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Porta de entrada para a diversidade

Firmar parcerias com universidades e coletivos é uma boa aposta para trazer jovens talentos e mais diversidade para as empresas

de Jussara Goyano em 25 de outubro de 2021
Crédito: Shutterstock

O programa de estágio é a porta de entrada para o mercado de trabalho e um momento fundamental para trazer diversidade e inclusão para o ambiente corporativo. Firmar parcerias com universidades e coletivos é fundamental para trazer, cada vez mais, diversidade nas empresas. 

“O estágio é um momento que as pessoas estão aprendendo”, conta Camila Fossati, Diretora Global de Desenvolvimento Organizacional da Braskem.

Camila participou do painel “Aprendizado com as novas gerações”, durante o Fórum Melhor RH Diversidade e Inclusão, promovido pela Plataforma Melhor RH, ao lado de Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios e Nathalia Moreira, Gerente de Talent & Acquisition da Sanofi. 

Porta de entrada

Nathalia conta que a Sanofi possui um programa de estágio com cerca de 300 estagiários, com duas ondas de contratação, no começo do ano e no final do ano.

“Nessa última onda, nosso foco foi investir em etnia. Trazer a diversidade étnica para dentro do nosso programa”. Nathalia revela também que foi preciso ampliar o olhar para as universidades e fechou parcerias com comunidades. A contração aumentou de 53,8% de estudantes negros na onda de 2021, em comparação com a onda de 2020. “Todo mundo tem que ter acesso a esses programas”, conclui Nathalia.

Camila conta que com a consciência de viver em uma sociedade desigual, a empresa possui responsabilidade social. Exemplo disso é a substituição do teste de raciocínio lógico por uma jornada de tomada de decisão no processo seletivo, pois isso leva em conta uma maior diversidade de perfis e não somente aqueles com perfis de exatas. Outro exemplo é a flexibilização da obrigatoriedade do inglês nos cargos na Braskem, visto que é uma obrigatoriedade nos currículos excludentes, sobretudo no Brasil. Além disso, tem também o “Café Preto” e a “Semana Preta”, programas voltados para a inclusão de estagiários negros na Braskem. 

Comportamento x requisitos técnicos

“Para o programa dar certo, ele precisa de muito envolvimento do RH”, afirma Thiago. Segundo Thiago, está acontecendo uma crescente de programas de diversidade nas empresas. O modelo antigo dos estágios é excludente e cerca de 70% dos candidatos não atendiam a algumas questões. “É uma grande inversão. Ao invés de olharmos para os requisitos técnicos, olhamos, hoje, para o comportamento. E contamos com a tecnologia para ajudar”, aponta Thiago.

Vieses inconscientes 

De acordo com Nathalia, a Sanofi possui um comitê extremamente atuante no que se diz respeito à diversidade. “Não é trabalho de ‘duas mãos’, é um trabalho de muita gente”, conta Nathalia. O treinamento “Desafiando vieses” está presente em workshops e onboardings de todos os colaboradores da Sanofi, não só estagiários. Tudo isso para tornar um ambiente inclusivo. 

Um dos principais desafios nas empresas são os vieses inconscientes. “Usar o programa de estágio para alavancar a diversidade é uma vantagem competitiva”, diz Camila. Isso porque, o estagiário ainda está em fase de aprendizado e pode evoluir. Segundo Camila, o processo de diversidade e inclusão nas empresas é um “trabalho de formiguinha”. “Tem que ter muita paixão pelo tema mesmo e olhar com muito carinho”, afirma Nathalia.

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