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Saúde organizacional: soluções de RH para RH

Sarita Vollnhofer, Chief Human Resources Officer (CHRO) da Alice, comenta como a empresa opera em prol da melhor saúde organizacional, com menos sinistralidade e maior satisfação dos usuários

de Jussara Goyano em 18 de março de 2025
Rawpixel.com, via Freepik

A Alice, operadora que adentrou o setor de de saúde organizacional com uma abordagem inovadora, completou seis anos nesta segunda-feira, 17 de março. Desde sua fundação, a empresa tem alcançado resultados robustos, consolidando-se como uma das principais healthtechs do Brasil. Em 2024, a companhia calcula uma receita de R$ 350 milhões, um crescimento de 70% em relação a 2023, e almeja atingir R$ 600 milhões em 2025. Sua base de membros também cresceu significativamente, ultrapassando 45 mil pessoas (+55% vs. 2023), com a meta de chegar a 70 mil neste ano. A capitalização vem sendo garantida por aportes que já somam R$1 bilhão (sendo o mais recente de R$127 milhões, com vistas à expansão do atendimento corporativo), com resultados e projeções promissoras para superar os investimentos.

Depois de ingressar no mercado com a venda de planos individuais, a Alice vem expandindo rapidamente sua presença na saúde organizacional: ampliou de 300 para mais de 12 mil empresas atendidas desde meados de 2023. A operadora possui alto nível de satisfação de seus clientes, com um NPS (Net Promoter Score – índice de lealdade) de 81 pontos junto aos RHs, e um CSAT (Customer Satisfaction Score) de 4,82 no serviço Alice Agora (triagem e pronto atendimento digital). Além disso, a companhia conseguiu reduzir sua sinistralidade em 9 pontos percentuais, enquanto o reajuste médio dos últimos três anos foi de apenas 12%, 40% abaixo da média do setor.

Para chegar nesse patamar, nesses seis anos, além da captação de investimentos, a Alice encampou um rebranding para melhor dialogar com o mercado corporativo, investindo também em eventos e conteúdos direcionados aos RHs. Um exemplo dessas iniciativas é a Pesquisa Pulso RH, conduzida pela Alice junto a parceiros, constantemente endereçando temas de relevância para as lideranças do setor, reforçando seu papel como uma parceira estratégica na gestão da saúde organizacional.

Sarita Vollnhofer, Chief Human Resources Officer (CHRO) da Alice, participa ativamente da personalização das propostas junto aos RHs, garantindo que cada solução atenda às necessidades específicas de cada empresa. Um dos diferenciais da operadora é a segmentação do atendimento: para empresas com até 30 vidas, os planos são assistidos por corretores, e, com um volume acima disso, o atendimento passa a ser feito diretamente pela operadora. Essa abordagem fortalece o vínculo com os clientes corporativos e possibilita suporte e soluções mais eficientes, segundo a executiva, sobretudo em vias do cumprimento de exigências legais sobre riscos psicossociais dos colaboradores, em função da NR01.

Os atendimentos, ela garante, refletem a cultura interna da Alice, exponencialmente projetada para o mercado: a empresa leva a sério a máxima de Theodore Roosevelt, de que os créditos pertencem àqueles que se colocam diante da arena, agindo, responsabilizando-se e fazendo a diferença. Segundo a executiva, o time é um coletivo que se une nesse sentido, para impactar a organização e também a vida dos milhares de usuários dos planos da companhia. Os projetos-piloto de saúde organizacional empreendidos internamente viram soluções oferecidas aos clientes corporativos.

Conversamos com Sarita para entender os desafios, conquistas e perspectivas da empresa e da saúde ocupacional no Brasil. A seguir, confira os principais tópicos do bate-papo exclusivo com a Plataforma Melhor RH.

