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Seu RH já migrou de 4.0 para 5.0?

Virada de chave com adoção de novas tecnologias deve ocorrer sob minuciosa avaliação das necessidades internas, prevê especialista. Tendência é digitalizar, mas sem desumanizar

O RH 4.0 prevê maior conectividade entre as pessoas e agilidade de procedimentos operacionais, envolvendo o uso de soluções tecnológicas para os processos desde o recrutamento, até engajamento, análises de desempenho junto aos colaboradores, até gestão de custos do setor. Já o RH 5.0 é um estágio em que People Analytics e soluções para desenvolvimento de pessoas são destaque, bem como aquelas centradas no colaborador, com atenção ao seu bem-estar e suas necessidades específicas. Mesmo sob a intensa digitalização que predominou na pandemia e se estende aos novos modelos de negócio e trabalho nas empresas, a etapa em que elas devem se encontrar depende muito da natureza de suas operações e de suas pessoas. O que não se discute é a importância do humano diante de todo esse movimento, seja para avaliar a estratégia a ser seguida, seja para implementá-la ou auferir seus resultados e a necessidade de uma mudança de rota. Essa foi a visão que prevaleceu durante o 3º Fórum Melhor RH Tech, ratificada por especialistas.

Paulo Oliveira, Gerente de Marketing da Apdata, um dos participantes, entende que virar a chave entre as fases é questão de avaliar minuciosamente o momento da empresa, também sob o olhar do colaborador. “O primeiro passo é entender o cenário que você está. Entendendo o cenário que você está, você vai conseguir  identificar o que que seus funcionários estão precisando: mais recursos, mais tecnologia…”, recomenda Oliveira.

Com a escuta atenta às necessidades do colaborador, é possível identificar gargalos e melhorar o ambiente de trabalho, bem como as estratégias e toda a estrutura operacional.  “É sobre como as pessoas visualizam o processo que eu estou entregando pra elas”, entende o executivo. Processo que pode e deve mudar, se necessário, para o bem do negócio e da retenção de talentos, mantendo o ambiente de trabalho sob a dinâmica ideal.

Oliveira, da Apdata: é preciso um olhar 360 graus para a organização

Assim, “se eles estão precisando de mais tempo, vamos pro RH 4.0”, detalha Oliveira. É o cenário em que é possível implementar dentro da organização ferramentas, metodologias e práticas que os ajudarão no dia a dia das empresas, explica. “Em outro lado, no RH 5.0, você vai entender como está o ambiente, a saúde dos seus colaboradores”, detalha.

O executivo destaca a importância desse último estágio. “Por exemplo, você pode, em determinado setor, estar com um grupo a ponto de ter uma crise de estresse profunda, por conta das entregas, por conta dos prazos. Você pode ter uma uma explosão de pessoas adoecidas dentro da sua organização, o que você não teria, se tivesse informação e conseguisse tratar de forma preventiva”, descreve Oliveira  sobre essa etapa. Ao antecipar o quadro, “você consegue, por exemplo, pedir ajuda da sua corretora de plano de saúde para que façam, juntos, um plano de bem-estar dos seus funcionários”, exemplifica.

O papel da liderança

Para traduzir e endereçar demandas, a liderança é fundamental. É a questão humana que deve preponderar em qualquer um desses estágios, a começar por esse foco no colaborador, segundo Oliveira, e culminando no papel do gestor, em enxergar cada indivíduo da equipe e suas necessidades. “O RH não consegue estar na linha de frente com os funcionários todos do time. Quem está ali todos os dias são os gestores. Então os gestores são profissionais fundamentais para disseminar a cultura de bem-estar que é promovida pelo RH”, pontua, destacando a importância do cuidado com os colaboradores.

É  preciso um olhar trezentos e sessenta graus para organização, lembra Oliveira. “Obviamente, vou atuar no que está mais crítico, indo para o que está menos crítico. Ou no que está mais fácil para o mais difícil porque às vezes a gente a gente mapeia situações muito críticas, mas que são muito difíceis de serem resolvidas. E a gente deixa situações menos críticas lá pro final da lista, mas são muito simples de serem resolvidas”, explica, mostrando o papel da liderança e mesmo do RH em identificar prioridades. Parceiros de soluções são bem-vindos, entende o executivo. E explica o caminho para superar obstáculos e implementar avanços fazendo uma analogia precisa, que envolve a ideia de “cura”, sob o auxílio de médicos especializados e remédios eficazes: “Porque quando a gente está doente, o ideal é que a gente tome a medicação correta”. 

Assista ao 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0  no mundo digital no canal da Melhor RH no YouTube.

O evento foi realizado nos dias 22 (presencial) e 23 de setembro (on-line, acima) e contou com a participação de 20 especialistas de diversos segmentos que abordaram os principais desafios e oportunidades do uso da tecnologia para a transformação do RH.  Para ver a gravação dos painéis presenciais clique aqui.

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