Tema abordado no 2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, promovido pelas plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, no início de junho, a satisfação no trabalho versus a lucratividade das empresas têm sido pauta frequente nas organizações. Aspectos dessa relação, que envolve diretamente o nível de felicidade no trabalho, foram expostos por Daniela Nascimento, Analista de Eventos, e Thais Lana, Especialista em Parcerias, ambas da Sólides Tecnologia.
Thais citou uma pesquisa realizada em Harvard, mostrando que bons relacionamentos influenciam a felicidade das pessoas. Outro estudo mostrou, ainda, que colaboradores mais felizes são 31% mais produtivos. “Além disso, pessoas felizes são 85% mais eficientes e 300% mais inovadoras – dados importantes para qualquer negócio”, garante a executiva.
Outro dado do estudo norte-americano apontou que empresas com colaboradores felizes enfrentam 55% menos demissões e apresentam uma probabilidade 105% menor de burnout. “A pandemia contribuiu para que o tema passasse a fazer parte do cotidiano das empresas – principalmente por conta do aumento nos casos de esgotamento, ansiedade, depressão e burnout. Daí a importância de trazer o tema para a pauta e estudar maneiras de introduzi-lo no dia a dia”, afirma.
“Da mesma maneira com que Sustentabilidade e Diversidade impactaram as discussões corporativas nos últimos anos, a Felicidade deve vir com força no próximo ano, sobretudo por conta dos momentos que vivemos durante a pandemia, que trouxe muitas preocupações ligadas à sobrevivência e manutenção do trabalho. Será natural os colaboradores questionarem seus locais de trabalho e áreas de atuação”, explica a executiva.
Impacto em termos práticos
Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte reforça essa percepção de Thais. Pela pesquisa, para neutralizar cada cada emoção negativa, uma pessoa precisa vivenciar de três a cinco emoções positivas. “Ter essa compreensão e criar esses momentos de felicidade pode ser fundamental para quem não quer viver sempre insatisfeito”, afirma. E pode ser, também, algo a ser levado em conta na gestão da companhia.
Atenta ao fato de que a felicidade se ampara, também, em percepções subjetivas, Daniela recomenda, por sua vez, que as empresas busquem entender o que difere entre as pessoas nesse sentido. “O gestor de RH precisa conhecer quem são as pessoas com quem trabalha, descobrir o que gera valor em felicidade e satisfação para cada colaborador. Testes de perfil comportamental, como o criado pela própria Sólides, podem contribuir neste processo”, exemplifica.
A mudança geracional também deve ser levada em consideração pelas corporações, segundo Thaís. “Se antes os profissionais buscavam por empresas que pagavam melhores salários, hoje, os millennials estão interessados em benefícios que geram qualidade de vida. E isso significa um bom gestor e um bom ambiente de trabalho. Essa geração representa 30% da população mundial. Mas, em 2025, serão 70% da força global de trabalho. As empresas que não levarem essas informações em consideração vão perder talentos”, ressalta.
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