Seis anos de crescimento

Sarita, CHRO da Alice: alta satisfação de RHs e usuários

“Foram seis anos cheios de desafios, erros e acertos, mas também de conquistas. O que estamos fazendo é transformar o sistema de saúde, e sabemos que isso só é possível trabalhando com todas as camadas desse ecossistema. Faz décadas que não há uma nova operadora entrando de fato nesse mercado, então nos comparamos muito ao que foi o Nubank 10 ou 15 anos atrás: um player novo chegando para desafiar instituições muito bem estabelecidas e tradicionais.”

“Uma das principais conquistas foi atingir a marca de 45 mil vidas em nossa base, garantindo um alto nível de satisfação. Medimos isso por meio de diferentes índices, como o NPS, que está em 81 pontos entre nossos clientes corporativos. Além disso, monitoramos toda a jornada do usuário com indicadores de satisfação em cada ponto de contato, seja uma consulta via aplicativo ou uma visita ao hospital. Nosso compromisso é oferecer um cuidado diferenciado, centrado na experiência do paciente e na qualidade do atendimento.”

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Saúde como missão e negócio

“A Alice não é apenas uma operadora de saúde; nossa missão é tornar o mundo mais saudável. Trabalhamos com uma operação própria de saúde, onde analisamos cada caso de maneira individualizada. Nossa coordenação de cuidado tem um impacto significativo na vida das pessoas, e compartilhamos essas histórias dentro da empresa através do ritual ‘Alice na Arena’. O diferencial da nossa abordagem é o olhar atento para cada pessoa e a rapidez na autorização de procedimentos, garantindo um atendimento mais ágil e eficiente.

Além disso, utilizamos a tecnologia para escalar esse cuidado sem perder qualidade. Nosso aplicativo e portal para RHs são ferramentas fundamentais, e estamos investindo cada vez mais em inteligência artificial para melhorar a experiência dos nossos membros. A meta é continuar crescendo e impactando positivamente milhares de vidas.”

Realinhamento de incentivos e sustentabilidade

“Os desafios são muitos. Para chegar até aqui, tivemos que construir uma rede de atendimento de qualidade, estabelecer parcerias com hospitais e laboratórios, e garantir que cada etapa da experiência do usuário fosse diferenciada. No início, nosso portfólio contava com um único hospital, e expandir essa rede foi um grande desafio. Também enfrentamos barreiras para demonstrar que uma nova operadora poderia oferecer um cuidado de excelência e ser confiável.”

“Outro grande desafio é mudar a lógica do setor de saúde, que historicamente tem incentivos desalinhados. Trabalhamos para realinhar esses incentivos, focando na saúde e prevenção, e não apenas no tratamento de doenças. Esse é um trabalho de longo prazo, mas acreditamos que estamos no caminho certo.”

Pulso RH: Millenials e geração Z na berlinda

A pesquisa Pulso RH, realizada pela Alice em parceria com o Grupo Fleury e a Flash, aprofundou-se, em sua edição mais recente, divulgada em novembro/2024, na percepção das novas gerações sobre o ambiente de trabalho e suas expectativas em relação aos benefícios e ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

  • Realização no trabalho: 54% dos millennials acreditam que o trabalho deve proporcionar realização pessoal, enquanto apenas 43% da Geração Z compartilha dessa visão.
  • Equilíbrio como prioridade: Para 32,2% da Geração Z, a relação entre trabalho e vida pessoal é um dos principais fatores de satisfação no emprego atual.
  • Flexibilidade acima de tudo: 33,3% da Geração Z valorizam a flexibilidade de horários ao considerar uma nova oportunidade de trabalho.
  • Propósito e saúde: Quando encontram um alinhamento de valores com a empresa, 71% dos entrevistados relatam uma melhora na saúde e 83% declaram estar mais satisfeitos.

Os dados demonstram que as novas gerações priorizam a maleabilidade e o respeito à individualidade e ao bem-estar no ambiente profissional. Para as empresas, isso reforça a necessidade de adaptar seus processos para criar um espaço de trabalho mais humanizado, que valorize tanto o desempenho quanto a saúde dos colaboradores. As informações foram obtidas via questionário on-line, em setembro do ano passado, totalizando 1046 entrevistas.

(Crédito das imagens: Divulgação)

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