O mundo está em constante transformação. As relações de trabalho e as expectativas dos profissionais estão sempre evoluindo e, por isso, a felicidade corporativa emerge como um pilar essencial para o sucesso das organizações ancorado no propósito do colaborador e da empresa. Esse foi o olhar do 4° Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa – “Eu em equilíbrio” sobre o tema, sobretudo em seu painel “Hora de plantar felicidade – Como direcionar o propósito para o futuro do trabalho”, com a participação de  Dani Plesnik, Executiva Sênior de Recursos Humanos e Professora e Gerson Ferreira, Sócio e Estrategista de Cultura & Comportamento Humano da Innoway.

O evento aconteceu dias 24 e 25 de junho, on-line no YouTube e redes sociais das Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, promotoras do encontro, assim como o CECOM – Centro de Estudos da Comunicação 

No painel, ficou evidente que reconhecer o valor do bem-estar dos colaboradores não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para construir empresas mais saudáveis, produtivas e inovadoras. O impacto das tecnologias disruptivas e o aumento da consciência sobre hábitos saudáveis prometem mudanças profundas no bem-estar e na produtividade e, consequentemente, no fator felicidade. Mas, para que a felicidade no trabalho não seja a exceção, mas a regra, as empresas precisam se transformar.

Entre as referências apresentadas, um estudo de Oxford de 2019 encontrou uma relação entre felicidade e produtividade: funcionários felizes eram 13% mais produtivos. Já uma pesquisa publicada recentemente pela PwC com 4700 executivos, em 105 países, mostrou que 45% dos CEOs entrevistados não acreditam que as suas empresas durarão mais 10 anos se mantiverem o mesmo ritmo. No Brasil, esse percentual foi de 41%.

“Esses dados mostram como a capacidade de se adaptar ou se transformar é essencial para sobrevivência das organizações”, pontua Ferreira. “Mas, para que isso aconteça, é fundamental engajar os colaboradores a partir de uma liderança ativa. E isso tem tudo a ver com o propósito da empresa, que precisa estar alinhado com a sua estratégias de crescimento e competitividade.”

Segundo ele, o propósito funciona como uma cola na relação entre evolução da cultura corporativa e o engajamento dos colaboradores. “ Valores, quando associados ao propósito e aos objetivos da corporação, possibilita uma ampla descentralização da liderança e contribui com as mudanças. É fundamental, portanto, colocar as pessoas no centro das decisões e considerar suas vozes, porque o propósito também está atrelado às  recompensas intrínsecas”, lembra. 

O que significa, segundo o estrategista,  “que o indivíduo, hoje em dia, quer entender a importância do seu  papel na organização – e as pessoas trabalharão mais e estarão mais engajadas se se sentirem vistas, ouvidas e valorizadas. Quando elas entendem o porquê do processo evolutivo e o que ganham com isso, para onde essa mudança vai levá-las, ficam mais dispostas a colaborar e se sentir parte da organização”.

Possibilitar o desenvolvimento das soft skills dos colaboradores como parte da cultura organizacional, para Dani, pode contribuir com o seu engajamento.  “Embora as habilidades técnicas ainda sejam importantes, é muito possível que grande parte do nosso conhecimento fique obsoleto em 5 anos”, destaca a executiva e docente. “O que não acontece com as ‘human skills’, como capacidade de pensamento analítico e criativo, resiliência, flexibilidade, agilidade, curiosidade – justamente as habilidades que permitirão criar um ambiente corporativo saudável e seguro, capaz de promover criatividade e inovação.”

Assista aqui ao primeiro dia do Fórum.
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