A ZF é uma empresa global de tecnologia especializada no fornecimento de produtos e sistemas de mobilidade avançada, com uma vasta gama de soluções para carros de passeio, veículos comerciais e tecnologia industrial. Seus produtos atendem principalmente a montadoras de veículos, fornecedores de mobilidade e start-ups nas áreas de transporte e mobilidade, com foco na eletrificação de diversos tipos de veículos. A ZF desempenha um papel fundamental na redução de emissões, na proteção do clima e na promoção de uma mobilidade cada vez mais segura. Além do setor automotivo, a ZF também atua em segmentos como máquinas agrícolas e de construção, energia eólica, propulsão marítima, aplicações ferroviárias e sistemas de teste.
Com cerca de 168.700 colaboradores no mundo todo, a ZF registrou vendas de 46,6 bilhões de euros no ano fiscal de 2023. A empresa opera 162 unidades de produção em 31 países, mantendo presença no Brasil há 66 anos.
Desde 2006, a UniZF, universidade corporativa da ZF, tem sido um pilar fundamental no desenvolvimento técnico e cultural dos colaboradores na América do Sul. Oferecendo cursos gratuitos nas áreas de gestão, negócios, produção e tecnologia, a UniZF tem promovido a conexão entre a empresa e seus colaboradores, com a fábrica da ZF em Sorocaba (SP) como um dos principais locais de realização dos cursos.
Em outubro de 2024, a ZF lançou na fábrica de San Francisco, na Argentina, o programa “Querer Aprender”, que convida gestores da empresa a se tornarem professores voluntários, compartilhando seus conhecimentos em administração, finanças, tecnologia e comunicação com colaboradores, estagiários e aprendizes. Ana Carolina Gonçalves, Vice-Presidente de Recursos Humanos da ZF América do Sul, falou com exclusividade à Plataforma Melhor RH sobre o impacto e os objetivos dessa iniciativa, que reforça o compromisso da ZF com a educação corporativa e o desenvolvimento contínuo de seus colaboradores.
Qual é o papel do “Querer Aprender” na ZF e como ele contribui para o compromisso da empresa com a educação corporativa?
O “Querer Aprender” é uma iniciativa que faz parte de nossa estratégia de desenvolvimento e cultura organizacional. Ele busca não só atender às necessidades de desenvolvimento profissional dos colaboradores, mas também fortalecer aspectos pessoais e sociais. Temos a participação de gestores da ZF como professores voluntários, que compartilham seus conhecimentos, promovendo um ambiente de aprendizado mútuo. Isso também contribui para a integração cultural, especialmente em um contexto de crescimento por aquisições.
Como você mencionou, a ZF é uma empresa que cresceu por aquisições. O Querer Aprender também ajuda a superar desafios culturais e de integração nas diversas regiões onde a ZF se fez presente?
Sem dúvida. A ZF é uma organização global, e ao crescermos por aquisições, surgem diferenças culturais. A integração dessas culturas e a criação de uma identidade corporativa comum são essenciais. O Querer Aprender, como outros programas educacionais, é uma forma de alinhar as equipes em torno de valores e práticas comuns, promovendo o compartilhamento de conhecimento e a construção de uma cultura mais integrada.
O programa envolve voluntariado, certo? Como o voluntariado tem funcionado dentro da ZF?
O voluntariado tem sido um grande sucesso dentro da ZF. Ele não é imposto, mas sim uma escolha de quem se dispõe a compartilhar seu conhecimento com os outros. Esse tipo de colaboração, em que o colaborador se sente valorizado e reconhecido por sua contribuição, tem gerado um ambiente positivo e engajado. Em algumas iniciativas, como o programa de Embaixadores da Diversidade, por exemplo, temos até lista de espera para participar.
E em relação ao impacto dessas iniciativas, como vocês medem o sucesso do Querer Aprender e da UniZF?
Medimos o impacto principalmente por meio de nossa pesquisa de engajamento. Temos indicadores que monitoram o reconhecimento das oportunidades de desenvolvimento, tanto em termos de carreira quanto de crescimento pessoal. O feedback dos participantes é essencial, e vemos que as iniciativas têm sido muito bem recebidas. Estamos sempre ajustando nossos programas com base no que aprendemos com essas pesquisas.
O que você considera que tem sido mais atrativo para os colaboradores em termos de desenvolvimento pessoal e soft skills?
Sem dúvida, diversidade tem sido um dos temas mais populares. Nos últimos três anos, trabalhamos muito com temas relacionados à diversidade, e isso gerou grande adesão, tanto em termos de aprendizagem quanto em ações práticas dentro da empresa. O programa de Embaixadores da Diversidade tem sido especialmente bem-sucedido, com muitos colaboradores querendo se envolver como multiplicadores de conhecimento.
De maneira geral, como a ZF trabalha para atender as necessidades de desenvolvimento de seus colaboradores, sejam elas técnicas ou pessoais?
A ZF adota uma abordagem multidirecional para o desenvolvimento. Não nos limitamos apenas ao conhecimento técnico, mas também nos preocupamos com o desenvolvimento social e pessoal dos colaboradores. Oferecemos uma variedade de cursos que vão desde habilidades técnicas, como gestão de projetos, até soft skills e temas de cidadania, como finanças pessoais e sustentabilidade no lar.
Existe algum tema ou curso que tenha maior adesão entre os colaboradores, principalmente nas áreas de desenvolvimento pessoal ou soft skills?
Sem dúvida, a diversidade tem sido o tema com maior adesão. Outros temas de grande interesse incluem liderança, gestão de equipes e comunicação. Esses cursos são especialmente atraentes porque tratam de questões que impactam diretamente a vida profissional e pessoal dos colaboradores, ajudando a criar um ambiente mais colaborativo e inclusivo.
Como o Querer Aprender e a UniZF se alinham com os princípios culturais da ZF?
Nossos princípios culturais são a base para todas as iniciativas educacionais. A ZF tem cinco princípios fundamentais que orientam nossas ações e decisões. Um desses princípios é a diversidade, que, como mencionei, é um tema amplamente trabalhado nas trilhas educacionais. Nosso objetivo é não apenas fornecer conhecimento técnico, mas também promover um ambiente onde a diversidade e a colaboração sejam valorizadas, criando um time mais forte e engajado.
Há algo mais que você gostaria de compartilhar sobre as iniciativas de desenvolvimento dentro da ZF?
Só para reforçar, temos investido muito em um desenvolvimento que vai além das funções específicas dos colaboradores. Estamos criando uma rede de conhecimento que transcende as barreiras da organização, permitindo que as equipes compartilhem experiências e aprendam umas com as outras. Isso tem sido um diferencial importante para a criação de uma cultura mais integrada e colaborativa.