Vivemos em um mundo cada vez mais virtual e, claro, é natural buscarmos mais tecnologias e soluções online para interagirmos com os funcionários de nossas empresas. Contudo, a diferença do impacto segue sendo feita pela criatividade, empatia e humanidade. Ou seja: é questão de tato.
É isso que pudemos constatar, mais uma vez, nos últimos seis meses desse ano. Nesse período, tivemos na Nissan o desafio de lançar dois novos veículos produzidos em nosso Complexo Industrial em Resende, no estado do Rio: o novo Nissan Kicks e, agora, o Nissan Kait. Desenvolver, produzir e comercializar novos produtos no país, ainda mais automóveis, é complexo e depende muito do engajamento, profissionalismo e motivação das equipes. Por isso, mais do que nunca, a comunicação interna é fundamental durante todo o projeto.
E onde entra o “tato” nessa história?
Segue sendo a base de tudo, o que realmente conecta as pessoas. Se buscarmos algumas definições de tato, podemos encontrar pontos interessantes e que resumem alguns dos principais objetivos do que fazemos na comunicação interna: “sentido responsável pela percepção do toque, estando relacionado, portanto, com a forma como sentimos o mundo em nossa volta. Não ocorre em uma região específica, sendo possível a percepção tátil por todo nosso corpo.”
Quando desenvolvemos projetos e ações para nossos funcionários, queremos envolvê-los de verdade, ir além de passar uma mensagem. Queremos que sejam tocados e sintam o que foi feito para eles. Nesse ambiente já saturado de IA e tantos outros recursos importantes, que estão facilitando nosso trabalho, há algo que as máquinas ainda não conseguem fazer: tentar tocar a alma das pessoas, despertar o sorriso, mexer com o sentimento real. Algo que não é data, é sim feeling.
Criatividade não é linha de produção
Muita gente pode achar que é fácil para uma equipe de interna de montadora desenvolver e realizar ações. Afinal, temos produtos físicos. E que produtos! Automóveis. Realmente, ter um novo Kicks ou um Kait para trabalhar pode parecer fácil. Mas é importante lembrar que um carro tem mais de quatro metros de comprimento, pesa mais de uma tonelada. Não costuma dar para colocar o produto exposto na recepção do escritório no 12º andar de um prédio. Nem mesmo na fábrica, onde há espaço, é simples.
Até porque, nada é simplório no dia a dia da comunicação interna. Só tocamos a alma com criatividade, não é linha de produção em série – que, importante ressaltar, também tem muitas complexidades.
Tecnologia a favor, experiência no centro
No caso do novo Kicks, por exemplo, usamos a tecnologia para nos ajudar a manter os funcionários atualizados da evolução do lançamento, engajá-los nas ações e em parte do trabalho de desenvolvimento do projeto. Por outro lado, ousamos fazer o maior test drive para funcionários da nossa fábrica na história da empresa na América Latina, com 699 tendo a possibilidade de dirigir o carro em três dias, sem interromper ou reduzir o ritmo de produção dos dois turnos. Isso só foi possível com muito jogo de cintura humano.
Uma camisa, três mil pessoas, um mesmo sentimento
Outra grande ativação do lançamento, porém, não teve carro. Teve camisa! Prova de que o produto físico não é a única solução para envolver o público. Com mais de 3 mil funcionários espalhados por unidades em três estados, o desafio foi envolver todos, ao mesmo tempo, de maneira física. A solução foi usar o talento e sensibilidade de nossos designers, acostumados a desenhar carros, para fazer uma imagem exclusiva do novo Nissan Kicks que foi estampada em uma camisa da marca Reserva. Ela foi distribuída para todos os funcionários da Nissan do Brasil.
Aí, mais um detalhe humano, ter uma camisa de uma marca reconhecida, garante a percepção da atenção da empresa em oferecer algo diferenciado para os funcionários, não é questão de valor material, é um valor intangível.
Máquinas são aliadas, mas o tato é insubstituível
Mas não foi apenas oferecer um presente. Todos foram incentivados a vestir a camisa em um dia específico, garantindo o sentimento de pertencimento e a união, e a postarem esse momento. E os funcionários fizeram o sentimento humano transbordar usando as máquinas.
Foram centenas de posts nas redes sociais em um dia, com fotos individuais ou em grupo. Um resultado que destacou o orgulho de estarem fazendo parte desse momento da empresa. E o carro estava lá, estampado no pano da camisa.
Então, é inegável o valor das máquinas, da tecnologia, e devemos usar ao máximo esses recursos, mas a máquina e a mais potente IA devem ser aliadas, não devem ser usadas como solução final, porque elas não têm tato. Isso somente as boas equipes de comunicação interna têm.
