Gestão

Equidade nos direitos parentais: presente para o Dia dos Pais

Licença estendida e remunerada para pais faz parte de um olhar mais amplo e sensível sobre novos arranjos familiares

No âmbito da CLT, pais têm direito a 5 dias remunerados de
licença-paternidade quando nascem os seus filhos. Empresas do Programa Empresa Cidadã oferecem mais 15, totalizando 20 dias distante do trabalho com remuneração garantida em lei nesse momento. No entanto, o reconhecimento da necessidade de um tratamento igualitário a todos os gêneros vem exigindo mais. Requer cada vez mais disponibilidade das empresas para ir além do oferecido legalmente e ir ao encontro das novas expectativas dos colaboradores –  no caso, o desejo é por licenças iguais para pais e mães, garantindo equidade nos direitos parentais: presente para o Dia dos Pais em muitas organizações.

A licença parental estendida e remunerada para pais faz parte de um olhar mais amplo e sensível das empresas sobre a maternagem e a sobrecarga feminina, sobre políticas equitativas atentas também às necessidades de pais e mães adotivos, dos casais LGBTQIAP+, dentre outras possibilidades que visem à ampliação e melhor qualidade do convívio familiar em seus novos e tradicionais formatos, culminando em maior satisfação e bem-estar do colaborador. Por meio de políticas de benefício renovadas nesse sentido, as companhias buscam, além melhorar a employee experience, reforçar a sua marca empregadora e atrair talentos.

É o caso da Philip Morris Brasil (PMB) que adotou um novo formato de licença parental. Pela nova política da empresa, quaisquer profissionais com responsabilidade para com uma ou mais crianças (por nascimento, adoção ou outros) podem escolher entre duas opções de licença: a primária (18 semanas consecutivas e remuneradas para a pessoa que dedicará mais tempo aos cuidados iniciais da criança) e a secundária (8 semanas consecutivas e remuneradas para a pessoa que não usufrui da licença primária). 

Nas operações na América Latina da farmacêutica Sanofi, o benefício estendido existe como opção para quaisquer gêneros de colaboradores desde 2020, como medida de equidade nos direitos parentais. Os pais brasileiros estão aderindo: de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, 48% dos colaboradores homens da Sanofi no Brasil optaram pela modalidade. Para este ano, a expectativa é de que este percentual chegue a 56%.

Já a Organon, companhia especializada em saúde feminina, ampliou a licença-paternidade para 12 semanas, com o intuito de ampliar a convivência entre pais e filhos recém-nascidos ou adotados.

Renovação e reforço de cultura

“Oferecer mais do que os dias estabelecidos por lei deixa clara a preocupação da empresa em ter um olhar ampliado, incluindo o suporte do pai no período de puerpério. Acreditamos que 12 semanas de
licença-paternidade remunerada é um benefício que agrega a toda a sociedade”, afirma Marina Capra, diretora de RH da Organon.

Já Pedro Pittella, Diretor de Recursos Humanos da Sanofi no Brasil, relata que a licença estendida para pais é “ação que proporciona melhor qualidade de vida, reforça valores familiares importantes e reafirma o compromisso da companhia com um ambiente de trabalho mais humanizado e empático”.

Na Philip Morris Brasil, a cultura interna recebe reforço positivo das transformações externas. “É fundamental que a nossa cultura organizacional seja um reflexo da sociedade atual. As pessoas esperam cada vez mais flexibilidade, empatia e inclusão por parte das empresas e acreditamos que esse novo benefício vai ao encontro desses anseios”, destaca Gabriel Frank, diretor de Pessoas e Cultura da companhia.

Experiência transformadora e equidade nos direitos parentais

A interação dos pais com seus filhos em estágio inicial de desenvolvimento favorece a cognição do bebê, como atesta estudo publicado no Innfant Mental Health Journal, conduzido por pesquisadores do London Imperial College, Oxford University e King’s College. Já a presença paterna ampliada nessa fase provoca profundas transformações, ampliando a importância do pai para o núcleo familiar para além de seu papel tradicionalmente provedor, ou além do auxílio com a burocracia do nascimento ou adoção da criança.

Funcionários da Philip Morris Brasil, Douglas Moenke e Luís Brandão vivenciaram a licença estendida recentemente e garantem: a experiênca foi transformadora para toda a família, além de promover equidade nos direitos parentais.

Brandão ressalta que os dias estabelecidos por lei para a licença são insuficientes em todos os sentidos: “Um tempo que mal dá para resolver registro civil e demandas hospitalares”, o que dirá para acompanhar cônjuge e filhos nesse momento tão delicado.

“Sei que a minha presença em casa trouxe um alívio importante para a minha esposa nesses primeiros dias”, destaca, por sua vez, Moenke, preocupado com a sobrecarga puerperal feminina.

Webster Baroni, gerente de projetos da Sanofi, que aderiu a licença-paternidade estendida após o nascimento de seu filho Noah, adotado na modalidade de barriga solidária, relata: “A experiência teve um impacto muito positivo na minha qualidade de vida, me aproximando cada vez mais da família e resgatando laços importantes para mim”. “Só tenho a agradecer pelo acolhimento e suporte.”

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