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Saúde mental e bem-estar demandam habilidades das lideranças em novo RH

Aprendizagens sobre o trabalho remoto precisam ser revistas para o sistema híbrido, que traz novos desafios

de Redação em 17 de março de 2022
Crédito: Freepik

Segundo painel do Fórum Melhor RH Confiança*, evento organizado nos dias 14 e 15 de março, discutiu a o papel das altas lideranças na jornada pós-pandêmica. Promovido pela Plataforma Melhor RH e intitulado Habilidades do RH 2022, momento contou com a experiência dos executivos Douglas Almeida, Diretor de Recursos Humanos da GE, Fernando Viriato, Vice-presidente Sênior de Talento e Cultura da Accor, e Ricardo Burgos, Vice-presidente de Capital Humano da UnitedHealth Group Brasil (UHG).

Uma unanimidade entre os executivos foi a percepção de que o tema saúde mental entrou definitivamente em pauta nas agendas das empresas e consequentemente dos líderes e gestores. Os programas que já vinham apresentando resultados e já faziam parte do planejamento devem seguir em curso ou receber aprimoramentos. O burnout passou a ser um ponto de atenção nas companhias, entre tantos outros desafios trazidos na adaptação das rotinas, moldando o RH 2022.

“Hoje nós buscamos propósito e equilíbrio”, comentou Ricardo Burgos sobre cenário pós-pandêmico nas organizações, revelando a preocupação com o bem-estar nas companhias. Sobre saúde mental, especificamente, “evoluímos muito mas ainda não é o suficiente”, ressaltou, sinalizando melhorias contínuas necessárias na abordagem do tema nas corporações. A UHG, ele conta, tem foco intenso na questão, mantendo em operação um aplicativo que monitora ânimo dos colaboradores e prevê o burnout, oferecendo, inclusive, um botão de pânico, além de toda a infraestrutura e staff de apoio quando o botão é acionado.

O executivo lembrou os obstáculos para apoiar 34 mil colaboradores, entre diretos e indiretos da UHG, trabalhando no front na pandemia em 2020 e 2021 – saúde é o core business da empresa. Relatou a jornada para conduzir posições ao trabalho remoto, quando a fadiga de telas virou realidade: “As reuniões deixaram de ter pausas”, ele lembra. Avaliou a preparação das lideranças para esse momento e, agora, para o cenário de trabalho híbrido. “Temos vários estilos de liderança mas procuramos estabelecer uma base de confiança que funcione para o momento”, concluiu Burgos.

No topo: Douglas Almeida, Diretor de Recursos Humanos da GE, e Fernando Viriato, Vice-presidente Sênior de Talento e Cultura da Accor. Embaixo: Ricardo Burgos, Vice-presidente de Capital Humano da UnitedHealth-Group Brasil (UHG)

O diferencial humano

Fernando Viriatto, por sua vez, entende que a preparação das lideranças e equipes no pós-pandemia tem de ser diferente em vista das novas expectativas originadas nas dificuldades pandêmicas. “Curva de aprendizado sobre o remoto precisa ser revista para o híbrido, que traz novos desafios”, destaca o executivo.

A rede hoteleira Accor fechou apenas durante período mais crítico na primeira onda da pandemia (de abril a julho de 2020) e depois manteve-se aberta, com protocolos de segurança que vêm evoluindo. Todo apoio de saúde mental, à operação em si, entre outros, teve de se moldar às aflições e necessidades das equipes que seguiram trabalhando presencialmente nos hóteis que se mantiveram abertos. Funcionários da sede puderam fazer home office, com tentativas de retorno, mas retomada vem sendo gradual, com trabalho presencial três vezes na semana. Nesse período, a noção de gestão do próprio tempo se modificou entre esses colaboradores, conta Viriatto.

“Pessoas aprenderam a valorizar seu tempo de deslocamento, a gerir o seu tempo. Eu procuro otimizar isso”, destaca o executivo. “Para convencer um colaborador a vir para a sede eu tenho que demonstrar para o colaborador que a experiência vai ser superior à que ele percebia quando se afastou. Não trago as pessoas para a sede para fazer teletrabalho”, ele explica. E busca um fator motivador. “O que tem de diferente é o contato humano”, compartilha, sobre o que pode ser o foco da rotina dos momentos presenciais e também pode ser fator de bem-estar para os trabalhadores, assim como a flexibilização do trabalho também é um requisito com essa finalidade.

Douglas Almeida, concorda com ambos os executivos em suas posições sobre formação de lideranças, gestão do trabalho híbrido e saúde mental, lembrando que este último tema era subestimado nas organizações antes mesmo da pandemia. Conta que a GE passou pelos mesmos desafios, dividida entre prestar apoio às posições essenciais, que seguiram na ativa no presencial, e colaboradores que foram alocados remotamente.

Retomada ao presencial nas empresas deve ser gradual e voluntária, entende Almeida, enquanto que, no irromper da pandemia, gestores e equipes não tiveram tempo saudável para adaptação ao novo momento. “Algumas pessoas estão prontas para a volta ao trabalho presencial, outras não”, acredita o executivo. Nesse cenário, há, ainda, questões que vão perdurar: “Desafio prático é fazer reuniões com pessoas on-line e presencialmente ao mesmo tempo”.

Outros cenários que impactam as habilidades exigidas das lideranças e profissionais de RH:


* Evento foi realizado totalmente gratuito e on-line, apresentando também os contemplados na 14ª Pesquisa Fornecedores de Confiança, que destaca empresas que operam com excelência em soluções e produtos para o RH.

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