Gestão

É preciso ser autêntico

Por Irene Azevedoh

de Redação em 12 de junho de 2018
Irene Azevedoh, diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança para América Latina da Consultoria Global em Mobilidade de Talentos LHH

Por Irene Azevedoh

Irene Azevedoh, diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança para América Latina da Consultoria Global LHH

Em recente pesquisa realizada pela consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), dos executivos entrevistados, 70% admitiram que não são autênticos nas organizações. Um número alarmante e que merece uma reflexão cuidadosa. Então, vamos lá!

Está provado que a autenticidade e a transparência são pilares para o aumento de confiança e, consequentemente, levam à agilidade. No ambiente em constante mudança, ter líderes e liderados engajados é essencial para que os objetivos sejam atingidos. E, neste contexto em que as mudanças ocorrem muito rapidamente, ter uma organização ágil é vital para a sua sobrevivência no mercado.

Fico, então, ainda mais preocupada com o resultado da pesquisa, já que mais da metade dos profissionais não pode ser autêntica no ambiente de trabalho. Afinal, é extremamente complicado enfrentar uma carga horária tão intensa e demandante. Para se ter uma ideia mais clara desta situação, a maioria dos executivos trabalha mais de 8 horas por dia, não sendo eles/elas mesmos(as) e desempenhando papéis que não estão alinhados com seus valores e propósitos.

Qual a consequência disso? O profissional entra no piloto automático, realizando ações sem a agilidade necessária para o momento atual. O resultado disto é que nas empresas, as transformações organizacionais necessárias para esta ruptura no mundo dos negócios ficam mais lentas em sua grande maioria. Exemplo disso são as diversas áreas de inovação criadas, mas que não se tornam realmente eficazes.

A pergunta que não quer calar é: o que fazer para reverter esse cenário? Uma alternativa de longo prazo seria criar um ambiente de reflexão para que executivos e não executivos desenvolvam autoconhecimento a respeito de seus valores e propósitos, e assim possam produzir resultados mais consistentes.

Outra opção seria começar com a liderança um trabalho de reflexão e tomada de consciência de seus valores, propósitos, mas revendo seu contrato de liderança, resultando principalmente em liderança pelo exemplo, ou seja, fazendo exatamente o que dizem. Aí sim, começa caminhada da confiança, capitaneada pela autenticidade, que gerará a agilidade tão desejada.

Quando o líder altera seu comportamento fica muito mais fácil o inicio da transformação da equipe. A jornada não termina aí, mas o primeiro passo foi dado!

*Diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança para América Latina da Consultoria Global LHH

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