2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, promovido pelas plataformas MelhorRH e Negócios da Comunicação, no início de junho, exibiu cases de empresas que colocaram a felicidade no centro de sua estratégia de gestão.
Uma delas foi a Bom Sabor S.A. Em 2018, Marcio Appel, Sócio-Diretor da companhia, decidiu mudar a missão corporativa, após constatar perspectiva regular de crescimento e necessidade de inovar em uma empresa com mais de 60 anos no mercado. A criação do slogan “Bom Sabor – Sua porção de Felicidade” foi apenas uma das ações, dentre tantas, com foco na felicidade dos colaboradores, clientes e parceiros, mudando o rumo dos negócios, que vêm batendo consecutivos recordes em seus resultados.
A ideia de transformação começou com a leitura do livro O Jeito Harvard de Ser Feliz, conta Appel. Leitura que remetia à máxima de que não é o sucesso que traz felicidade, mas a felicidade que traz sucesso. E também partiu de uma observação do mercado: Kibon, Coca-cola, Magazine Luiza, GVT, Pão de Açúcar – todas essas empresas traziam slogan que incluía felicidade, mostrando-a como busca principal do ser humano. Isso em se tratando de um olhar externo sobre a própria marca, que logo em seguida passou por um redesenho, que culminou no novo slogan.
Muito importante nesse processo, sob um olhar externo e interno para a empresa, foi a mudança de missão. “Talvez nem todos deem atenção para isso”, mencionou Appel, no entendimento de que esse pode ser o ponto de partida para uma revolução cultural nas organizações. “A ideia era que todos os colaboradores participassem dessa mudança e com a participação de todos chegamos à conclusão de que a nova missão deveria envolver felicidade e qualidade”, conta o executivo. “Criar relações de confiança, proporcionando qualidade, satisfação e felicidade nas refeições fora de casa, com produtos práticos, saborosos e seguros” ficou sendo a nova missão da companhia.
Appel explica que há, ainda, muitas metas a serem atingidas, como a participação de certificações Top Employers e outras que asseguram a melhora no ambiente de trabalho. Para o momento, a empresa trabalhou em uma liderança mais próxima e em proporcionar experiências positivas para os colaboradores O onboarding, conta Appel, é diferenciado, com presença do próprio presidente da companhia, e assim tem sido com toda a liderança, com uma participação mais colaborativa junto aos funcionários. Há festas e homenagens para funcionários que se aposentam, entre outras datas comemorativas que geram engajamento da equipe. Eventos trouxeram a yoga do riso para a companhia e momentos com direito a rafting, atividade que desperta, ainda, líderes espontâneos entre colaboradores que ainda não fazem parte do time de liderança.
Os resultados, contabiliza o executivo, foram a redução de turnover em 28%, crescimento em faturamento de 48,5% no último ano e recorde de faturamento em maio de 2022.
Liderança gentil
Outra empresa colocando a felicidade no centro de suas estratégias foi a Enel Brasil. Durante o evento, Juliana de Aquino, Responsável por Projetos RH, Alain Rosolino, Head of People & Organization Brazil, e Raiane Pires, Head of People Empowerment da companhia falaram sobre as transformações implementadas na companhia para que isso fosse possível.
Rosolino falou em linhas gerais sobre todo o projeto de felicidade da organização, citou o propósito como pilar principal, destacando que os resultados do projeto e da empresa, como um todo, dependem da união entre propósito e aspirações das pessoas. Mencionou, ainda, a escuta ativa que se intensificou na companhia, com entrevistas periódicas dos colaboradores, a preocupação com o work-life balance (equilíbrio entre vida pessoal e trabalho) e a liderança gentil, que se instalou, percorrendo o caminho do resultado junto com o colaborador.
A máxima na Enel Brasil tem sido “ser humano no ser, excelente no fazer”, explicou Rosolino, que acredita que ambas as coisas não são excludentes num projeto de trabalho com bem-estar. “A ideia é construir um ecossistema onde as pessoas trabalham se divertindo, acreditando num lugar onde se possa crescer pessoal e profissionalmente”, destaca.
Raiane, por sua vez, falou sobre a intensificação da liderança gentil, que vinha se estruturando desde 2020. Este ano, a ideia foi identificar e aparelhar embaixadores desse conceito. “Para ser líder gentil em qualquer empresa é preciso mudança cultural, processo de transformação com dedicação e acompanhamento”, ressalta a executiva.
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Na Enel Brasil a mudança passou pelo trabalho da consciência individual e coletiva sobre o tema, com base em alguns princípios: sentido inspirador, comunicação, confiança, transparência e responsabilidade. “A pandemia veio mudando o conceito de liderança nesse sentido: saiu do comando e controle para uma responsabilidade compartilhada”, observa a executiva.
Juliana discorreu sobre a transição para novo modelo de trabalho, que impacta diretamente o bem-estar do colaborador, além de ações para garantir a saúde mental e física dos funcionários, como, por exemplo, a Short Friday, com enorme aceitação e percepções positivas sobre sua implantação.
A escuta ativa e contínua sobre trabalho remoto, suas dificuldades e desafios, o retorno gradual, os espaços modificados para proporcionar diferentes experiências, sem dinstição de cargos ou uso fixo nas alocações, foram a base para a aposta no trabalho híbrido. Tudo pautado no diálogo e no aprendizado constantes, em colocar em prática gestão sob liderança aberta com olhar positivo sobre bem-estar e produtividade, destaca a executiva. “A liderança é fundamental para conduzir qualquer transformação, mas é preciso terreno fértil”, ressalta, sobre as ações que acompanharam o trabalho junto a líderes e gestores.
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