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Para você, o que é uma experiência incrível?

É ir além, é suspirar, é vivenciar um momento difícil de descrever em detalhes

Há alguns meses, ouvi a palavra “incrível” durante uma entrevista de recrutamento e seleção da qual participei juntamente com o gerente de produto, João Xavier. Ao final da conversa, ele pediu ao candidato que contasse qual tinha sido a coisa mais incrível que ele (candidato) já tinha feito. Desde então, essa palavra começou a fazer parte do nosso dia a dia, mas eu ainda tinha certa dúvida do que era fazer algo incrível.

No início do ano, começamos um processo de transformação cultural e, novamente, a palavra apareceu. Depois de uma longa discussão, ela entrou nos comportamentos esperados da nova cultura – proporcionar experiência incrível. Confesso que ainda não estava convencida, pois como psicóloga que sou de formação, sempre questiono trazermos conceitos que, muitas vezes, são individuais e intransferíveis. Eu questionava que o que poderia ser incrível para um não era para outro e qual “incrível” iríamos considerar. Por fim, fui voto vencido (e há momentos que ser voto vencido é maravilhoso, pois nos tira da zona de conforto).

A princípio, era apenas uma live, mas as ideias foram surgindo a cada dia e o envolvimento desse time foi crescendo

Em março, fomos para nossas casas devido à pandemia da covid-19, ainda sem termos noção de quanto tempo permaneceríamos assim. Dia a dia, todos nós fomos nos reinventado, buscando formas de deixar este momento mais leve e menos traumático. Todos trabalhando incansavelmente para não deixar a “peteca cair”, nem os resultados, nem a saúde e, principalmente, nossa saúde mental. Foram várias ações, do “Distribuídos, porém conectados”, encontros virtuais que continuamos promovendo nas segundas, até meditação, palestras com convidados externos maravilhosos falando de felicidade, propósito, mudanças internas, protagonismo e por aí vai.

Mas no dia 10 de junho, véspera de feriado, o “proporcionar experiência incrível” finalmente aconteceu para mim. Um dos rituais que temos é a reunião mensal de resultados seguida de um happy hour no nosso espaço externo. Momento sempre muito aguardado por todos, pois celebramos juntos as conquistas. Desde março, mantivemos essa reunião de forma virtual, tentando dar continuidade à motivação de todos. Tivemos entrega de kit happy hour para cada colaborador, nosso querido UX tocando guitarra e assim seguíamos.

Uma live diferente

Porém, naquele dia fizemos algo totalmente diferente. A ideia partiu de nosso CEO que me ligou semanas antes, sugerindo fazermos uma live na Prainha [xxxxx]. Eu prontamente topei e iniciamos os preparativos. Como era uma surpresa, trabalhamos em um pequeno grupo – nós, da área de conexão, gente e cultura (um time de quatro pessoas) e meu amigo e parceiro de todas as horas, Daniel, líder da área de relacionamento. A princípio, era apenas uma live, mas as ideias foram surgindo a cada dia e o envolvimento desse time foi crescendo durante reuniões regadas a risadas, cooperação e muita energia positiva.

Nunca fui promotora de eventos, apesar de nos últimos nove meses isso fazer parte do meu trabalho, mas a vontade de fazer algo inesquecível para cada um de nós foi crescendo e, mesmo com todo o trabalho que um evento traz, essa motivação se tornou mais forte do que qualquer barreira ou dificuldade. Contatos diários com o músico Gabriel Pacini, que trouxe um time de profissionais impecável, validação do endereço de 83 colaboradores para entrega de kit happy hour, confecção das caricaturas de todos, layout do propósito e dos valores da empresa, idealização de cada detalhe daquele dia. Tudo isso dentro de casa.

Chegou o grande dia e, respeitando as orientações de saúde e segurança, apenas uma equipe foi até a sede da empresa. Começamos cedo recebendo toda a equipe da live, montando os cenários dos três andares, rindo e nos divertindo muito. Daniel registrando com sua câmera fotográfica cada momento e detalhe. Um grande painel de led foi montado no cenário para que todos pudessem estar presentes nesse dia tão especial. O restante da história está devidamente registrado na memória de cada um.

E o que o “proporcionar experiência incrível” tem a ver com isso?

Lembra que no início deste texto falei que o conceito não era claro para mim? Pois é, nesse dia entendi na alma o que ele significa. Proporcionar experiência incrível é ir além, é suspirar, é vivenciar um momento difícil de descrever em detalhes, pois ele é sentido internamente dentro de nós. Ele é para o outro, mas também é para você. É nesse encontro seu com o outro que a experiência incrível acontece.

Hoje, sei com clareza dizer quais foram minhas experiências incríveis até aqui. A primeira foi ser mãe, pegar minha filha no colo pela primeira vez. A segunda foi fazer parte de um programa de diversidade de gênero que resultou em uma certificação europeia de igualdade de gênero e a terceira foi essa que acabo de relatar. E já estou sedenta por mais. Que venham novas experiências incríveis!

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Ana Luiza Mendes Campos

Ana Luiza Mendes Campos faz parte da equipe de conexão, gente e cultura da Getrak, provedora de tecnologia para rastreamento da América Latina