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Segundo dia do 3º Fórum Melhor RH Felicidade corporativa abordou desafios presentes e futuros

Discussões abordaram influência da tecnologia, insatisfação x satisfação, o treinamento para a felicidade, lições de liderança e engajamento

de Redação em 2 de agosto de 2023

O segundo e ultimo dia do 3º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, que aconteceu nesta terça-feira (1º deagosto), trouxe discussões extremamente pertinentes ao tema, evocando cases do presente e as perspectivas futuras. Os painéis abordaram a influência da tecnologia no fator humano, insatisfação x satisfação, o treinamento para a felicidade, lições de liderança e engajamento. O evento foi organizado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação, e Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, e transmitido ao vivo e gratuitamente pelo canal das duas plataformas.

O primeiro painel fez a conexão da tecnologia com o ser humano, trazendo um dos pontos de maior discussão hoje no RH: Homem versus máquina – O impacto da Inteligência Artificial na obsolescência e na motivação. Três especialistas que estudam o assunto e possuem contribuições importantes para serem replicadas em outras empresas falaram com muita propriedade: Ana Claudia Ramos de Oliveira, VP de Relações Humanas Brasil e Argentina da Continental Indústria Automotiva; Fabiano Rangel, Head de Desenvolvimento Organizacional e Institucional da Leão Alimentos e Bebidas; e Luciana Camargo, VP Global Liderança, Desenvolvimento e IBM para IBM Consulting.

Luciana já de início coloca o tema numa perspectiva prática, dizendo que “não se trata de homem x máquina e sim de homem mais as máquinas ou homem mais a tecnologia”. Poque, segundo ela, a tecnologia vem par aumentar a nossa inteligência a nossa capacidade de realização. “A revolução chegou e vai continuar”, complementa Ana Claudia, com uma perspectiva positiva, ciando que veio para “melhorar a qualidade de vida de toda sociedade”. Fabiano contribuiu na discussão dizendo que a sua empresa vem trabalhando fortemente nos últimos anos na perspectiva da humanização do trabalho. “E no ano passado atingimos os indicadores de empresas humanizadas”. E buscaram, com a tecnologia, maior flexibilidade nas relações do trabalho.

No painel O que fazer diante da renúncia – Como o RH pode evitar (e reverter) o quiet quitting, Dani Plesnik, diretora de Talent e Cultura da Deloitte; Fernando Viriato, SVP Talent and Culture – Américas da Accor; e Sergio Amad, CEO da Fiter. Dani lembrou que costumamos citar nomes novos e chiques, que na verdade remetem a problemas antigos, como essa questão do quiet quitting. E se trata de falta de motivação, segundo ela, quando o funcionário faz apenas o mínimo e necessário do que é esperado dele, esperando que alguém tome a decisão de sua saída. Tem a ver com presenteísmo, Dani explica.

Viriato coloca uma parêntese, dizendo que tudo isso não significa que a pessoa vai embora, e ressala que a palavra que mais sintetiza esse momento é “desistência”. A pessoa desiste e a organização pode ficar com uma multidão de zumbis e perde competitividade. Será que e possível reconquistar uma pessoa nessa condição e reverter o cenário? Amad diz que sim.

O debate praticamente continua no painel seguinte,  A felicidade pode ser treinada? Como auxiliar equipes a encontrar significado na rotina, com Simone Barbieri, VP de RH para América Latina da Engie Brasil, Darlan Oliveira Rocha, diretor Educacional do Senac São Paulo; e Edna Rocha, diretora de Recursos Humanos da Sonepar. Darlan começa com o básico: “A jornada humana está relacionada com a busca da felicidade”. Edna também acha, citando a animação “divertidamente”, que “ninguém está feliz, alegre o tempo inteiro, nem triste o tempo inteiro. Toda emoção tem um papel importante em nossa vida”. Ela comenta que muita gente acha que felicidade e produtividade não combinam, “mas é justamente o oposto”. Edna disse que com o tempo nós vamos encontrando a fórmula da felicidade, do bem-estar que significa mais para nós, as diferenças culturais e individuais nesse processo. E a liderança, segundo os três participantes, tem um papel importante.

Em Felicidade não tem idade – Como promover o bem-estar corporativo atendendo às demandas geracionais, foram reunidos Rodrigo Dib, superintendente Institucional do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE;  Sergio Amad, CEO da Fiter; e Ana Paula Franzoti, diretora de Cultura e Equidade, Diversidade e Inclusão da Unilever Brasil. Amad, mais uma vez retoma a provocação: “É possível ser feliz no trabalho?”. Ana defende que e possível sim, embora, admita que em vários momentos de sua carreira não esteve feliz no trabalho. “Existem contextos internos e externos que influenciam isso”. E depende do momento da vida, para o jovem é uma coisa, para alguém mais experiente outra. “O impotente é descobrirmos nossos motivos, nosso propósito”. Dib concorda. Ele pergunta o contrário, se é possível ser feliz sem trabalho. Qual o propósito dele, no que queremos deixar no mundo.

