Home office

Ô de casa casa!

Pesquisa da Ticket com mais de 7 mil profissionais busca levantar se as empresas estão realmente preparadas para o trabalho remoto

de Redação em 4 de maio de 2020
Crédito: Shutterstock

Como as empresas estão se adaptando para manter suas atividades, mesmo diante desta crise global de saúde? Para muitas, o trabalho a distância é uma alternativa. Ou a única. Mas será que elas estavam preparadas para o home office?

Essas foram algumas das questões que fizeram parte de um levantamento realizado em março pela Ticket. Segundo a pesquisa, que envolveu mais de sete mil profissionais, 35% afirmaram que suas companhias não contavam com política de trabalho remoto até aquele momento.

Já outros 34% revelaram que a empresa em que atuavam já contava com uma política de home office, mas que houve modificações em razão dos casos do novo coronavírus no país; 23% relataram que a empresa não contava com uma política, mas que passou a adotar o sistema na semana anterior à pesquisa; e 7% responderam que já contavam com um modelo de trabalho remoto, mas que não houve modificações em razão do coronavírus.

“Do universo dos participantes, chama atenção o fato de que 16% dos respondentes já estavam em esquema de home office e manifestaram o sentimento de proteção por estar em casa, algo muito positivo para a população que lida com um fato novo, e que mobiliza o mundo inteiro”, destaca o diretor-geral da Ticket, Felipe Gomes.

A pesquisa revelou, entre os aspectos positivos: não ter de gastar tempo no deslocamento ao trabalho com o transporte público (apontado como benefício por 15% dos participantes); estar próximos da família (11%); o desafio de uma nova forma de trabalho (10%); a flexibilidade de horário e conforto (9%); e, de forma positiva, a produtividade pessoal (8%).

Já entre os aspectos que deixam os respondentes insatisfeitos no trabalho a distância estão: o distanciamento dos colegas e o isolamento (17%); a distração (15%); não ter uma estrutura em casa para o trabalho remoto (14%); o fato de não terem tanta informação da empresa (13%); e que estão trabalhando mais em casa do que quando estão na empresa (10%).

Dos trabalhadores que disseram não estar trabalhando em home office, 44% são de empresas com mais de 500 funcionários. Entre os setores de destaque, está o de serviços, incluindo os essenciais, como segurança, limpeza e supermercados, seguidos da área da saúde, como clínicas, hospitais e planos de saúde.

Nas respostas desses trabalhadores, ainda que não estejam trabalhando em casa, as empresas implementaram algumas medidas em relação ao novo coronavírus, como: passaram a dar informações sobre os sintomas e dicas de prevenção (29%); reforçaram a limpeza geral (26%); adotaram medidas como alteração de horários das equipes (11%), o aumento da distância entre as pessoas no trabalho (11%); 11% dos respondentes reportaram que nenhuma medida fora implementada.

“Sabemos da necessidade de as empresas adaptarem a rotina para preservar o bem-estar das pessoas, equilibrando com o mínimo impacto em suas atividades neste período crítico. Na Ticket, constatamos, na prática, quanto o home office pode ser produtivo, e percebemos agora quanto ele se torna ainda mais relevante – e até estratégico – em um momento que demanda novos modelos de trabalho”, destaca Gomes.

Correções de rota

Entre as ações que a Ticket tem estruturado a fim de orientar seus colaboradores sobre mecanismos de prevenção do coronavírus está a ampliação do home office para grande parte dos colaboradores da área administrativa.

Os funcionários que estão em casa também estão recebendo orientações de saúde com foco na covid-19, por meio de webinars. Também foi disponibilizado um canal exclusivo de comunicação para o esclarecimento de dúvidas, orientações e direcionamentos sobre a doença para todos os colaboradores e dependentes cadastrados no plano de saúde.

José Ricardo Amaro, diretor de RH da empresa, conta que, antes das medidas de isolamento, toda a equipe comercial já operava em sistema de home office. No caso das equipes administrativas, para as quais o flexplace (trabalho remoto uma ou duas vezes na semana) é o sistema possibilitado pela companhia, a adesão estava em torno de 15% a 20% dos times. Entretanto, seguindo as recomendações das autoridades governamentais e de saúde, a empresa passa a alocar 100% de sua força de trabalho em sistema de teletrabalho. São 550 funcionários nesse sistema em todo o Brasil.

“O aspecto fundamental é que o trabalho de todos os profissionais deve permanecer alinhado aos propósitos e ao direcionamento estratégico da empresa. Assim, mesmo durante este período de home office, promovemos programas de desenvolvimento e avaliações de desempenho, que estimulam a proximidade entre gestores e equipes por meio de conversas formais e informais para promover o desenvolvimento, favorecer alinhamentos e permitir a realização de eventuais correções de rota”, diz Amaro.

Ele acrescenta que o plano de desenvolvimento individual contribui com o profissional na compreensão do cenário atual de sua carreira, ajudando-o a identificar fortalezas e impulsionando as mudanças para que ele possa atingir os patamares profissionais que idealizou internamente, assumindo o protagonismo de seu desenvolvimento individual. “Com isso, garantimos que, mesmo a distância, todos estejam alinhados com nossa estratégia”, ressalta.

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