Gestão de pessoas

Qual é o futuro do trabalho?

Com a diminuição das restrições de isolamento social, o mercado tem se questionado qual é a melhor modelo de trabalho, após mais de um ano em home office

de Débora em 13 de outubro de 2021

Depois de mais de um ano de medidas restritivas por causa da pandemia de covid-19, o mercado finalmente vê uma melhora no cenário e se questiona se deve ou não voltar ao trabalho presencial. Com a implantação do home office, as empresas perceberam que é possível manter a produtividade dessa forma, mas também enxergam a necessidade do trabalho no escritório.

Muitas decidem o que é melhor sem questionar os funcionários, já outras vão por um caminho diferente. Uma delas é a DOJO, agência liderada por Thiago Baron e Rodrigo Toledo. Por meio de uma pesquisa de mercado com profissionais de Recursos Humanos e Arquitetura – a fim de entender possíveis mudanças nos espaços físicos de trabalho -, bem como com os colaboradores internos e observações de outras empresas tanto no Brasil quanto mundialmente, a agência decidiu implementar um sistema flexível.

O colaborador no centro da decisão

Diferentemente do presencial, online ou híbrido, a DOJO decidiu que cada pessoa poderia decidir o sistema que gostaria de trabalhar, mas baseado em regras e dicas de um manual do trabalho, o qual não é necessariamente vitalício, podendo sofrer mudanças conforme o tempo.

“Nós tivemos um crescimento de 170% no último ano, o que nos prova que o sistema remoto funciona para a DOJO. Nossos pilares são transparência, confiança e autonomia, por isso decidimos que o melhor seria entender o nosso ambiente, o que as pessoas desejam e traçar um plano de como implementar da melhor forma”, conta Rodrigo Toledo.

A agência afirma que vê desafios pela frente, já que muitos colaboradores estarão em outras cidades – e até mesmo outros estados – assim como uma adequação de acordo com a função desempenhada, entre outros. No entanto, vê com bons olhos o novo sistema, que ainda está em fase de implementação e será aperfeiçoado ao longo do tempo.

Modelo híbrido em discussão

Além disso, entre as várias medidas, é necessário que as pessoas tenham disponibilidade para estar fisicamente no escritório quando for preciso e solicitado – casos que serão previamente avaliados pelo time – mesmo que estejam em outras cidades. Inclusive, a agência percebeu, por meio de sua pesquisa, que 50% dos colaboradores desejam voltar presencialmente, mas sem uma periodicidade definida, pois também gostam do contato com colegas.

“O contato físico e humano foi um dos maiores desafios do isolamento social e, agora, com a possibilidade do retorno, mas sem uma regra definida, essa integração se torna mais possível. Nós acreditamos que a tendência é de que a maioria das empresas optem por um sistema 2×3 ou 3×2, ou seja, de dois ou três dias no escritório e o restante em casa. No entanto, não definimos dias exatos para a DOJO, justamente porque 51% do nosso time não deseja ter uma periodicidade definida para ir ao escritório. E isso é natural, ainda mais depois desse tempo que passamos em casa e vimos as vantagens e desvantagens do home office”, complementa Thiago Baron.

Entre seus clientes, a DOJO afirma que quase nenhum voltou 100% para o sistema presencial e que estão em sistema de rotatividade. Na agência, atualmente com 113 pessoas, isso não é possível, já que o escritório possui capacidade para 60% dos colaboradores. Por isso, o manual do trabalho também vem para ajudar a entender as expectativas, os desejos e sistematizá-los para que haja uma rotatividade entre todos, pensando também se pode haver uma mudança física do espaço também.


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