O painel Liderança com verdade – Consciência e empatia como chave para a inclusão, reuniu Leandro Figueira Neto, diretor de Pessoas e Cultura do Grupo Marista; Esteban Blanco Ziegler, diretor de Recursos Humanos da Boehringer Ingelheim; e Carolina Ferreira, superintendente de Gente da Alelo. Esteban fala de nossas ambições, de compromissos acordados com os próximos anos em sua empresa, e como a equipe, a liderança busca atingi-los. Objetivo nosso e aumentar a participação de minorias, sub-representados dentro da organização. “Estamos contribuindo com uma conscientização que está acontecendo em toda sociedade”. O Grupo Marista, relembra Leandro, nasceu há 200 anos na França com o objetivo de trazer educação para jovens vulneráveis, e aqui no Brasil, hoje “temos sete mil alunos que estudam em favelas, em escolas técnicas”. Em 2016 quando chegou na organização, ele destaca que só contratavam jovens aprendizes das comunidades do entorno da organização e “queríamos  preparar essas pessoas, e algumas chegaram em cargos de liderança”. Também possuem muitas mulheres e profissionais experientes, mais velhos, e perceberam que precisavam organizar tudo isso. “Desafios sempre teremos, principalmente com a média liderança”, destaca Carolina, falando do engajamento de toda a equipe com o tema.

O proximo painel, Engajar tem seu preço – O desafio de programas de saúde mental para empresas com orçamentos limitados, teve como participantes Charmoniks da Graça Heuer, gerente de Capital Humano do Grupo Condor; Bruna Reis, gerente de Pessoas e Performance da Primavera Máquinas John Deere; e Renato Acciarto, Comunicação Corporativa, Interna e Digital, Relações Governamentais e Sustentabilidade. Renato lembra que na pandemia a saúde mental foi bem destacado, o que Bruna concorda que nesse período tiveram um boom de olhar para a saúde mental. Charmoniks apontou o fato de trabalhar com produtos perecíveis não podia parar e tinham que olhar para os mais de 10 mil trabalhadores, que tiveram que vir trabalhar presencialmente. “E mostramos que era importante eles estarem no trabalho, mesmo naquele momento. Trabalhamos isso”. No seu ramo, entra e sai muita gente, então, essa rotatividade é superada pelas lideranças, principalmente com suas escutas ativas. Bruna diz que trabalhou em parceria com psicólogo, com valores acessíveis para atender os funcionários. Charmoniks aponta que é complicado falar em problemas psicológicos com as pessoas, elas não querem falar nisso, então o desafio é fazer com que elas fiquem a vontade de procurara as lideranças para superar isso.

Respeitando histórias – O peso da atenção às diferenças culturais, foi o painel com Flávia Caroni, vice-presidente de Recursos Humanos LATAM da The Kraft Heinz Company; Tatiana Barrocal Porto, Head of People da NTT DATA Brasil ; e Almiro dos Reis, diretor da Franquality Consulting. Tatiana cita o desafio de estar numa empresa de tecnologia que foi adquirida por um grupo espanhol, e os princípios de liderança que tiveram que ser revistos, pegando as melhores experiências de cada uma das empresas. “Hoje adotamos uma cultura que não julga e a autenticidade, que respeita a diversidade e singularidade. Pilares que atingem 5 mil colaboradores no Brasil. Flavia enfatiza que a cultura é a vantagem competitiva dentro da companhia. “Buscamos fortalecer e engajar os colaboradores nessa cultura”. Almiro colocou a dificuldade de contratação hoje no mercado, e quando consegue contratar o turn over prejudica a retenção, o que exige um fortalecimento cultural para engajar as pessoas na organização.

O último painel, Uma empresa para chamar de minha – Personalização: o futuro da experiência do funcionário, com Maria Paula Oliveira, diretora de Gente, Jurídico e Compliance da LG lugar de gente; Sandra Barquilha, diretora global de RH para Divisão de Soluções Médicas da 3M; e Karollyne Nogueira Félix, gerente executiva de Comunicação, Cultura, Sustentabilidade e Educação Corporativa das Farmácias Pague Menos, compartilharam boas práticas de felicidade corporativa. Maria Paula entende que flexibilidade e autonomia são caminhos sem volta, é a nova forma de trabalhar. “É preciso encontrar o modelo que funciona em cada empresa, não tem receita de bolo”, referindo-se ao pós-pandemia. “Felicidade corporativa tem que estar na cultura de cada empresa”, enfoca Karollyne, falando em criar um ambiente amistoso, inclusivo. Sadra oferece como exemplo o feedback mais recorrente, para o melhor engajamento dos trabalhadores, porque felicidade “é algo muito particular para cada pessoa”. E muita coisa mudou nas práticas de gestão nos últimos aos. “Não há mais espaço para comando e controle no ato de dar feedback”, ensina, destacando que feekback deve acontecer em todo o momento, e não uma vez por ano.


Assista aqui novamente o segundo dia do Fórum Melhor RH de Felicidade Corporativa


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