Com a consolidação dos modelos de trabalho home office e híbrido pelas empresas e a preocupação, cada vez maior, com a saúde mental dos colaboradores fez com que a gestão de pessoas passasse para o centro das tomadas de decisão das corporações – até como forma de reter talentos. Discussão sobre o tema e sobre como a tecnologia agrega a tudo isso esteve presente no 3º Fórum Melhor RH Tech, promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos da Comunicação. 

“Antes disso, solução boa era aquela ideal para todo mundo. Hoje, é preciso levar em consideração cada pessoa da empresa”, explicou a head de People Empowerment da Enel Brasil, Raiane Pires. Afirmação destaca o papel de uma escuta atenta da equipe, antes da implantação de qualquer método ou sistema (estes, aliás, devem ser escolhidos segundo as demandas detectadas nesse processo).

“Cada pessoa é um universo com necessidades únicas e individuais – o que exige uma ampliação dos benefícios e acordos coletivos de trabalho”, destacou a executiva. “Por exemplo, cada gestor define como sua equipe vai se organizar para cumprir os dias de atividade presencial, caso a empresa optar por um modelo híbrido. Ou a empresa possibilita um aporte maior em benefícios oferecidos a quem tem salário mais baixo.”

O gerente comercial da RB, Roodney Fernandes, lembrou os inúmeros benefícios disponíveis no mercado e reforçou a questão da escuta. “A flexibilidade vai além dos modelos de trabalho e pode ser muito mais ampla do que parece”, destacou.

SEU RH JÁ MIGROU DE 4.0 PARA 5.0? ENTENDA A DIFERENÇA E A NECESSIDADE AQUI

Demandas por flexibilidade e bem-estar passaram a fazer parte das principais demandas das empresas, principalmente após a pandemia da Covid-19. Entre os benefícios da Sonepar nesse sentido, por exemplo, um programa de apoio a colaboradores e familiares diretos oferece atendimento de psicólogos, economistas e advogados.

“Disponível 12 horas por dia, no 0800, de segunda a segunda, possibilita fazer consultas e receber dicas para controlar o orçamento familiar”, informou a diretora de Recursos Humanos da empresa, Edna Rocha, sobre o que foi desenvolvido na companhia após a identificação de demandas específicas.

Flexibilidade e autonomia no desenvolvimento

A carreira também deixou de ser uma propriedade das empresas. “O protagonismo do desenvolvimento passa a ser de cada profissional, não mais da organização. O plano de carreira foi substituído pelo mapa de carreira, com inúmeras trilhas, alternativas e multiplicidade de opções para que os colaboradores realizem, durante seu trajeto, a maneira como irá permanecer nas empresas”, disse a diretora executiva de pessoas e cultura da GT7 – Grupo Todos Empreendimentos, Paola Klee.

Para tanto, é preciso dar a devida importância ao diagnóstico de cada problema, sob o risco de não repensar estratégias que permitam o correto desenvolvimento da equipe e o fim do turnover, considerando a capacitação e o acompanhamento constantes como ferramentas para reter talentos.

Segundo o coordenador de atendimento corporativo do Senac SP, Gustavo Luis Marcolino, a sincronicidade, comunicação, liderança situacional, individualização e flexibilidade são as chaves para a formação de um time forte, que resiste a momentos de turbulência. “Com time engajado, sabendo que a organização teve um olhar carinhoso para suas demandas antes de implantar qualquer tecnologia, facilita o cumprimento de metas.”

A implantação de metodologias ágeis permite uma transformação cultural que, somada ao desenvolvimento de skills em diversos locais e formas permite aos profissionais desenharem sua carreira levando em consideração, inclusive, os processos seletivos internos. “Ao adquirir competências para se manter numa organização, o profissional atinge um crescimento de carreira mais sustentável ao longo do tempo que vai para além da relação laboral”, garante o vice-presidente de capital humano do UnitedHealth Group Brasil, Ricardo Burgos.

Assista ao 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0 no mundo digital no canal da Melhor RH no YouTube. Acesse pelo link abaixo.

O evento foi realizado no dia 23 de setembro e contou com a participação de 20 especialistas de diversos segmentos que abordaram os principais desafios e oportunidades do uso da tecnologia para a transformação do RH.  

Um oferecimento de: