A tecnologia entrou na pauta da comunicação interna. A Inteligência Artificial é um dos recursos, mas sua aplicação ainda está sendo feita de forma lenta, até para os profissionais entender como funciona. Igor Gavazzi Vazzoler, CEO da Progic diz que “o mercado ainda está absorvendo todas essas novidades aos poucos”. E isso será uma grande vantagem para a área, segundo ele: “Sairemos de uma imagem de primo pobre para o de protagonismo, de muito engajamento nos negócios”. Mas a implantação necessita de estudos e especialização: “Temos um cenário mais promissor para as pessoas entenderem o que faz mais sentido em suas organizações e o que conseguem implementar no dia a dia”.
Será que todas essas mudanças resultarão em cortes de pessoal? Não necessariamente. “O momento é promissor”, avalia Hugo Godinho, CEO da Dialog, “pois agora a comunicação interna ficou ainda mais estratégica”. Wollinger, diz que o turnover é algo a ser avaliado, pois a comunicação ganhará mais força nas estratégias do negócio com tais tecnologias.
“É um caminho sem volta”, arremata Godinho, “é questão de saber usar e ganhar confiança com a inteligência artificial, e análise de dados”.
Além da IA, outro recurso tecnológico muito utilizado atualmente, não é necessariamente novo, mas um retorno às vantagens dos vídeos, que ganhou uma nova configuração na proliferação de aplicativos e plataformas nas redes sociais. “O consumo de vídeos nas redes sociais cresce a cada ano e não seria diferente na comunicação interna, pois o audiovisual é uma ferramenta poderosa”, opina Vitor Miranda de Almeida, CEO da Invitro Global.
“A comunicação hoje deve ser feita rápida e ao mesmo tempo de forma leve”, declara Carine Eifler, analista de Endomarketing da Atlas Eletrodomésticos. “Para chegar ao colaborador da forma que ele precisa entender”, insiste.
E Suzie Clavery, CHRO – Chief Human Resources Officer LATAM na TotalPass, avalia uma certa concorrência entre os canais internos e externos, “devido ao grande volume de informações, e, por isso, o vídeo é muito atrativo”.
Com tanto conteúdo, existe o rico do excesso de informação, ou como se atribui atualmente, a infotoxicação, quando o mais pode ser menos e dispersar as atenções do público-alvo. Para tratar desse problema, “Essa questão passa por conhecer seu público”, recomenda Luciane Reis, head de Comunicação para América Latina da Nutrien, reforçando a necessidade de uma escuta ativa. Saber o que as pessoas estão falando e o que querem saber.
“Temos que priorizar a informação e saber utilizar os canais corretos”, complementa Elizeo Karkoski, sócio-diretor da P3K.
Para Marcelo Cosentino, gerente de Comunicação Interna e Externa da Toyota do Brasil, “temos que ter prioridade e efetividade, se não as pessoas não entendem o que queremos comunicar”. E ainda, “evitar duplicidade: enviar um email e depois avisar por WhatsApp que enviou o email”.
Este tema foi discutido no 3º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores que ocorreu nos dias 29 e 30 de abril, on-line – uma iniciativa do CECOM – Centro de Estudos da Comunicação e Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH.
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Publicado originalmente em Portal da Comunicação.