Em 22 de setembro, a Plataforma Melhor RH e o CECOM – Centro de estudos da comunicação promoveram um grande encontro presencial, em abertura ao 3º Fórum Melhor RH Tech e em celebração da premiação dos mais relevantes líderes de RH do sudeste brasileiro, revelados pela primeira edição do Prêmio Melhor RH Sudeste. Evento ocorreu no Teatro Unibes Cultural, em São Paulo, capital, e contou com a presença de quase 300 executivos de RH de empresas nacionais e multinacionais como Gol, Cargill, Arcos Dorados, BNP Paribas, NTT Data, UHG e Pepsico, entre muitas outras, além de especialistas em tecnologias para gestão de pessoas.
O Prêmio Melhor RH Sudeste destacou 43 profissionais e 11 CEOs. A premiação e os agradecimentos foram entregues na cerimônia pelos patrocinadores e por Márcio Cardial, publisher da Plataforma Melhor RH e diretor do CECOM. O momento foi precedido de um almoço, homenageando também os líderes destacados na primeira fase do prêmio e o conselho de especialistas da Plataforma, e aconteceu entre os painéis do 3º Fórum Melhor RH Tech.
A premiação teve como objetivo ressaltar o trabalho dos profissionais de RH na transformação do ecossistema de capital humano. “Valorizar o profissional do setor e reconhecer sua excelência é auxiliar a disseminar suas melhores práticas, gerando um ciclo que beneficia seus pares no RH, os colaboradores, a empresa e, por fim, toda a sociedade”, entende o publisher Márcio Cardial.
Os executivos Paulo Oliveira, Gerente de Marketing da Apdata, Thomas Costa, Head Comercial no Infojobs, Roodney Fernandes, Gerente Comercial da RB, e Gustavo Pope, CEO da Viva 10, parabenizaram os premiados e homenageados durante o almoço, destacando a importância desses profissionais e do setor, para o universo corporativo e a sociedade, e da tecnologia para o RH, na desburocratização de processos e promoção de saúde e bem-estar para o colaborador. (Clique no link para acessar galeria de fotos da premiação.)
Imersão no Metaverso
No primeiro painel do 3º Fórum Melhor RH Tech, “Metaverso no RH”, Caio Kraide Gaeta, Designer Educacional do Senac São Paulo; Sandra Barquilha, Diretora Global de RH para a Divisão de Soluções Médicas da 3M; Tiago Gonçalves Mavichian, CEO da Companhia de Estágios, e Sheila Magri, Sócia-fundadora da Macob Comunicação discutiram os desafios de utilizar a plataforma para recrutamento, seleção, treinamentos e engajamentos.
Sheila mediou o debate e fez as provocações necessárias às reflexões sobre o tema, cujo conhecimento ainda é incipiente, como reconheceram os participantes do painel. Relembrou a transformação digital vivida durante a pandemia em todas as empresas e questionou quais seriam os próximos avanços, incluindo o uso de metaverso pelas companhias.
Respondendo aos questionamentos, Gaeta detalhou a estrutura básica para o uso do metaverso para treinar pessoas – um computador com acesso à internet de alta velocidade e, dependendo da plataforma escolhida (existem várias no mercado), é possível utilizar um óculos de realidade virtual, o que torna o uso de metaverso um momento de imersão. “Não existe um metaverso, existem vários, desde as plataformas mais simples até as mais imersivas e avançadas”, ressalta.
Os recursos respondem às mais diversas demandas, até as mais complexas em treinamentos desde team building ao desenvolvimento de hard e soft skills, garante o especialista. “Tudo pode ser desenhado sob medida”, diz Gaeta – em termos de custos e da própria experiência. O custo de hardware, ele explica, segue em declínio. E também destaca os desafios iniciais de segurança de dados com o uso da plataforma e os avanços constantes nesse sentido, tornando a tecnologia eficaz e robusta contra surpresas, vazamentos e ataques.
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Já Sandra ressaltou sua preocupação com a perda do trato humanizado às questões da gestão de pessoas com uso das novas tecnologias. Num universo em que se discute seleção às cegas, por exemplo, “qual seria a diferença entre a entrevista presencial e o uso de um avatar, no metaverso?”, questiona a executiva. Convencida, porém, de que a plataforma tem seus benefícios: atrai o público jovem e torna o processo lúdico, sendo necessário encontrar um equilíbrio no seu uso.
Justamente sobre a seleção entre a geração Z, “a gente tem o desafio de gerar processos disruptivos, que gerem engajamento e bons feedbacks”, destaca Mavichian. Diversos processos realizados pela Companhia de Estágios com essa demanda foram criados de forma colaborativa com as empresas que os solicitaram. Tinham objetivos específicos e contaram com experiências totalmente imersivas.
Mavichian explica que foi necessário sentar com o time de tecnologia e entender o que cada uma das plataformas tinha a oferecer e como seria a customização segundo as metas de cada companhia.
Muito além do salário
O segundo painel do dia, “Missão Tech Recruiters”, discutiu o recrutamento de profissionais de tecnologia e destacou os obstáculos para contratação de mão de obra de qualidade no setor e caminhos para solucioná-los. Momento contou com a participação de Alexandre Carneiro Teófilo, Tech Career Advisor da Inteli; Priscila Magalhães, Gerente de Recrutamento e Seleção da Divisão de Technologies da Randstad Brasil, e Renato Acciarto, Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.
Acciarto mediou o debate e trouxe números do setor: Brasil forma aproximadamente apenas 30% dos profissionais de que necessita para preencher as vagas em tecnologia.
Diante desse cenário, Teófilo destacou a necessidade de iniciativas das empresas para fomentar a formação de profissionais tech, em parcerias com instituições de ensino técnico e superior, aumentando a disponibilidade de profissionais no mercado. Este porém, seria o maior obstáculo: é o cenário da disputa entre empresas por esses profissionais, para além das fronteiras brasileiras. O pagamento em Euro e Dólar atrai os especialistas, que numa realidade anywhere office podem aderir a vagas mais remotas.
Priscila também vê a competitividade com as empresas internacionais como um dos principais entraves no recrutamento tech. E destacou, ainda, os processos burocráticos e conduzidos por profissionais não iniciados no setor como fatores de abandono do recrutamento. Destacou ainda, a necessidade de iniciativas de inserção de mulheres no setor, com programas de capacitação e seleção específicos, com maior atenção das companhias à equidade de gênero na tecnologia.
A escolha, acreditam os especialistas, está na mão do profissional: cabe às empresas oferecerem atrativos suficientes, que vão muito além do salário, incluindo perspectiva de sociedade, flexibilidade, entre outros benefícios. O perfil tech sênior não é o de cargos de liderança, mas de uma posição de destaque e autonomia na empresa, ainda que o trabalho exercido seja o técnico.
- Assista ao 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0 no mundo digital no canal da Melhor RH no YouTube. Acesse pelos links abaixo.
O evento foi realizado nos dias 22 (presencial) e 23 de setembro (on-line, acima) e contou com a participação de mais de 20 especialistas de diversos segmentos que abordaram os principais desafios e oportunidades do uso da tecnologia para a transformação do RH. Para ver a gravação dos painéis presenciais clique aqui.
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