Gestão

Números que atraem

de em 24 de setembro de 2010

A solidão da liderança vem ganhando cada vez mais adeptos. Não há espaço, tempo ou com quem discutir os resultados e, principalmente, o processo decisório utilizado para obtê-los. Paralelamente, percebe-se que o profissional especializado em um determinado setor sai cada vez mais da atividade operacional, passando a liderar pessoas em sua área. Liderar com excelência tornou-se obrigação. Mas como fazê-la se não houve preparação estratégica em gestão de pessoas?

Segundo Daniela Zanuncini, diretora da Bem-Estar Desenvolvimento Humano, desenvolver as habilidades de líder, adquirir conhecimentos sobre comportamento humano, discutir o processo de tomada de decisão, analisar a própria capacidade de liderança, descobrir os pontos fortes e fracos são uma tarefa para “ontem” nas empresas. E para ajudar nesse processo, nada melhor, na opinião de Daniela, do que uma ferramenta poderosa: o coaching.

Estudos comprovam a eficácia e o crescimento do mercado de coaching que, segundo a revista Forbes , movimenta mais de 10 bilhões de dólares no mundo. Na mesma edição da revista americana, outro dado chama a atenção: das 500 maiores empresas, 85% utilizam essa ferramenta.

Daniela lembra que uma pesquisa realizada pela Fortune 500 junto a 100 executivos (60% em posições de vice-presidência e 30% com remuneração acima dos 200 mil dólares) mostra que o retorno sobre investimento do coaching é de 529%. Executivos que passaram por esse processo classificaram o retorno quantitativo em mais de cinco vezes o investimento, ou seja, estimaram 120 mil dólares de valor para um processo que tenha custado 20 mil dólares.

Compromisso mútuo
Ela reforça que esses números se devem ao treinamento, à capacitação e ao acompanhamento que o coaching proporciona e cria. Constitui-se em um compromisso mútuo entre o facilitador (coach) e o gerente, coordenador ou gestor quanto às metas, ações, recursos e condições que possibilitem a realização de seus projetos por meio da potencialização de talentos e competências, da ampliação de limites, do desenvolvimento de aspectos restritivos, visando o desenvolvimento pessoal e profissional e o alcance dos resultados pretendidos. “Cabe ao coach estabelecer uma relação de compromisso e confiança com o líder, de maneira a possibilitar a identificação e análise conjunta dos aspectos relevantes de sua trajetória de vida pessoal e profissional, as características de perfil e potencial que favoreçam ou dificultem o alcance de suas metas”, esclarece.

Daniela reconhece que, além do coaching, existem inúmeros outros treinamentos. A diferença é que, mesmo que o treinamento tenha elevada qualidade, seus resultados podem ficar comprometidos no longo prazo na ausência de um programa de coaching. Ela conta que um estudo feito pela Xerox apontou a perda de 87% das habilidades aprendidas em treinamento sem o acompanhamento efetivo. Outro estudo, publicado no Public Personel Management Journa l, revela que os executivos que participaram de um treinamento gerencial aumentaram em 22,4% sua produtividade e aqueles que tiveram coaching após esse mesmo treinamento aumentaram sua produtividade em 88%. “Estudos como esses aliados a resultados satisfatórios e concretos fazem com que, cada vez mais, o coaching se torne ferramenta estratégica para a construção e desenvolvimento de líderes”, finaliza Daniela.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail