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O papel do RH na definição e apoio aos objetivos de carreira da Geração Z

De acordo com levantamento realizado pela Pluxee, 70% desses jovens priorizam estabilidade financeira

de Fabiana Galetol em 15 de janeiro de 2025

A Geração Z chegou ao mercado de trabalho com uma mentalidade transformadora: eles querem segurança financeira, mas não abrem mão de propósito e aprendizado. De acordo com pesquisa realizada pela Pluxee, 70% desses jovens priorizam estabilidade financeira, enquanto 43% destacam o aprendizado contínuo e o desejo de trabalhar com algo que amam. Essa geração, que cresceu em meio à digitalização e às mudanças rápidas, não quer apenas “um emprego” — o objetivo é encontrar uma carreira que evolua com suas paixões e ambições. O desafio está lançado: como o RH pode guiar essa geração e, ao mesmo tempo, alinhá-la às metas organizacionais? 

A geração do “quero mais” 

Nascida entre 1997 e 2012, a Geração Z não vê trabalho como uma mera troca de tempo por dinheiro. Para eles, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é prioridade, como apontam 49% dos respondentes da pesquisa realizada pela Pluxee. Um bom ambiente de trabalho é indispensável (61%), e as oportunidades de desenvolvimento são tão relevantes quanto a um salário competitivo (52%). Mais do que isso, 72% acreditam que propósito no trabalho vale mais do que o contracheque. 

O que isso nos diz? Que reter e desenvolver essa geração exige um olhar mais estratégico e empático do RH: uma transformação que pode redefinir o futuro das empresas. 

RH: Estratégias que fazem a diferença 

Para atender às ambições dessa geração, os profissionais de RH precisam ir além de práticas tradicionais e abraçar abordagens personalizadas. Cito 3 exemplos: 

  1. Trilhas de desenvolvimento personalizadas 

A Geração Z não quer planos de carreira “engessados”: são jovens que valorizam a liberdade de aprender no seu ritmo, com desafios reais e objetivos claros. Mapear habilidades, criar trilhas de desenvolvimento personalizadas e oferecer aprendizado contínuo são ações essenciais para impulsionar suas carreiras e engajar essa geração tão ávida por evolução. Isso não apenas reforça o aprendizado contínuo, mas também prepara os jovens para posições de liderança. 

  1. Mentoria que inspira 

Enquanto apenas 37% dos respondentes gerais de gerações anteriores desejam ocupar posições de liderança, na Geração Z esse número salta para 51%. Existe sede de protagonismo, mas é necessário haver guias para chegar lá. Programas de mentoria que conectem jovens talentos a líderes experientes não só aceleram o desenvolvimento profissional como também fortalecem laços de confiança e pertencimento dentro da organização. 

3. Flexibilidade: o novo símbolo de liberdade 

Para os GenZ, qualidade de vida não é negociável. Conforme a pesquisa já citada, para essa geração é crucial haver equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de ambientes flexíveis. Empresas que adotam políticas de trabalho remoto, horários ajustáveis e iniciativas focadas em saúde mental não apenas atraem esses talentos, mas criam um ambiente onde eles podem prosperar. 

O impacto do “ouvir” e “agir” 

Quando os profissionais de RH entendem e investem no apoio aos objetivos de carreira da Geração Z, colhem benefícios que vão além do crescimento individual dos colaboradores: o resultado é um ciclo virtuoso. Empresas que oferecem suporte à realização profissional e pessoal geram maior retenção de talentos, um desafio crescente em um mercado de trabalho competitivo. Alinhar as ambições individuais com as metas organizacionais cria uma força de trabalho mais engajada e produtiva, capaz de impulsionar a inovação e fortalecer a cultura empresarial. 

O futuro do RH estratégico 

A Geração Z é a porta de entrada para um modelo de gestão de talentos mais humano e holístico. E o papel do RH nisso é ser o facilitador dessa jornada, conectando o “quero mais” da Geração Z com o “vamos além” das organizações. As equipes de RH têm a oportunidade de se posicionar como agentes transformadores, promovendo a integração entre pessoas e organizações em um momento em que o trabalho está sendo ressignificado. Este é o momento de ouvir, adaptar e construir o futuro. 

Portanto, investir no desenvolvimento dessa geração não é apenas uma questão de estratégia, mas de visão. É sobre construir, hoje, as bases do futuro do trabalho — um futuro em que pessoas, empresas e propósito crescem juntos. 

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Fabiana Galetol

Diretora Executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee no Brasil. A executiva acumula passagens pelas áreas de RH, comunicação interna e externa, gestão de marca/publicidade e canais de distribuição, com vivência internacional nos Estados Unidos e países da América Latina. Possui vasta experiência em negócios, direcionamento estratégico, aconselhamento e planejamento de gestão de pessoas. Antes da Pluxee, atuou como Head de Comunicação na IBM Brasil, empresa onde permaneceu por mais de 29 anos. Formada em Economia pela Universidade Federal Fluminense, Fabiana também é pós-graduada em Comércio Internacional pela Fundação Getúlio Vargas e Marketing pelo IBMEC. É mentora voluntária na Leading.Zone, startup de desenvolvimento humano.