Carreira

Salário e estabilidade são os principais critérios buscados em empregos

Pesquisa também revela que 59% dos trabalhadores estão otimistas em relação ao mercado de trabalho em 2021

de Redação em 1 de março de 2021
Créditos: Shutterstock

Um bom salário é o principal elemento procurado pelos colaboradores em um novo emprego, mostra pesquisa encomendada pelo Indeed. 64% dos entrevistados escolheram a opção, seguida por “maior segurança no emprego” (48%), ou seja, estabilidade.

A pesquisa entrevistou no Brasil 1.067 trabalhadores e 251 empregadores em novembro de 2020. Segundo o levantamento, os cinco critérios mais importantes que um novo trabalho deve preencher na perspectiva dos empregados são:

● Maior salário: 64%

● Maior segurança no emprego: 48%

● Melhor pacote de benefícios: 41%

● Deve ser a próxima etapa na carreira: 23%

● Perspectiva comercial positiva do empregador: 18.19%

Por outro lado, foi perguntado aos empregadores quais razões serão as mais comuns para que novos talentos se juntem à sua empresa em 2021 e para 45%, maior segurança no trabalho será a questão mais relevante. A remuneração ficou em quinto lugar (30,6%), atrás de “melhor pacote de benefícios” (38,65%), “ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo” (32,67%) e “perspectiva comercial positiva do empregador” (32,27%).

Segundo José Carlos Figueira, head of Global Account Management na Energy Group e especialista em Organização do Trabalho e Relações Humanas, cargos “comoditizados” ou sem especialização tendem a terem preocupações de curto prazo, como o salário, enquanto profissionais especializados (técnicos, analistas, etc.) normalmente focam em questões de médio e longo prazo, como a carreira e a marca da empresa.

“A oferta de trabalhadores em funções menos especializadas é maior e isso faz com que esses funcionários possam ser substituídos com mais facilidade, o que gera maior preocupação com a remuneração do momento”, afirma Figueira.

De acordo com a pesquisa, os empregadores estão otimistas com o clima de recuperação econômica e retomada das contratações: 22,71% disseram que planejam contratar em volumes maiores do que antes da pandemia, enquanto 9% afirmou que provavelmente estará em um congelamento de contratações e apenas 2,79% disse que provavelmente irá dispensar funcionários.

Alguns dos setores mais afetados pela pandemia, no entanto, ainda permanecem receosos, como é o caso do Varejo, Catering e Lazer. Neles, 37% dos empregadores afirmam que ainda estão muito incertos quanto ao recrutamento em 2021. Entretanto, de maneira geral, 33,86% dos entrevistados disseram que não terão problemas para atrair talentos se e quando precisarem.

Mercado de trabalho

59% dos trabalhadores estão otimistas em relação ao mercado de trabalho em 2021. Esse número cresce especialmente entre jovens de 16 a 24 anos (64%) e homens (62%). Pessoas desempregadas também estão mais otimistas sobre oportunidades de carreira (68%) do que aqueles que estão empregados atualmente (43%).

Quando questionados sobre se esperam receber um aumento de salário neste ano, os funcionários se mostraram divididos entre otimismo (43%) e pessimismo (44%). Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed Brasil, destaca que mais da metade dos empregadores (52%) afirma estar otimista quanto ao aumento de salário para sua força de trabalho em 2021.

“Muitos empregadores fizeram malabarismos para manter seus empregados durante a pandemia e nem todos conseguiram evitar demissões. É interessante, e um alívio para muitos trabalhadores, ver que há um otimismo sobre a recuperação econômica para 2021”, diz o diretor.

A maior parte dos empregadores (77%) também espera bons resultados quanto à produtividade da sua força de trabalho. Em relação ao crescimento dos negócios, os homens estão mais otimistas (74,8%) do que as mulheres (70,6%) para o cenário neste ano.

Vida pessoal e profissional

Com a adoção do trabalho remoto, muitos profissionais acreditam que os limites entre a vida pessoal e profissional podem ter sido deixados de lado em 2020. Entre os trabalhadores, 57% afirmaram que essas barreiras não ficaram claras no ano passado.

“É importante notar que essa porcentagem aumenta entre pessoas com filhos menores de 18 anos (60%) e trabalhadores da Educação (62%). Os dados deixam evidente o desafio que mães, pais, professores e outros trabalhadores desse setor enfrentaram em 2020”, afirma Calbucci.

Entre os empregadores, 60,5% concordam que a divisão entre lar e trabalho foi comprometida para a maioria dos trabalhadores do país. Entre empregadores de alguns setores específicos, esse valor aumenta: 64% na Educação; 70,37% em Varejo, Catering e Lazer e 73,91% na área de Finanças.

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