros (1) Aprendizagem e Desenvolvimento de Talentos; (2) Tendências da Gestão de Pessoas na Sociedade do Conhecimento; (3) Coaching e Mentoring.