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Pesquisas de clima são fundamentais para entender o ambiente de trabalho

Cada vez mais empresas têm apostado em pesquisas para ouvir seus colaboradores sobre assuntos que envolvem bem-estar e questões internas

de Redação em 5 de maio de 2023
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As pesquisas de clima corporativas têm sido importante instrumento para obter informações sobre a satisfação dos colaboradores e identificar oportunidades de melhorias no ambiente de Trabalho. Elas permitem que os líderes de uma organização obtenham dados precisos sobre como os funcionários se sentem em relação à empresa, à cultura organizacional, à liderança e ao ambiente de trabalho. 

Com essas informações, é possível identificar pontos significativos da organização, entender os desafios enfrentados pelos colaboradores e, principalmente, encontrar soluções para melhorar a satisfação e a produtividade das equipes. As pesquisas internas tem se mostrado eficiente nas empresas que é aplicada, segundo levantamento da Society for Human Resource Management, instituição americana de recursos humanos, que apontou que corporações com altos níveis de engajamento do seu capital humano têm 50% menos turnover (taxa de rotatividade), além de ter 21% mais lucro, de acordo com levantamento feito pela Gallup.  

A relevância das pesquisas de saturação foi destaque no painel “O que seu time realmente quer?” no segundo dia do 2º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, realizado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação. Participaram da discussão: Elizabeth Rodrigues, executiva de RH da Vedacit; Raffael Mastrocola, CEO Latin América da OLIVER e Fernanda Pajares, coordenadora de Comunicação Interna, Cultura e Marca Empregadora da CVC Corp.  

Empresas investem em pesquisas de satisfação

A preocupação pelo bem-estar dos funcionários já é uma realidade dentro de muitas empresas, e os speakers foram unânimes em reconhecer a transformações que pesquisas de satisfação com os colaboradores podem fazer no ambiente de trabalho. No painel, cada participante deu um panorama de como é feito o estudo de satisfação dentro de sua empresa.

Na Vedacit há é realizada anualmente uma pesquisa, com mais de 60 perguntas, no intuito de medir o nível de satisfação dos colaboradores, detalhando quais pontos a empresa poderá melhorar e como corrigir problemas, com a participação de todos os funcionários. Outra maneira que a empresa encontrou para verificar a satisfação dos funcionários é através da pesquisa pulse. 

Também conhecida como pesquisa de pulso, ela é uma ferramenta utilizada para monitorar o nível de satisfação dos colaboradores por meio de uma checagem momentânea e direcionada a assuntos específicos. “Ela foi mais específica como adesão de cultura, clima e engajamento, e complementa outra pesquisa maior para tomar decisões mais rápidas”, diz Elizabeth.

Na CVC Corp, as pesquisas de clima e engajamento, com 42 perguntas, são feitas anualmente, contemplando temas como ambiente de trabalho, carreira, lideranças. A Empresa realizava até o ano passado a pesquisa de pulso a cada dois meses, porém a partir deste ano mudou a estratégia: “Percebemos que precisávamos de uma ação mais efetiva, então, reformulamos, e agora é feita no fechamento de cada trimestre”, conta a coordenadora de Comunicação Interna da empresa.

Na Oliver, empresa com mais de 700 colaboradores, a pesquisa pulse é feita a cada dois meses para compreender as questões que tangem os colaboradores. “As pesquisas viram uma meta para os executivos para que estejam engajados no clima da empresa e nos drives”, ressalta Mastrocola.

Tecnologia para humanizar as relações 

A evolução tecnológica tem impacto também na maneira como são feitas as pesquisas de satisfação dentro das empresas. A tecnologia oferece diversas soluções para que as empresas possam coletar informações sobre seus colaboradores e clientes de modo mais eficiente e preciso.

Uma das principais vantagens da utilização do mecanismo é  a agilidade com que as respostas são obtidas, atingindo soluções mais rápidas e ágeis. A tecnologia também permite a análise dos dados de forma mais eficiente. As plataformas online realizam a tabulação dos dados automaticamente, facilitando a compreensão dos resultados. As empresas podem gerar relatórios detalhados, com gráficos e tabelas que apresentam a evolução da pesquisa ao longo do tempo.

Elizabeth ressalta que a tecnologia é uma aliada importante para separar dados, porém não substitui o olhar humano para as questões que ultrapassam gráficos e número, como o bem-estar dos colaboradores. “Ainda não tem  tecnologia que consiga medir no que o colaborador é melhor, mas tem ferramentas que medem jornadas e conseguem ser medidas e avaliadas”.

Fernanda concorda e chama atenção para a falibilidade das tecnologias, que mesmo com avanços e facilidades que proporciona, ainda não substitui a análise humana de identificar os problemas e as soluções. “A tecnologia tem a facilidade e agilidade, mas a análise minuciosa é fundamental. Ainda não estou confiante que a IA conseguirá fazer isso”, acredita a speaker.

Ouvir o colaborador é essencial para uma escuta de qualidade

No painel, os speakers apontaram ainda a alta taxa de participação dos funcionários nas pesquisas realizadas pelas empresas. Para eles, os funcionários veem nas pesquisas uma forma de se expressar. “A pesquisa de clima ainda traz o benefício do anonimato, o que dá um segurança para as pessoas expressarem o que elas sentem”, acredita  Fernanda.

Fernanda destaca a importância não apenas criar questionários e de que forma deveriam ser aplicados, mas colocá-los em prática e como endereçá-las. “Mostrar esse valor ao colaborar para mim é fundamental, é o que vai fazer com que o colaborador acredite cada vez mais na pesquisa. É preciso mostrar cada vez mais que estamos ouvindo e aplicando as sugestões”, considera.

Reveja os dois dias do Fórum:

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(Reportagem: Equipe Negócios da Comunicação)

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