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Quem é o responsável pela sua felicidade? Você ou a empresa?

Estudo realizado pela School of Life, em parceria com a Robert Half, revela perspectiva de líderes e liderados sobre o tema nas empresas brasileiras

de Redação em 9 de abril de 2024
Vecstock

A felicidade no ambiente de trabalho é vista como responsabilidade da empresa pela maioria dos profissionais. A  4ª edição do estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizada pela The School of Life, em parceria com a consultoria Robert Half, analisou essa percepção dos colaboradores em relação ao trabalho. A perspectiva entre líderes e liderados ouvidos no mapeamento é proporcional, com 96% e 95% deles, respectivamente, acreditando nessa responsabilidade, de “total” a “moderada”.

Os entrevistados veem a felicidade no trabalho como ligada principalmente ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, reconhecimento e valorização, e realização profissional. Por outro lado, a falta de plano de carreira, propósito e relacionamentos tóxicos são os principais motivos de infelicidade no trabalho.

Para melhorar o ambiente de trabalho, os entrevistados sugerem que as empresas reconheçam e valorizem os funcionários, invistam no desenvolvimento profissional e promovam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Ambiente adequado, conquista individual

A CEO da The School of Life Brasil, Diana Gabanyi, destaca a importância de oferecer um ambiente de trabalho saudável, treinamento para lideranças, apoio emocional, recursos adequados, salários justos e equilíbrio de demandas, enquanto ressalta que a felicidade no trabalho também é uma conquista pessoal.

Diana ainda enfatiza a importância das empresas em se manterem atentas aos sentimentos dos colaboradores, destacando que a insatisfação pessoal pode dificultar a percepção de esforços organizacionais para promover a felicidade. Ela também menciona a busca pela realização em vez da felicidade constante.

Maria Sartori, diretora associada da Robert Half, destaca que, embora as empresas tenham responsabilidades, os profissionais devem ser protagonistas em suas carreiras. Ela ressalta a importância do autoconhecimento para tomar melhores decisões profissionais.

Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos entrevistados está feliz em seus trabalhos atuais, sendo o equilíbrio entre vida pessoal e profissional o principal motivo dessa felicidade. Apenas 28% dos liderados e 22% dos líderes afirmam não estarem felizes no atual trabalho.
Essa infelicidade é atribuída prioritariamente a falta de plano de carreira (opinião de 48% dos liderados e 42% dos líderes), falta de propósito (46% dos liderados e 44% dos líderes) e relacionamentos tóxicos (40% dos liderados e 46% dos líderes).

Já a permanência dessas pessoas no emprego se deve a três razões principais: falta de alternativas melhores (percepção de 68% dos liderados e 71% dos líderes), estabilidade financeira (61% dos liderados e 54% dos líderes) e esperança de melhora da situação (42% dos liderados e 48% dos líderes).

A pesquisa foi realizada com 387 líderes e 387 liderados de diferentes regiões do Brasil, maiores de 25 anos e com ensino superior completo, entre janeiro e fevereiro de 2024.


O quão responsável as empresas devem ser pela felicidade dos seus colaboradores no trabalho?

LIDERADOSLÍDERES
45,82% – Muito responsável
40,00% – Moderadamente responsável
08,91% – Totalmente responsável
04,73% – Pouco responsável
00,54% – Nada responsável
44,72% – Muito responsável
40,33% – Moderadamente responsável
10,57% – Totalmente responsável
03,90% – Pouco responsável
00,48% – Nada responsável

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