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A comunicação interna como ferramenta pela diversidade dentro das empresas

Intel, Vivo e SulAmérica mostram como a comunicação mudou a cultura sobre diversidade e inclusão dentro de cada organização

de Paolla Yoshie em 2 de julho de 2021

Agregar múltiplas vozes é um caminho fundamental, mas ainda desafiador na prática das empresas. Carolina Prado, head de Comunicação para Intel Brasil e Canadá; Elisa Prado, diretora de Comunicação Corporativa da Vivo; e Júlia Nejaime, gerente de Comunicação e Mobilização da SulAmérica receberam a missão de falar sobre diversidade no Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores – promovido pelo co-branding das plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação.

“A comunicação é um pilar muito importante quando se olha para a estratégia de diversidade de uma empresa”, afirma Carolina Prado, durante o painel “Comunicação pela diversidade”.

Para Elisa, é necessário mudar a cultura das empresas para haver maior inclusão e diversidade. “Eu acredito muito que a comunicação corporativa pode mudar a forma das pessoas pensarem. É fazer com que todo mundo passe a respeitar. É algo que está aí e só tem a evoluir”. 

Ações para promover a diversidade

As corporações investem cada vez mais em ações pontuais para haver uma transformação no inconsciente do indivíduo. A Vivo, que conta com 33 mil colaboradores, tem múltiplos programas para o tema, como “Jornada da Diversidade”, que leva a cada mês um tópico para ser discutido. Um dos diferenciais da empresa é o contato com a área de pessoas. 

“Nós chegamos à conclusão de que o mercado pede cada vez mais isso, por pessoas mais plurais, mais engajadas e resilientes, a gente precisa evoluir e trabalhar com essa abertura”, acrescenta Elisa. 

A Vivo possui times que trabalham os pilares de gênero, LGBTQIA+, raça e pessoas com deficiência. “Todas essas informações dos times são passadas para os VPS e a comunicação que está junto faz a tradução para os colaboradores. Fazemos a comunicação de dentro e fora das iniciativas”, explica Elisa.

A SulAmérica, em uma das suas pesquisas de engajamento na comunicação, obteve 94% de favorabilidade, o que mostra a confiança que todos os colaboradores têm no diálogo que ocorre dentro da empresa. 

“A comunicação interna é o agente de transformação cultural, independentemente da área em que a comunicação está”, afirma Júlia. Eles têm o programa de diversidade lançado no ano passado, mas contam com ações pontuais de inclusão. 

Com a pandemia, a SulAmérica começou a trabalhar linguagens mais próximas e inclusivas. “Tudo que nós fazemos, co-construímos, de forma conjunta, sempre ouvindo os interesses, o que faz sentido e tem valor para os colaboradores”, acrescenta Júlia.

A Intel possui uma área de diversidade e inclusão. “Nós fazemos pesquisas internas para entender o quanto as pessoas se sentem incluídas. Se você traz a diversidade e as pessoas não estão incluídas, essa diversidade acaba indo embora”, ressalta Carolina. 

O engajamento da Liderança

A Vivo realizou um treinamento com a liderança, servindo de exemplo na construção de narrativa. O objetivo é que o tema esteja presente de forma orgânica nas empresas. “Eu acredito que a liderança é o exemplo, se o presidente ou os diretores não tratam da diversidade com fidedignidade, passa essa percepção dentro da empresa”, enfatiza Elisa. 

A presença dos líderes é uma das estratégias para a Intel. “Os nossos diretores vêm nos apoiando e isso faz toda a diferença. Ter metas e ações afirmativas dentro do programa de diversidade e inclusão realmente é o que torna efetivo”, diz Carolina. Por isso, foi disponibilizado o treinamento chamado “Liderança inclusiva”, que hoje é oferecido para todos os funcionários do Brasil e do mundo. 

Mulheres presentes

As empresas contam com metas voltadas para as diversidades, principalmente de gênero. A Vivo tem  28 colabores trans, 42% do quadro são mulheres, 31% da liderança é formada por mulheres,  25% ocupam cargo de diretoria e 33% de nível gerencial. Uma das suas metas é chegar a 300 mulheres na área técnica. 

Na Intel, a expectativa é que na próxima década, as áreas de tecnologia sejam ocupados por 40% de mulheres. “Hoje visamos trazer a mulher para a tecnologia. Quando olhamos para a formação do curso de TI,  nós estamos falando de apenas 17% de mulheres se formando”, aponta Carolina. A empresa trabalha iniciativas que têm como objetivo engajar e atrair o público feminino para essa área ainda pouco explorada. 

Saiba mais

O Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores é um co-branding entre as plataforma Melhor RH e Negócios da Comunicação. Quer conferir todos os debates e conversas do evento?

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