Um balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho, em maio deste ano, mostra que mais de 124 mil jovens foram contratados após ingressarem no programa Jovem Aprendiz.
De acordo com a Lei de Aprendizagem Profissional (Lei 10.097/2000), todas as empresas de médio e grande portes devem manter em seu quadro de funcionários jovens e adolescentes de 14 a 24 anos. Essas cotas variam de 5% a 15% por estabelecimento.
No Brasil, mais de 3,3 milhões de aprendizes foram contratados desde 2005 e para Antônio Alves Júnior, representante do Ministério do Trabalho, isso repercutiu na queda dos números de trabalho infantil e evasão escolar.
Para Marly Miyake, gerente administrativo do Grupo KSL Associados, o programa permite às empresas moldarem novos profissionais, pois geralmente seus candidatos são pessoas dispostas a aprender e sem vícios anteriores. Ao longo dos 5 anos em que o Menor Aprendiz foi empregado na KSL, 24 funcionários passaram e 6 já foram efetivados.
Miriã Soares conheceu o programa através de sua irmã e conseguiu entrar no mercado de trabalho aos 14 anos. Hoje, aos 16, ela é assistente de backoffice. “Eu amadureci muito como pessoa e como profissional. Por meio de campanhas internas, tive diversas oportunidades para demonstrar meu potencial, até ser efetivada”, comenta.
Já Débora Oliveira, de 21 anos, aproveitou a oportunidade do programa para realizar o sonho de cursar uma faculdade. “Ser Jovem Aprendiz me deu independência e estabilidade financeira. Com o programa consegui realizar meu sonho de voltar a estudar e adquirir mais responsabilidade”, analisa a jovem.
Ainda segundo o balanço, as ocupações nas quais os jovens tiveram mais oportunidade foram as de auxiliar de escritório e assistente administrativo. Marli acredita que o projeto é de extrema importância tanto para a empresa quanto para os funcionários.
“É muito gratificante ver o desenvolvimento pessoal dos aprendizes que além do aprendizado profissional, aprendem a se comunicar e se relacionar com os colegas. Muitos chegam com dificuldades de olhar nos olhos em uma conversa e com o passar do tempo se tornam pessoas seguras e desinibidas”, finaliza.