Muito se ouve falar sobre as vantagens e desvantagens de migrar um negócio para um coworking. Porém, existem alguns pontos a respeito dos profissionais autônomos que frequentam esse tipo de ambiente profissional, e também dos colaboradores de empresas alocados em coworkings.
Para se ter uma ideia, de acordo com informações do Censo Coworking 2018, a flexibilidade dos espaços compartilhados está cada vez mais expressiva, apresentando um aumento de 48% em relação ao ano anterior.
Bruna Lofego, CEO da CWK, explica que a alta procura faz com que os gestores dos escritórios se atentem a alguns pontos na hora de liderar uma equipe. “Trabalhar em um coworking exige concentração e foco da parte do profissional. para que os resultados se mantenham positivos. É preciso aprender a trabalhar de uma maneira produtiva, mesmo podendo usufruir da flexibilidade e dos benefícios desses espaços”, explica Bruna, que também é especialista no segmento.
Tome cuidado com as distrações
Por ser um local cheio de pessoas, com o intuito principal de fazer networking e diferente de um escritório tradicional, se o profissional não souber manter o foco pode acabar se distraindo e, consequentemente, gerando menos resultados.
“É preciso aprender a forma que melhor funciona para trabalhar em um coworking sem acabar se distraindo com as pessoas no local ou até mesmo com os puffs, jogos e espaços para lazer. Tudo tem uma hora para ser usado. Esse equilíbrio exige disciplina e é muito pessoal, depende de cada profissional”, avalia ela.
A privacidade nem sempre existirá
Da mesma forma que muitas pessoas em um mesmo ambiente pode gerar distrações, quem trabalha em um coworking muitas vezes poderá também enfrentar problemas com a privacidade. Além disso, no caso de colaboradores de empresas alocados em coworkings, existe a preocupação com dados confidenciais da empresa, que devem estar em segurança para não vazarem.
“Neste quesito, um sistema de segurança e de rede resolve qualquer tipo de preocupação com possíveis acessos indevidos de dados. Dessa forma, apenas colaboradores da empresa poderão ter acesso aos arquivos, mesmo trabalhando em um espaço coletivo”, pontua Bruna.
Seja organizado
A organização será o ponto fundamental para o coworking funcionar de uma maneira positiva para todos os lados, seja do colaborador ou do gerente, já que estamos falando de um local frequentado por diferentes pessoas.
“É preciso lembrar que o espaço não será só seu ou da sua empresa, portanto deve-se respeitar toda a coletividade e manter-se organizado para não haver perda de documentos, troca acidental de informações e desgaste social”, comenta.
Seja mais sociável
Um espaço compartilhado também abre portas para quem trabalha lá. Isso porque, por serem várias empresas ou profissionais operando juntos, é possível gerar conversas e trocas de experiências. Em alguns casos, como as empresas apresentam serviços diferentes, é possível que ocorra até trocas de serviços.
“Minha dica é que os frequentadores saibam aproveitar essa oportunidade de convívio e estejam abertos a networkings e troca de experiências profissionais. Isso, além de agregar para novas parcerias para empresa na qual o funcionário trabalha, também pode gerar oportunidades para a carreira e relacionamento pessoal”, finaliza.